Crude pode alcançar os 50 dólares por barril na próxima semana
O crude poderá alcançar os 50 dólares por barril na próxima semana uma vez que as refinarias nos Estados Unidos da América vão aumentar as aquisições de petróleo para repor os inventários, que estão perto do valor mínimo de 29 anos.
--------------------------------------------------------------------------------
Ana Filipa Rego
arego@mediafin.pt
O crude poderá alcançar os 50 dólares por barril na próxima semana uma vez que as refinarias nos Estados Unidos da América vão aumentar as aquisições de petróleo para repor os inventários, que estão perto do valor mínimo de 29 anos.
O contrato do crude com entrega em Novembro deslizava 0,19% para os 48,37 dólares, enquanto o «brent» com entrega mo mesmo mês avançava 0,09% para os 45,17 dólares.
Inquiridos pela Bloomberg, 24 dos 41 analistas, ou 59%, prevêem uma subida no crude, 40% acha que vai cair e 3% acha que vai ficar pouco alterado. Na semana passada, 27% diziam que o crude iria subir e 47% estimavam uma queda.
O crude, com entrega em Novembro aumentou 2,87 dólares, ou 6,3% para os 48,46 dólares por barril na New York Mercantili Exchange nos primeiros quatro dias desta semana. O fecho foi o maior desde dia 19 de Agosto quando esta matéria-prima atingiu um recorde nos 48,70 dólares por barril. O crude atingiu o valor máximo desde que começou a ser negociado em 1983 dia 20 desse mês nos 49,40 dólares.
Já o «brent» atingiu ontem o valor máximo nos 45,75 dólares.
A subida de ontem é explicada pelos receios com a queda das reservas de petróleo nos Estados Unidos, devido aos efeitos dos furacões que têm assolado o país.
Os inventários de petróleo na semana passada caíram para perto do valor mínimo de 29 anos atingido em Janeiro, anunciou quarta-feira o governo dos EUA. Os inventários do crude caíram em 9,1 milhões de barris, ou 3,3%, para os 269,5 milhões de barris. Esta queda foi maior do que o esperado pelos analistas consultados pela agência norte-americana já que estes apontavam para uma diminuição em sete milhões de barris.
O novo recorde do «brent» aconteceu mesmo depois da Casa Branca ter ontem admitido que vai analisar o pedido das refinarias americanas, emprestando petróleo das reservas estratégicas dos Estados Unidos, para compensar as rupturas provocadas com os furacões.
O porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, afirmou contudo que a utilização das reservas estratégicas deverão ser feitas «em pequenas quantidades» e por «um curto período de tempo», explicando o fraco impacto desta medida