Desculpem por estar a responder a este tópico, concordo que os off-tiopics sobre política têm sido frequentes, mas isso não é culpa dos participantes, reflecte apenas a avalanche de factos políticos de relevo que têm acontecido nos últimos tempos e, o caldeirão sendo composto por uma comunidade esclarecida, comprende-se que não resista a esses factos.
Acho que é muito bom que se tenha espírito crítico para ver se estas danças de cadeiras acabam de uma vez por todas.
Estão a tornar-se demasiado descaradas as manobras partidárias e as influências dos partidos no governo. Que façam lá os 'arranjinhos' mas sejam um bocadinho mais inteligentes, para nós não notarmos...
A lógica é simples: de dirigente partidário a ministro, de ministro a administrador de empresa pública ou privada, tendo neste último caso como função apenas o tráfico de influências. Também há quem passe primeiro pelas empresas, vá dar uma bicada no governo e volte para administrador, que é um lugar muito mais sossegado, além de ser muito mais rentável. Tem ainda a vantagem de poder ter estatuto de comentador num qualquer canal televisivo, e isso, para além de outras vantagens, faz bem ao ego.
Acreditem que o lugar de administrador de uma empresa é muito bom. Se for pública é ainda muito melhor. Os cargos de director geral dos serviços da administração pública também não são maus. Nestes cargos, os erros cometidos são diluidos pela pirâmide da organização e não se notam.
É tempo de ver os ex-governantes a mostrar a sua apregoada competência, exercendo as suas actividdades de origem no sector privado. Basta de se servirem do estatuto de governante como trampolim. Precisamos de gente disposta a servir
e não a servir-se da causa pública.