
activobank7.pt
25 Out 2004
Newsletter nº 153
Japão - Uma oportunidade de investimento
Segundo o relatório de Outuno do FMI - World Economic Outlook - este ano a economia japonesa deverá acelerar a um ritmo de 4,4%, mais de 1 ponto percentual acima do valor projectado no passado mês de Abril.
Após um forte crescimento do PIB no primeiro trimestre de 2004 e um ligeiro abrandamento da actividade no trimestre seguinte, os analistas continuam na sua maioria optimistas quanto ao desempenho da 2ª maior economia do Mundo. À semelhança dos anteriores períodos de expansão, o crescimento evidenciado nos últimos 2 anos assenta sobretudo no aumento das exportações que, desde 2002, têm apresentado um crescimento trimestral médio de 0,41%. Contudo, este período de expansão da economia nipónica emerge numa nova realidade: a procura gerada nos países Asiáticos. Actualmente, cerca de 30% das exportações japonesas têm como destino a China, a Coreia do Sul, Taiwan e Hong Kong, igualando, deste modo, o peso que os Estados Unidos da América detêm nas exportações japonesas.
Apesar do aumento da procura dos países vizinhos, os movimentos no mercado cambial são acompanhados, sempre, de uma forma muito próxima por parte das autoridades nipónicas, no sentido de não colocarem em causa os fundamentais da sua economia, conforme referiu recentemente o Ministro das Finanças Sadakazu Tanigaki.
Tal como acontece na maior parte das economias desenvolvidas, no Japão o consumo privado é a variável macroeconómica com maior contributo no PIB, representando cerca de 60%. Nos últimos nove trimestres, o consumo privado apresentou uma taxa de crescimento média na ordem dos 0,75% devido, fundamentalmente, à diminuição da taxa de desemprego desde 2002. Segundo o FMI, esta taxa deverá descer para 4,5% em 2005 após ter atingido 5,4% em 2002.
Assim, a evolução da actividade exportadora e o aumento do consumo privado justificam a tendência de subida do indicador avançado do Japão nos últimos 3 anos. Em Agosto o indicador avançado da economia japonesa subiu 12,2 pontos para 72,2, recuperando face aos últimos 4 meses.
Em paralelo, detectam-se neste momento no “País do Sol Nascente” alterações sociais relevantes, não só a nível dos mercados de trabalho e do modelo de protecção social que vigorou no último século, como também na maior abertura das famílias ao consumo e à mobilidade de vida. Além disso, foram dados passos muito significativos na reestruturação do sector financeiro e nos níveis de incobrabilidade de dívidas nos seus balanços.
Sem nunca esquecer a evolução do preço do petróleo e a grande dependência do Japão face a este combustível (o que representa uma séria ameaça ao seu crescimento) e conforme referimos na Newsletter do passado dia 2 de Agosto de 2004, a economia japonesa encontra-se numa trajectória positiva sob o efeito dos “bons ventos” externos e com a melhoria da estrutura económica e social internas. Deste modo, consideramos o investimento no mercado japonês como uma interessante oportunidade de investimento a ter em conta numa perspectiva de diversificação do portfólio.
ActivoBank7
O Japão na carteira modelo AB7
Depois de um 1º semestre de 2004 francamente positivo (rendibilidade média de 14,54%* no período), os fundos de investimento especializados no mercado accionista japonês apresentaram uma performance negativa no 3º trimestre deste ano (desvalorização média de 10,74%*).
No caso específico dos fundos especializados em small caps japonesas, estes valores são ainda mais expressivos : 37,60%* de valorização média no 1º semestre de 2004, e desvalorização média de 16,83%* no 3º trimestre deste ano.
Contudo, face às boas perspectivas apresentadas para a economia japonesa, bem como ao facto do mercado japonês se apresentar em valores historicamente baixos (forward PER de 17,5, o valor mais baixo deste indicador desde 1975), o Modelo de Investimento do ActivoBank7 mantém uma exposição máxima de 7,5% da carteira modelo ao mercado accionista japonês, para o perfil de risco mais agressivo.
