
Modelo Continente triplica lucros com contributo positivo do Brasil (act)
A Modelo Continente anunciou hoje que os resultados líquidos triplicaram no primeiro semestre do ano, com a empresa de distribuição do Grupo Sonae a beneficiar do contributo positivo dos negócios no Brasil e dos menores encargos financeiros.
--------------------------------------------------------------------------------
Nuno Carregueiro
nc@mediafin.pt
A Modelo Continente anunciou hoje que os resultados líquidos triplicaram no primeiro semestre do ano, com a empresa de distribuição do Grupo Sonae a beneficiar do contributo positivo dos negócios no Brasil e dos menores encargos financeiros.
Os lucros da Modelo Continente [Cot] totalizaram 32 milhões de euros, contra os 11 milhões de euros no período homólogo. «Este valor reflecte já um contributo positivo da operação brasileira, por comparação com resultados líquidos negativos verificados no ano anterior», refere a empresa num comunicado.
As vendas brutas consolidadas cresceram 4% para 1,85 mil milhões de euros e as vendas líquidas aumentaram 3% até aos 1,59 mil milhões de euros. A empresa liderada por Nuno Jordão refere que «esta variação encontra-se positivamente impactada pela progressão da actividade da empresa no mercado brasileiro que, em moeda local, ascendeu a 12%».
Quando convertida para euros as receitas brutas das empresa no Brasil aumentaram 10%, para 444 milhões de euros, pois o real desvalorizou 2% no período.
O «cash flow» operacional desceu 7% para 101 milhões de euros, equivalente a uma margem sobre as vendas líquidas de 6,3%, numa queda que a empresa atribui à «antecipação do ciclo promocional da empresa no mercado português».
Os resultados correntes aumentaram 4% para 25 milhões de euros, com a empresa a beneficiar da redução dos encargos financeiros, «na sequência do decréscimo sustentado da dívida e da diminuição do custo de financiamento da empresa». Os resultados financeiros foram negativos em 24 milhões de euros, menos 23% que no período homólogo.
A maior distribuidora nacional beneficiou ainda do menor montante de impostos pagos, já que os lucros antes de impostos aumentaram 88%, menos que o registado nos resultados líquidos.
Acções da Modelo em seis meses
Brasil compensa queda do «cash flow» em Portugal
No mercado doméstico a Modelo Continente terminou o semestre com 279 lojas, mais 5% que no período homólogo, com a área de vendas a crescer 2%. No mercado brasileiro a empresa aumentou o número de ponto de vendas em 1%, apesar de a área de vendas ter diminuído 1% para 429 mil metros quadrados.
No total a empresa tinha 444 lojas, mais 4% que no período homólogo, com abertura de 10 novas unidades no universo de retalho não alimentar em Portugal e uma nova unidade Modelo em Gulpilhares, na zona do Grande Porto. No Brasil, foram inaugurados no semestre 6.000 novos m2 no estado do Rio Grande do Sul.
No total o investimento técnico da empresa totalizou 62 milhões de euros. Entre os projectos para novas lojas encontram-se os hipermercados Continente das Antas e de Loures em Portugal (a inaugurar em 2005), bem como 3 novos hipermercados nos Estados brasileiros do Rio Grande do Sul e Santa Catarina (com inauguração prevista para os próximos 18 meses).
O negócio na maior economia da América Latina contribuiu de forma positiva para os lucros e o «cash flow» operacional, com um crescimento de 14% neste último indicador, até aos 13 milhões de euros, que representa uma margem de 2,8% (acima dos 2,6% do período homólogo).
Esta melhoria no Brasil ajudou a compensar a queda de 10% registada no «cash flow» operacional das actividades em Portugal. «O universo de retalho português manteve a tendência de acréscimo de concorrencialidade que o vem caracterizando, com a oferta (materializada no número de metros quadrados de área de venda disponíveis para os consumidores) a crescer cerca de 5%, bem acima da evolução da procura (medida pela evolução do volume de vendas dos principais operadores do mercado) que não alcançou 3%», refere o comunicado da empresa.
Sobre o mercado brasileiro a empresa diz que «os últimos meses parecem indiciar uma tendência de melhoria, com o consumo a reagir favoravelmente ao robustecimento dos indicadores fundamentais da economia».
Perspectivas para o Brasil são «claramente favoráveis»
Nas perspectivas para o resto do ano a Modelo Continente diz que «o desenvolvimento da empresa passará pelo reforço da dinâmica de crescimento no âmbito da aplicação da nova lei de licenciamento comercial, e pelo prosseguimento de uma atitude de forte inovação ao nível da proposta de valor junto dos clientes».
Para o mercado brasileiro, as perspectivas «são claramente positivas face ao reforço de competitividade e notoriedade que a operação experimentou nos últimos meses».
Esta afirmação parece clarificar que a empresa não está a estudar vender as operações naquele país, tal como tem sido noticiado na imprensa brasileira.
A empresa diz que no Brasil vai prosseguir «a estratégia de aperfeiçoamento operacional e comercial em curso, desenvolvendo igualmente novas oportunidades de investimento que permitam a consolidação da posição de liderança na região Sul do país».
As acções da Modelo Continente terminaram a subir 2,16% para os 1,42 euros e a Sonae SGPS avançou 1,18% para os 0,86 euros.
