
Sonae Indústria lucra 26,7 milhões no trimestre (act.)
A Sonae Indústria registou resultados líquidos de 26,7 milhões de euros entre Janeiro e Setembro deste ano, o que representa uma melhoria de face aos prejuízos de 59,1 milhões obtidos um ano antes. No mesmo período o EBITDA cresceu 58% e o volume de negócios aumentou 8%.
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Isabel Aveiro
ia@mediafin.pt
A Sonae Indústria registou resultados líquidos de 26,7 milhões de euros entre Janeiro e Setembro deste ano, o que representa uma melhoria de face aos prejuízos de 59,1 milhões obtidos um ano antes. No mesmo período o EBITDA cresceu 58% e o volume de negócios aumentou 8%.
Em comunicado hoje divulgado ao mercado, a administração da participada do grupo liderado por Belmiro de Azevedo adianta que o desempenho da Sonae Indústria veio confirmar «a evolução positiva» também sentida nos trimestres anteriores «do mercado mundial dos produtos derivados de madeira».
Segundo a mesma fonte, que cita Carlos Moreira da Silva, presidente executivo da empresa, este factor «em conjunto com a implementação da estratégia de focalização na margem em vez de na quota de mercado» e da «reestruturação operacional de contenção de custos e gestão das capacidade» possibilitou que a Sonae Indústria melhorasse os seus resultados.
A companhia terminou os nove primeiros meses deste ano com um EBITDA, «cash flow» operacional, de 171,5 milhões de euros, um aumento de 58% face a igual período do ano passado, com a margem sobre o volume de negócios a crescer de 10% para 14,6%, no mesmo período. Os resultados operacionais foram de 73,6 milhões de euros, contra 2,4 milhões de euros um ano antes.
Até Setembro, a empresa industrial obteve uma redução da dívida líquida total em 103 milhões de euros, para 868,6 milhões de euros.
Proveitos totais crescem 8,3%; receitas da Gescartão caem 3,5%
Nos três primeiros três trimestres de 2004, a Sonae Indústria registou um volume de negócios consolidado de 1,175 mil milhões de euros, o que representa mais 8,3% do que em iguais meses do ano transacto.
A Gescartão [Cot], da qual a Sonae detém 36%, contribuiu com 131,4 milhões de euros, «o que representa um recuo de 3,5% face a 2003», esclarece o comunicado.
Na Península Ibérica, os primeiros nove meses representaram «uma melhoria significativa, em termos de volume de negócios e de EBITDA», não contabilizada no mesmo comunicado.
Em França o volume de vendas aumentou 31%, para 53,6 milhões de euros, indicador que na Alemanha – através da Glunz – cresceu 26%, para um EBITDA de 40 milhões de euros, «um aumento de 36 milhões de euros versus 2003».
No Reino Unido, onde se verifica «uma forte procura», a companhia obteve uma redução de 2% no volume de vendas, explicada pela deslocação «da linha de produção de ‘flooring’ para Espanha». Para aquele mercado «mantêm-se positivas as perspectivas para os próximos meses».
No mercado da América do Norte os proveitos melhoraram 16% em comparação com os primeiros nove meses de 2003, embora a «fragilidade do dólar americano» tenha reduzido em parte, esse efeito positivo no volume de negócios».
Mais a Sul, no Brasil, as vendas da Tafisa subiram 7%, «com um aumento de 22,1% no mercado nacional e um decréscimo de 40% nas exportações».
Na África do Sul, os valores do EBITDA estão claramente acima do ano transacto» – mais 44% do que no período homólogo acumulado de 2003 – e é estimado que o último trimestre deste ano «continue a apresentar melhorias significativas» em relação aos três meses que terminaram em Setembro passado.
Objectivos de 2004 deverão ser cumpridos
Em conclusão, a administração da Sonae Indústria afirma, optimista: «alcançaremos os objectivos propostos», acreditando que «em termos gerais, a empresa encontra-se numa posição mais forte do que no ano anterior».
A companhia alerta contudo para a importância do futuro do preço do petróleo, do impacto das taxas cambiais nos vários mercados onde actua e para a procura do mercado asiático.
As acções da Sonae Indústria [Cot] seguiam inalteradas, nos 4,67 euros, sem nenhuma acção transaccionada na sessão de hoje, assim como a Gescartão, nos 11,07 euros.