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BCP quer mudar sede para Oeiras para melhorar optimização fiscal

22/10/2004 11:35

BCP quer mudar sede para Oeiras para melhorar optimização fiscal
O Banco Comercial Português está a ponderar mudar a sede do Porto para o seu edifício no Tagus Park em Oeiras com o objectivo de melhorar a optimização fiscal, avança hoje o «Semanário Económico» explicando que, esta transferência permite à instituição bancária poupar o pagamento de derrama, imposto municipal que acresce à taxa nominal de IRC e da qual Oeiras está isenta.

Segundo a mesma fonte, este imposto «que incide sobre o lucro tributável das empresas e que é cobrado pelos municípios» e que pode ir até 10% sobre a colecta de IRC, «agrava a taxa de imposto nominal que é actualmente de 25%, reforçando-a para 27,5%».

No entanto, algumas câmaras isentam as empresas que instalem aí as suas sedes da cobrança deste imposto, como é o caso de Oeiras, que na altura de Isaltino Morais isentou as empresas que se instalavam no Tagus Park do pagamento daquele imposto autárquico, com o objectivo de «dinamizar este pólo tecnológico e empresarial de Porto Salvo».

Neste contexto, o «Semanário Económico» explica que, numa altura em que o Governo decide estabelecer um limite global aos benefícios fiscais que as empresas podem utilizar para apuramento da sua taxa de IRC, esta mudança de sede por parte do BCP «aparece como bastante oportuna».

A mesma fonte revela ainda que esta informação não foi confirmada por fonte oficial e que Oeiras não é o único conselho com isenção de derrama, como é o caso de Maia que «concentra uma boa parte das sedes de empresas» e que, «por via da isenção da derrama, conseguiu que todas as empresas do Grupo Sonae tivessem a sua sede naquela autarquia».

As acções do Banco Comercial Português (BCP) [BCP] atingiram uma valorização máxima de 2,27% na sessão de hoje, beneficiando de uma revisão em alta da recomendação e do «preço-alvo» por parte do Santander. Segundo a agência Reuters, o Santander subiu a recomendação do BCP de «manter» para «comprar»e aumentou o preço alvo para 2,5 euros, face aos anteriores 2 euros por acção.

A instituição de Jardim Gonçalves anunciou terça-feira que os resultados líquidos do BCP ascenderam a 346,5 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, mais 10% que no mesmo período do ano passado e em linha com as previsões dos analistas. O banco anunciou ainda o pagamento de um dividendo intercalar de 0,03 euros.

Os títulos do Banco Comercial Português seguiam agora a subir 1,7% para os 1,19 euros.

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