No actual cenário de incerteza quanto à evolução da economia mundial, entendemos que o investimento no mercado japonês deverá privilegiar empresas de elevada capitalização e com negócios mais estáveis, cuja valorização não dependa maioritariamente das oportunidades de crescimento de negócios futuros. Ou seja, deverá optar por large caps e estratégias value, em detrimento das small caps e estratégias growth.
Neste momento integramos na nossa carteira modelo o fundo Morgan Stanley SICAV Japanese Value Eq B que investe em empresas com negócios mais estáveis e marcas com reconhecimento internacional, tradicionalmente menos sensíveis às normais variações do mercado accionista. Os gestores do fundo procuram privilegiar as empresas que estão cotadas a valores atractivos atendendo ao seu potencial de longo prazo. A título de exemplo, entre as maiores posições na carteira do fundo, em 31 de Agosto, estavam dois dos maiores construtores automóveis mundiais (Toyota e Nissan), e alguns dos fabricantes mais respeitados na electrónica de consumo : Canon, Matsushita (Panasonic), Fujitsu, Hitachi, Nintendo e Toshiba.
(*) Dados da Standard & Poor’s, referentes a 30 Setembro 2004, relativos aos fundos de investimento registados em Portugal dos sectores Equity Japan e Smaller Companies Japan. Rendibilidades não anualizados.
(**) As rendibilidades passadas não são garantia de rendibilidades futuras. A rendibilidade de cada fundo varia de acordo com as condições do mercado e com o preço dos activos que o compõem. As rendibilidades referem-se ao periodo de 17 de Outubro de 2003 a 15 de Outubro de 2004 e representa a rendibilidade de um investimento efectuado durante a totalidade do período referido. Não dispensa a consulta do prospecto do Fundo.
ActivoBank7
25 Out 2004
Newsletter nº 153
Japão - Uma oportunidade de investimento
Segundo o relatório de Outuno do FMI - World Economic Outlook - este ano a economia japonesa deverá acelerar a um ritmo de 4,4%, mais de 1 ponto percentual acima do valor projectado no passado mês de Abril.
Após um forte crescimento do PIB no primeiro trimestre de 2004 e um ligeiro abrandamento da actividade no trimestre seguinte, os analistas continuam na sua maioria optimistas quanto ao desempenho da 2ª maior economia do Mundo. À semelhança dos anteriores períodos de expansão, o crescimento evidenciado nos últimos 2 anos assenta sobretudo no aumento das exportações que, desde 2002, têm apresentado um crescimento trimestral médio de 0,41%. Contudo, este período de expansão da economia nipónica emerge numa nova realidade: a procura gerada nos países Asiáticos. Actualmente, cerca de 30% das exportações japonesas têm como destino a China, a Coreia do Sul, Taiwan e Hong Kong, igualando, deste modo, o peso que os Estados Unidos da América detêm nas exportações japonesas.
Apesar do aumento da procura dos países vizinhos, os movimentos no mercado cambial são acompanhados, sempre, de uma forma muito próxima por parte das autoridades nipónicas, no sentido de não colocarem em causa os fundamentais da sua economia, conforme referiu recentemente o Ministro das Finanças Sadakazu Tanigaki.
Tal como acontece na maior parte das economias desenvolvidas, no Japão o consumo privado é a variável macroeconómica com maior contributo no PIB, representando cerca de 60%. Nos últimos nove trimestres, o consumo privado apresentou uma taxa de crescimento média na ordem dos 0,75% devido, fundamentalmente, à diminuição da taxa de desemprego desde 2002. Segundo o FMI, esta taxa deverá descer para 4,5% em 2005 após ter atingido 5,4% em 2002.