A Modelo Continente anunciou hoje que os resultados líquidos triplicaram no primeiro semestre do ano, com a empresa de distribuição do Grupo Sonae a beneficiar do contributo positivo dos negócios no Brasil e dos menores encargos financeiros.
--------------------------------------------------------------------------------
Nuno Carregueiro
nc@mediafin.pt
A Modelo Continente anunciou hoje que os resultados líquidos triplicaram no primeiro semestre do ano, com a empresa de distribuição do Grupo Sonae a beneficiar do contributo positivo dos negócios no Brasil e dos menores encargos financeiros.
Os lucros da Modelo Continente [Cot] totalizaram 32 milhões de euros, contra os 11 milhões de euros no período homólogo. «Este valor reflecte já um contributo positivo da operação brasileira, por comparação com resultados líquidos negativos verificados no ano anterior», refere a empresa num comunicado.
As vendas brutas consolidadas cresceram 4% para 1,85 mil milhões de euros e as vendas líquidas aumentaram 3% até aos 1,59 mil milhões de euros. A empresa liderada por Nuno Jordão refere que «esta variação encontra-se positivamente impactada pela progressão da actividade da empresa no mercado brasileiro que, em moeda local, ascendeu a 12%».
Quando convertida para euros as receitas brutas das empresa no Brasil aumentaram 10%, para 444 milhões de euros, pois o real desvalorizou 2% no período.
O «cash flow» operacional desceu 7% para 101 milhões de euros, equivalente a uma margem sobre as vendas líquidas de 6,3%, numa queda que a empresa atribui à «antecipação do ciclo promocional da empresa no mercado português».
Os resultados correntes aumentaram 4% para 25 milhões de euros, com a empresa a beneficiar da redução dos encargos financeiros, «na sequência do decréscimo sustentado da dívida e da diminuição do custo de financiamento da empresa». Os resultados financeiros foram negativos em 24 milhões de euros, menos 23% que no período homólogo.
A maior distribuidora nacional beneficiou ainda do menor montante de impostos pagos, já que os lucros antes de impostos aumentaram 88%, menos que o registado nos resultados líquidos.
Acções da Modelo em seis meses
Brasil compensa queda do «cash flow» em Portugal
No mercado doméstico a Modelo Continente terminou o semestre com 279 lojas, mais 5% que no período homólogo, com a área de vendas a crescer 2%. No mercado brasileiro a empresa aumentou o número de ponto de vendas em 1%, apesar de a área de vendas ter diminuído 1% para 429 mil metros quadrados.
No total a empresa tinha 444 lojas, mais 4% que no período homólogo, com abertura de 10 novas unidades no universo de retalho não alimentar em Portugal e uma nova unidade Modelo em Gulpilhares, na zona do Grande Porto. No Brasil, foram inaugurados no semestre 6.000 novos m2 no estado do Rio Grande do Sul.
No total o investimento técnico da empresa totalizou 62 milhões de euros. Entre os projectos para novas lojas encontram-se os hipermercados Continente das Antas e de Loures em Portugal (a inaugurar em 2005), bem como 3 novos hipermercados nos Estados brasileiros do Rio Grande do Sul e Santa Catarina (com inauguração prevista para os próximos 18 meses).
O negócio na maior economia da América Latina contribuiu de forma positiva para os lucros e o «cash flow» operacional, com um crescimento de 14% neste último indicador, até aos 13 milhões de euros, que representa uma margem de 2,8% (acima dos 2,6% do período homólogo).
Esta melhoria no Brasil ajudou a compensar a queda de 10% registada no «cash flow» operacional das actividades em Portugal. «O universo de retalho português manteve a tendência de acréscimo de concorrencialidade que o vem caracterizando, com a oferta (materializada no número de metros quadrados de área de venda disponíveis para os consumidores) a crescer cerca de 5%, bem acima da evolução da procura (medida pela evolução do volume de vendas dos principais operadores do mercado) que não alcançou 3%», refere o comunicado da empresa.
Sobre o mercado brasileiro a empresa diz que «os últimos meses parecem indiciar uma tendência de melhoria, com o consumo a reagir favoravelmente ao robustecimento dos indicadores fundamentais da economia».
Perspectivas para o Brasil são «claramente favoráveis»
Nas perspectivas para o resto do ano a Modelo Continente diz que «o desenvolvimento da empresa passará pelo reforço da dinâmica de crescimento no âmbito da aplicação da nova lei de licenciamento comercial, e pelo prosseguimento de uma atitude de forte inovação ao nível da proposta de valor junto dos clientes».
Para o mercado brasileiro, as perspectivas «são claramente positivas face ao reforço de competitividade e notoriedade que a operação experimentou nos últimos meses».
Esta afirmação parece clarificar que a empresa não está a estudar vender as operações naquele país, tal como tem sido noticiado na imprensa brasileira.
A empresa diz que no Brasil vai prosseguir «a estratégia de aperfeiçoamento operacional e comercial em curso, desenvolvendo igualmente novas oportunidades de investimento que permitam a consolidação da posição de liderança na região Sul do país».
As acções da Modelo Continente terminaram a subir 2,16% para os 1,42 euros e a Sonae SGPS avançou 1,18% para os 0,86 euros.