Expresso: "Cimpor à beira da OPA "
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A situação da CIMPOR é tudo menos clara deste a aquisição pela TDU. Mas como se lembram houve investigações e mais investigações na CMVM que não deram em nada. Diria que, não tendo nada acontecido de novo, seria de estranhar que fosse agora - quando desaparece a maior pressão no sentido de obrigar ao lançamento de OPA - PQP - que a CMVM viesse a ter uma intevenção. A haver OPA ela seria lançada pela cotação ponderada dos últimos seis meses ou pelo preço mais caro pago pelo oferente no mesmo período. Nem sei se a cotação média ponderada dos últimos seis meses é alguma coisa de interessante. Quanto a esse patamar dos 90% para ser eficaz, não é bem assim. Se a OPA for obrigat´´oria o oferente compra tudo o que lhe venderem. Mas se chegar aos 90% pode obrigar os remanescentes a vender a sua posição, o que não obsta a que a OPA seja eficaz mesmo que menos de 90% sejam vendidos.
A vida são dois dias e o Carnaval são três.
Excelente Artigo ulisses, realmente ao contrario do que é costume ( leio o Semanario economico ) este fim de semana em virtude de não o ter comprado acabei por pedir emprestado o suplemento economico do Expresso aos meus pais e claro despertou -me e muito a atenção e quem acompanha por exemplo um titulo como a TDU leu -o com um interesse redobrado já que aquelas ligações todas em torno da Cimpor podem explicar muita coisa
e especialmente movimentos estranhos na TDU
Um abraço
Vasco


Um abraço
Vasco
Aqui no Caldeirão no Longo Prazo estamos todos ricos ... no longuissimo prazo os nossos filhos estarão ainda mais ricos ...
OPA?
a HAver uma OPa da cimpor agora o preço seria pelo menos a cotação media dos ultimos 6 meses + 5%. (isto sem contar com os resultados)
Mas para a OPA ser eficaz devia abranger no minimo 90% do capital.
Resta saber é se se ia manter no PSI20 ou se iria acontecer o mesmo que na Telecel/Vodafone
Mas para a OPA ser eficaz devia abranger no minimo 90% do capital.
Resta saber é se se ia manter no PSI20 ou se iria acontecer o mesmo que na Telecel/Vodafone
Todo o Homem tem um preço, nem que seja uma lata de atum
Expresso: "Cimpor à beira da OPA "
"Cimpor à beira da OPA "
"O capital da Cimpor encobre situações pouco claras e todas as participações são relevantes
O MERCADO há muito que desistiu de esperar pelo lançamento de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Cimpor, mas, mesmo depois de dois anos de investigação, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) continua a observar atentamente a estrutura accionista da empresa.
A polícia do mercado de capitais explica que, sempre que um accionista se encontra no limiar dos 33% que obriga ao lançamento de OPA, tem de ser acompanhado muito de perto. É o caso da Teixeira Duarte que detém directamente 32,3% da Cimpor.
No capital da maior cimenteira nacional existem ainda situações consideradas pouco claras de accionistas cujas ligações a outros accionistas não são fáceis de perceber, pelo que a CMVM observa com toda a atenção as tendências de voto nas assembleias-gerais. Nesta categoria aparece, por exemplo, o fundo de pensões do Banco Comercial Português, apontado como aliado da Teixeira Duarte. O caso mais complexo, contudo, parece ser o da empresa C+PA, que tem 5% da Cimpor. Anteriormente designada TDCIM (sociedade do universo Teixeira Duarte), a empresa - que se dedica à comercialização de cinzas da Central Térmica de Sines - é detida pela própria Cimpor (48%), por uma outra sociedade de accionistas individuais, designada Sacimop (36%), e pela Particim (16%), que remete para a Holcim, a qual chegou a apresentar-se para controlar a Cimpor, em conjunto com a Semapa.
Confrontada pelo EXPRESSO, a Cimpor responde que «a participação que cada um dos accionistas detém no capital social da empresa não influencia, através do Conselho de Administração, o seu normal funcionamento, porque os administradores foram propostos eeleitos em assembleia geral a título individual, não exercendo, assim, as suas funções em representação de qualquer accionista particular». A Cimpor afirma ainda que o conselho decide «tendo em conta, para além dos accionistas com participações qualificadas, um universo de outros cerca de 64 mil pequenos accionistas». Quanto às esferas de influência, a Cimpor considera que os accionistas são independentes, não podendo as suas participações ser somadas. Até porque «não se conhece qualquer acordo parassocial».