Assim, a evolução da actividade exportadora e o aumento do consumo privado justificam a tendência de subida do indicador avançado do Japão nos últimos 3 anos. Em Agosto o indicador avançado da economia japonesa subiu 12,2 pontos para 72,2, recuperando face aos últimos 4 meses.
Em paralelo, detectam-se neste momento no “País do Sol Nascente” alterações sociais relevantes, não só a nível dos mercados de trabalho e do modelo de protecção social que vigorou no último século, como também na maior abertura das famílias ao consumo e à mobilidade de vida. Além disso, foram dados passos muito significativos na reestruturação do sector financeiro e nos níveis de incobrabilidade de dívidas nos seus balanços.
Sem nunca esquecer a evolução do preço do petróleo e a grande dependência do Japão face a este combustível (o que representa uma séria ameaça ao seu crescimento) e conforme referimos na Newsletter do passado dia 2 de Agosto de 2004, a economia japonesa encontra-se numa trajectória positiva sob o efeito dos “bons ventos” externos e com a melhoria da estrutura económica e social internas. Deste modo, consideramos o investimento no mercado japonês como uma interessante oportunidade de investimento a ter em conta numa perspectiva de diversificação do portfólio.
ActivoBank7
O Japão na carteira modelo AB7
Depois de um 1º semestre de 2004 francamente positivo (rendibilidade média de 14,54%* no período), os fundos de investimento especializados no mercado accionista japonês apresentaram uma performance negativa no 3º trimestre deste ano (desvalorização média de 10,74%*).
No caso específico dos fundos especializados em small caps japonesas, estes valores são ainda mais expressivos : 37,60%* de valorização média no 1º semestre de 2004, e desvalorização média de 16,83%* no 3º trimestre deste ano.
Contudo, face às boas perspectivas apresentadas para a economia japonesa, bem como ao facto do mercado japonês se apresentar em valores historicamente baixos (forward PER de 17,5, o valor mais baixo deste indicador desde 1975), o Modelo de Investimento do ActivoBank7 mantém uma exposição máxima de 7,5% da carteira modelo ao mercado accionista japonês, para o perfil de risco mais agressivo.
No actual cenário de incerteza quanto à evolução da economia mundial, entendemos que o investimento no mercado japonês deverá privilegiar empresas de elevada capitalização e com negócios mais estáveis, cuja valorização não dependa maioritariamente das oportunidades de crescimento de negócios futuros. Ou seja, deverá optar por large caps e estratégias value, em detrimento das small caps e estratégias growth.
Neste momento integramos na nossa carteira modelo o fundo Morgan Stanley SICAV Japanese Value Eq B que investe em empresas com negócios mais estáveis e marcas com reconhecimento internacional, tradicionalmente menos sensíveis às normais variações do mercado accionista. Os gestores do fundo procuram privilegiar as empresas que estão cotadas a valores atractivos atendendo ao seu potencial de longo prazo. A título de exemplo, entre as maiores posições na carteira do fundo, em 31 de Agosto, estavam dois dos maiores construtores automóveis mundiais (Toyota e Nissan), e alguns dos fabricantes mais respeitados na electrónica de consumo : Canon, Matsushita (Panasonic), Fujitsu, Hitachi, Nintendo e Toshiba.
(*) Dados da Standard & Poor’s, referentes a 30 Setembro 2004, relativos aos fundos de investimento registados em Portugal dos sectores Equity Japan e Smaller Companies Japan. Rendibilidades não anualizados.
(**) As rendibilidades passadas não são garantia de rendibilidades futuras. A rendibilidade de cada fundo varia de acordo com as condições do mercado e com o preço dos activos que o compõem. As rendibilidades referem-se ao periodo de 17 de Outubro de 2003 a 15 de Outubro de 2004 e representa a rendibilidade de um investimento efectuado durante a totalidade do período referido. Não dispensa a consulta do prospecto do Fundo.
ActivoBank7