Caldeirão da Bolsa

Evolução do Dow Jones desde Setembro indica vitória de John

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Evolução do Dow Jones desde Setembro indica vitória de John

por mcarvalho » 2/11/2004 17:56

fonte bpi

Evolução do Dow Jones desde Setembro indica vitória de John Kerry

02/11/2004 16:42

Evolução do Dow Jones desde Setembro indica vitória de John Kerry
As sondagens persistem em assinalar um empate nas tendências de voto em John Kerry e George W. Bush e os analistas procuram descortinar dados que possam revelar o resultado das eleições. Olhando para as indicações dadas pelos índices bolsistas, a vitória nas eleições pertencerá ao candidato democrata.

Isto porque, segundo o que os dados históricos mostram, o presidente no poder perde as eleições se no período entre a última convenção e a data do escrutínio o índice Dow Jones recuar. Foi assim em sete das dez eleições desde 1900 em que o candidato no poder cedeu o lugar. As excepções foram em 1932, altura em que os mercados valorizavam a recuperar da grande depressão, em 1968 e em 1992, ano em que Bill Clinton bateu George Bush sénior na corrida presidencial. Em sentido contrário, nas eleições em que o presidente em exercício foi reeleito, apenas por duas vezes os índices recuaram, em 1956 e em 1984.

Este ano, entre 2 de Setembro â¿¿ data do final da convenção republicana â¿¿ e 29 de Outubro, o Dow Jones recuou 2,57%, o que pressupõe a derrota de George W. Bush. Observando um outro estudo sobre as eleições americanas, realizado por Kenneth Tower, director de estratégia da Cybertrader, verifica-se que o partido no poder foi derrotado nos anos em que o crescimento dos índices foi negativo ou inferior a 5,2%. Ao longo de 2004, o Dow Jones perde cerca de 5%, cenário pouco favorável para as hostes republicanas.

Gestores de fundos menos certos quanto a vitória de Bush

Estes dados históricos podem ter tido alguma relevância para os gestores de fundos, que estão menos certos agora da vitória de George W. Bush nas eleições.

Num inquérito realizado pela International Strategy & Investment Group, 58% dos gestores de "hedge funds" apostaram na reeleição do presidente, número que desce drasticamente dos 90% que no mês passado apostava neste resultado.

O mesmo ocorreu com os gestores de fundos de obrigações, que reduziram a previsão de vitória de Bush dos 95% para os 69%. Para os gestores de fundos de acções, o candidato republicano continua largamente favorito, recolhendo 80% da tendência de vitória, número que ainda assim baixa dos 94% de Setembro.

Mercados temem repetição da incerteza das eleições de 2000
A indefinição que rodeia umas eleições é sempre prejudicial para os mercados bolsistas e é algo que está bem marcado na mente dos investidores norte-americanos que hoje vão às urnas para eleger o novo presidente. Em 2000, o empate técnico entre democratas e republicanos (que receberam, cada um, 48% dos votos), resultou numa disputa legal que se arrastou por mais de um mês e gerou elevados níveis de volatilidade nas bolsas. Este ano, mais do que preferir a vitória de republicanos ou democratas, os investidores esperam sobretudo que os resultados sejam apresentados rapidamente.

O Wall Street Journal afirma que tal poderá não acontecer, já que a contagem de votos dos expatriados, de militares e as possíveis contestações legais deverão atrasar o processo em algumas semanas.

E para piorar a situação, as sondagens mostram uma aproximação cada vez maior nas intenções de voto entre George W. Bush e John Kerry. O pesadelo da indefinição vivido pelos mercados em 2000, com o índice S&P500 a cair 5% em pouco mais de um mês, poderá voltar a repetir-se. Os especialistas do BPI consideram que a reedição do ocorrido há quatro anos será o pior cenário possível para os mercados e adiantam mesmo que, desta vez, "os contornos seriam mais graves". Isto porque os candidatos já se precaveram contra esta hipótese, com a contratação de um batalhão de cerca de 9.000 advogados cada, para contestarem o resultado.

"O empate é o cenário que mais temo", adiantou Jorge Ramos, responsável máximo da Luso-Partners, uma das corretoras portuguesas que se dedica à negociação de...
 
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