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MensagemEnviado: 13/9/2004 19:05
por Zen
A situação da CIMPOR é tudo menos clara deste a aquisição pela TDU. Mas como se lembram houve investigações e mais investigações na CMVM que não deram em nada. Diria que, não tendo nada acontecido de novo, seria de estranhar que fosse agora - quando desaparece a maior pressão no sentido de obrigar ao lançamento de OPA - PQP - que a CMVM viesse a ter uma intevenção. A haver OPA ela seria lançada pela cotação ponderada dos últimos seis meses ou pelo preço mais caro pago pelo oferente no mesmo período. Nem sei se a cotação média ponderada dos últimos seis meses é alguma coisa de interessante. Quanto a esse patamar dos 90% para ser eficaz, não é bem assim. Se a OPA for obrigat´´oria o oferente compra tudo o que lhe venderem. Mas se chegar aos 90% pode obrigar os remanescentes a vender a sua posição, o que não obsta a que a OPA seja eficaz mesmo que menos de 90% sejam vendidos.

MensagemEnviado: 13/9/2004 15:49
por valves
Excelente Artigo ulisses, realmente ao contrario do que é costume ( leio o Semanario economico ) este fim de semana em virtude de não o ter comprado acabei por pedir emprestado o suplemento economico do Expresso aos meus pais e claro despertou -me e muito a atenção e quem acompanha por exemplo um titulo como a TDU leu -o com um interesse redobrado já que aquelas ligações todas em torno da Cimpor podem explicar muita coisa :wink: e especialmente movimentos estranhos na TDU :wink:

Um abraço

Vasco

OPA?

MensagemEnviado: 13/9/2004 14:41
por Thomas Hobbes
a HAver uma OPa da cimpor agora o preço seria pelo menos a cotação media dos ultimos 6 meses + 5%. (isto sem contar com os resultados)

Mas para a OPA ser eficaz devia abranger no minimo 90% do capital.

Resta saber é se se ia manter no PSI20 ou se iria acontecer o mesmo que na Telecel/Vodafone

PSI-20

MensagemEnviado: 11/9/2004 17:26
por Visitante
Se for lançada OPA, a Cimpor deverá sair do PSI-20 ?

MensagemEnviado: 11/9/2004 11:13
por Rotiv
a ser lançada a OPA a que valores seria?

Expresso: "Cimpor à beira da OPA "

MensagemEnviado: 11/9/2004 1:48
por Ulisses Pereira
"Cimpor à beira da OPA "


"O capital da Cimpor encobre situações pouco claras e todas as participações são relevantes

O MERCADO há muito que desistiu de esperar pelo lançamento de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Cimpor, mas, mesmo depois de dois anos de investigação, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) continua a observar atentamente a estrutura accionista da empresa.

A polícia do mercado de capitais explica que, sempre que um accionista se encontra no limiar dos 33% que obriga ao lançamento de OPA, tem de ser acompanhado muito de perto. É o caso da Teixeira Duarte que detém directamente 32,3% da Cimpor.

No capital da maior cimenteira nacional existem ainda situações consideradas pouco claras de accionistas cujas ligações a outros accionistas não são fáceis de perceber, pelo que a CMVM observa com toda a atenção as tendências de voto nas assembleias-gerais. Nesta categoria aparece, por exemplo, o fundo de pensões do Banco Comercial Português, apontado como aliado da Teixeira Duarte. O caso mais complexo, contudo, parece ser o da empresa C+PA, que tem 5% da Cimpor. Anteriormente designada TDCIM (sociedade do universo Teixeira Duarte), a empresa - que se dedica à comercialização de cinzas da Central Térmica de Sines - é detida pela própria Cimpor (48%), por uma outra sociedade de accionistas individuais, designada Sacimop (36%), e pela Particim (16%), que remete para a Holcim, a qual chegou a apresentar-se para controlar a Cimpor, em conjunto com a Semapa.


Confrontada pelo EXPRESSO, a Cimpor responde que «a participação que cada um dos accionistas detém no capital social da empresa não influencia, através do Conselho de Administração, o seu normal funcionamento, porque os administradores foram propostos eeleitos em assembleia geral a título individual, não exercendo, assim, as suas funções em representação de qualquer accionista particular». A Cimpor afirma ainda que o conselho decide «tendo em conta, para além dos accionistas com participações qualificadas, um universo de outros cerca de 64 mil pequenos accionistas». Quanto às esferas de influência, a Cimpor considera que os accionistas são independentes, não podendo as suas participações ser somadas. Até porque «não se conhece qualquer acordo parassocial».

Este é justamente o ponto que separa a Cimpor da Portucel. Segundo a CMVM, no caso da empresa de pasta e papel, foi possível avançar com a obrigação de lançamento pela Semapa de uma OPA por existirem documentos que comprovam a ligação entre os accionistas. Na Cimpor tal não foi encontrado, «até hoje».

Na categoria de accionistas cujo alinhamento não é claro insere-se a empresa espanhola de metalurgia Bipadosa. Também o interesse de Joe Berardo numa sociedade sem grande liquidez como a Cimpor é questionado e as participações de bancos como o ING ou Pastor/Cartera Lusitana são interpretadas no mercado como sendo posições compradas em nome de clientes. Por conhecer está também a zona de influência actual da Lafarge, que, em conjunto com o Crédit Agricole, controlará mais de 17% da Cimpor. Nos bastidores do sector indaga-se qual o grau de concordância do grupo francês face à posição da Teixeira Duarte na Cimpor.

Indiferente às polémicas, a Cimpor mantém o crescimento. Este mês inaugura a ampliação da cimenteira egípcia, transformado-a no maior complexo fabril do grupo, e sob observação estão oportunidades de aquisições na Índia, Argentina e Líbia.

Christiana Martins"

(in www.expresso.pt)