Este é justamente o ponto que separa a Cimpor da Portucel. Segundo a CMVM, no caso da empresa de pasta e papel, foi possível avançar com a obrigação de lançamento pela Semapa de uma OPA por existirem documentos que comprovam a ligação entre os accionistas. Na Cimpor tal não foi encontrado, «até hoje».
Na categoria de accionistas cujo alinhamento não é claro insere-se a empresa espanhola de metalurgia Bipadosa. Também o interesse de Joe Berardo numa sociedade sem grande liquidez como a Cimpor é questionado e as participações de bancos como o ING ou Pastor/Cartera Lusitana são interpretadas no mercado como sendo posições compradas em nome de clientes. Por conhecer está também a zona de influência actual da Lafarge, que, em conjunto com o Crédit Agricole, controlará mais de 17% da Cimpor. Nos bastidores do sector indaga-se qual o grau de concordância do grupo francês face à posição da Teixeira Duarte na Cimpor.
Indiferente às polémicas, a Cimpor mantém o crescimento. Este mês inaugura a ampliação da cimenteira egípcia, transformado-a no maior complexo fabril do grupo, e sob observação estão oportunidades de aquisições na Índia, Argentina e Líbia.
Christiana Martins"
(in www.expresso.pt)
"O capital da Cimpor encobre situações pouco claras e todas as participações são relevantes
O MERCADO há muito que desistiu de esperar pelo lançamento de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Cimpor, mas, mesmo depois de dois anos de investigação, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) continua a observar atentamente a estrutura accionista da empresa.
A polícia do mercado de capitais explica que, sempre que um accionista se encontra no limiar dos 33% que obriga ao lançamento de OPA, tem de ser acompanhado muito de perto. É o caso da Teixeira Duarte que detém directamente 32,3% da Cimpor.
No capital da maior cimenteira nacional existem ainda situações consideradas pouco claras de accionistas cujas ligações a outros accionistas não são fáceis de perceber, pelo que a CMVM observa com toda a atenção as tendências de voto nas assembleias-gerais. Nesta categoria aparece, por exemplo, o fundo de pensões do Banco Comercial Português, apontado como aliado da Teixeira Duarte. O caso mais complexo, contudo, parece ser o da empresa C+PA, que tem 5% da Cimpor. Anteriormente designada TDCIM (sociedade do universo Teixeira Duarte), a empresa - que se dedica à comercialização de cinzas da Central Térmica de Sines - é detida pela própria Cimpor (48%), por uma outra sociedade de accionistas individuais, designada Sacimop (36%), e pela Particim (16%), que remete para a Holcim, a qual chegou a apresentar-se para controlar a Cimpor, em conjunto com a Semapa.
Confrontada pelo EXPRESSO, a Cimpor responde que «a participação que cada um dos accionistas detém no capital social da empresa não influencia, através do Conselho de Administração, o seu normal funcionamento, porque os administradores foram propostos eeleitos em assembleia geral a título individual, não exercendo, assim, as suas funções em representação de qualquer accionista particular». A Cimpor afirma ainda que o conselho decide «tendo em conta, para além dos accionistas com participações qualificadas, um universo de outros cerca de 64 mil pequenos accionistas». Quanto às esferas de influência, a Cimpor considera que os accionistas são independentes, não podendo as suas participações ser somadas. Até porque «não se conhece qualquer acordo parassocial».
Este é justamente o ponto que separa a Cimpor da Portucel. Segundo a CMVM, no caso da empresa de pasta e papel, foi possível avançar com a obrigação de lançamento pela Semapa de uma OPA por existirem documentos que comprovam a ligação entre os accionistas. Na Cimpor tal não foi encontrado, «até hoje».
Na categoria de accionistas cujo alinhamento não é claro insere-se a empresa espanhola de metalurgia Bipadosa. Também o interesse de Joe Berardo numa sociedade sem grande liquidez como a Cimpor é questionado e as participações de bancos como o ING ou Pastor/Cartera Lusitana são interpretadas no mercado como sendo posições compradas em nome de clientes. Por conhecer está também a zona de influência actual da Lafarge, que, em conjunto com o Crédit Agricole, controlará mais de 17% da Cimpor. Nos bastidores do sector indaga-se qual o grau de concordância do grupo francês face à posição da Teixeira Duarte na Cimpor.
Indiferente às polémicas, a Cimpor mantém o crescimento. Este mês inaugura a ampliação da cimenteira egípcia, transformado-a no maior complexo fabril do grupo, e sob observação estão oportunidades de aquisições na Índia, Argentina e Líbia.
Christiana Martins"
(in www.expresso.pt)
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