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revolução falhada

MensagemEnviado: 21/8/2004 0:55
por naosoucomunista
Pena que o 25 de Abril não tenha sido totalmente bem sucedido em devolver liberdade e prosperidade ao povo português, pois o cancro não foi totalmente extraído nessa altura, sobreviveram ainda as metásteses que agora estão a crescer e a apodrecer novamente o país.

Lá teremos de esperar mais uma geração para que essa gente morra e dê lugar a novas pessoas, a novas idéias e espírito empreendedor... O Champalimaud já se foi, agora faltam os outros.

Talvez os nossos netos tenham mais sorte do que nós.

MensagemEnviado: 20/8/2004 23:41
por Visitante
Os transportadores de mercadorias não têm poder negocial para fazer passar completamente o aumento dos combustíveis para os seus clientes. Veja-se o caso da Antram.

Frequentemente aparecem nos jornais notícias acerca de projectos de energia eólica e de biodiesel emaranhados na burocracia/corrupção estatal. A Galp e a EDP apesar de (quase) privatizadas continuam a ser controladas por um determinado "tipo de gente" digamos.

As elites deste país limitam-se a proteger o que herdaram e a continuar a tirar aos outros através do controlo da máquina Estatal/políticos. Não há inovação, concorrência, enfim desenvolvimento.

MensagemEnviado: 20/8/2004 17:11
por saxo
O preço vai nos 50, o que não quer dizer que a média de 2004 nao ande nos 40

estamos feitos

MensagemEnviado: 20/8/2004 16:36
por crudesco
É pena o artigo não estar completo para se poder perceber qual a conclusão final do autor.

Mas ele tem desde já, uma falha... ao assumir que o preço médio do crude comprado por portugal em 2004, rondará os 40 USD.

É que ainda estamos em Agosto e o preço já vai nos 50.

Ora ao preço actual, é precos acrescentar mais mil milhões de dólares de agravamento da factura energética do nosso país, a essas contas.

Se isto não pára de subir, estamos feitos. :shock:

Petróleo: o suspeito do costume --- a desculpa para tudo

MensagemEnviado: 20/8/2004 14:17
por mcarvalho
Marco copiei este artigo que me parece vir a propósito
um abraço
mcarvalho

20/08/2004 14:09

Petróleo: o suspeito do costume (II)
Em Portugal consumimos 105 milhões de barris de petróleo e derivados em 2003, cerca de 14,3 milhões de toneladas, líquido das reexportações.

O custo médio para Portugal do barril em 2003 foi de 29 dólares.

A factura petrolífera líquida foi de 2,75 mil milhões de dólares em 2003.

Contudo, em 2003 a factura energética apenas aumentou 2%, face a 2002, já que o Euro se apreciou 20% face ao dólar.

No artigo de há 15 dias centrei-me nos «fundamentais» do mercado â¿¿ na relação reservas, produção, oferta, procura e consumo â¿¿ bem como alguns estudos e comentários recentes, nomeadamente da Agência Internacional de Energia, sobre o impacto de uma alta persistente dos preços do petróleo nas economias da OCDE.

Referia ainda como o «clima» político internacional e uma série de acontecimentos localizados estavam a contribuir para a volatilidade dos preços.

Trata-se hoje de alinhar alguns dados essenciais sobre os reflexos do actual momento do mercado na economia e no quadro energético de Portugal.

Em primeiro lugar há que reconhecer que, apesar da grande vulnerabilidade relativa da economia portuguesa perante o petróleo, registam-se alterações qualitativas importantes, se comparado à situação verificada nos dois choques petrolíferos da década de setenta.

No essencial, o petróleo deixou praticamente de ser relevante na produção de electricidade e o sector industrial reconverteu as suas necessidades de calor / vapor para o carvão (cimentos), gás natural (cerâmica) ou electricidade (siderurgia).

Assim, o petróleo ficou confinado ao sector dos transportes, enquanto «último reduto» do seu império e onde contribui com cerca de 95% da energia que «faz circular o sangue» de pessoas e mercadorias no tecido social e económico.

O problema está em que o sector dos transportes tem sido e continuará, sustentadamente, a ser aquele que mais cresceu nas últimas décadas em Portugal, fruto do aumento da posse e utilização (mobilidade) de veículos para transporte de pessoas e cargas.

Moral da história, o «vírus» que constitui a volatilidade do preço do petróleo, embora haja sido combatido com sucesso na generalidade do «corpo», retirou-se e alojou-se no sistema circulatório, permitindo-se espalhar os seus efeitos nocivos a todos os tecidos, logo que se regista qualquer crise de nervos na conjuntura geopolítica.

Algum esforço, nem sempre consequente, e certamente insuficiente, na promoção do uso racional da energia e do aproveitamento das energias renováveis, a par da introdução do novo vector energético do gás natural na matriz energética portuguesa, fez baixar o petróleo de uma presença superior a 85% da energia primária consumida, para os 60% actuais.

Apesar de tudo, o consumo de petróleo do país é hoje muito superior ao consumo da década de setenta?

Retomando os números com que abri este artigo, é possível quantificar alguns dos impactos, pelo menos no imediato e no curto prazo, nos principais agregados macroeconómicos do país.

Cada dólar de aumento do barril custa ao país mais 105 milhões de dólares. Se o custo médio para o barril foi de 29 dólares em 2003, significa o aumento da factura de importação em mais de mil milhões de dólares, ou seja 870 milhões de euros, cerca de 30% mais do que em 2003, se tomarmos o custo médio do barril para 2004 na ordem dos 40 dólares.

Por outro lado, não parece possível que haja, este ano, qualquer efeito de mitigação desse custo adicional, já que o euro não se deverá valorizar face ao dólar em 2004. Talvez aconteça o contrário, o que agravaria ainda mais a balança comercial e a degradação dos termos de troca.

O peso da importação de energia, em geral, na balança de mercadorias FOB, poderá aproximar-se dos 15%.

É sabido ainda que o gás natural e mesmo o carvão, ainda «respeitam» o petróleo como preço director. Logo, a alta do crude pr...