CALDEIRÃO DE BOLSA

Cuba e o EUA merecem-se!

Os americanos merecem o Bush, pois puseram-no lá.
Não sei é se os cubanos merecem o Fidel...

Os EUA foram cínicos nesse episódio, é verdade. E também é verdade que o embargo é abjecto. Concordo com tudo isso.

Mas diga-me... é justo que o povo Cubano esteja a ser governado há 45 anos por um líder vitalício, que entre outras atrocidades recentes, mandou por exemplo, assassinar alguns habitantes que tiveram o azar de não conseguir escapar na sua jangada para procurarem uma oportunidade melhor de vida nos EUA?

Digo-lhe... no meio de dois governos hipócritas, só tenho pena do martirizado povo Cubano, pois ele é um exemplo vivo de como a política, tal como a religião, podem subjugar e sufocar os povos.

O meu Dó vai para os povos que vivem em ilhas, quando têm um ditador como governante, e não têm para onde fugir!

A sua simpatia pelos ideais de esquerda, não o podem fazer esquecer que há valores humanos acima dos ideiais políticos, tal como o direito à liberdade e o direito à vida, permanentemente menosprezados em Cuba, tal como o eram igualmente na ex-URSS. Até José Saramago, já viu isso. Convido-o a ver também!

Só desejo que o carcereiro do povo Cubano, não demore muito a desaparecer, assim como o "português" Alberto João, e assim como o idiota Bush.

Ciclone atingiu a ilha na semana passada
Cuba recusa oferta de ajuda dos Estados Unidos depois da passagem de Charley

AFP
Cuba anunciou hoje ter recusado a oferta dos Estados Unidos de 50 mil dólares (40.500 euros) de ajuda de emergência depois da passagem do ciclone Charley na ilha, qualificando-a de "cínica e hipócrita".

Para o "povo e o Governo da ilha, a oferta cínica e hipócrita do Governo dos Estados Unidos é totalmente inaceitável", disse hoje o Ministério cubano dos Negócios Estrangeiros num comunicado divulgado pela edição online do jornal "Juventud Rebelde".

Esta oferta de ajuda surge quando os Estados Unidos reforçaram a 30 de Junho o embargo imposto há mais de 40 anos contra Cuba em oposição ao regime de Fidel Castro.

A recusa foi comunicada aos Estados Unidos a 16 de Agosto mas apenas hoje foi divulgada pelas autoridades cubanas porque, segundo o ministério, "havia muito trabalho a fazer para reparar os estragos causados pelo ciclone".

"A oferta e, sobretudo, a sua evidente manipulação política constituem um novo insulto e uma nova ofensa para os milhares de famílias cubanas que sofrem com os danos deste fenómeno natural", acrescenta o documento.