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Caldeirão da Bolsa

Pitrolio...

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Energias renováveis já são mais baratas que o petróleo

por Alfred E. Neuman » 17/8/2004 10:33

Lurdes Ferreira
PÚBLICO


Desde que o barril ultrapassou os 40 dólares
Energias renováveis já são mais baratas que o petróleo


Desde que o preço do petróleo ultrapassou os 40 dólares por barril que a produção de electricidade a partir de fontes de energia renovável passou a ser competitiva em Portugal. O impacto das renováveis na tarifa eléctrica paga pelos consumidores ronda uma poupança de 0,2 por cento, indicam resultados preliminares de um estudo em curso para o Centro de Estudos em Economia da Energia, dos Transportes e do Ambiente (CEEETA).

De acordo com o mesmo trabalho, a preços de 2002 a utilização de energias renováveis na produção de electricidade encarecia a factura do consumidor em três por cento.

Face à ideia instalada que a energia renovável "é cara", é a própria escalada dos preços do petróleo e do carvão e a factura energética agravada do país mais vulnerável da UE que a contrariam agora - Portugal importa 90 por cento da energia que consome e pagará este ano mais mil milhões de euros na importação de combustíveis fósseis. O que, para o ex- secretário de Estado do Ambiente e director do CEEETA, Carlos Pimenta, confirma que a "energia é um assunto de urgência nacional". O país prepara-se para uma factura energética de, pelo menos, cinco mil milhões de euros este ano, quase 30 por cento mais do que em 2003, face à evolução dos preços do petróleo desde o início do ano.

As primeiras estimativas de poupança com o recurso às renováveis, nomeadamente energia eólica, reflectem sobretudo a vulnerabilidade do país a médio prazo, já que os calendários em curso não permitiriam uma resposta imediata, independentemente dos atrasos que se verificam. O país tem neste momento apenas 350 MW de energia eólica em funcionamento, havendo proejctos à espera de licenciamento há seis anos, denuncia o mesmo responsável.

A questão dos atrasos coloca-se, por exemplo, logo em 2006, ano em que terá apenas 850 MW instalados em vez de 3600, e não vai chegar aos 3750 MW em 2010, o que significa que estará em piores condições para responder a uma crise energética, por dispor de menores recursos endógenos em exploração do que o previsto, quando estes são considerados um bom instrumento de resposta ao risco de crises internacionais. O Governo português comprometeu-se a ter, em 2010, 39 por cento do seu consumo eléctrico baseado em energias renováveis, mas não só a directiva europeia que o determina já deveria ter sido transposta no ano passado, como o atraso é considerado irrecuperável para aquele prazo. No caso da energia eólica, que foi um dos temas da última presidência aberta de Jorge Sampaio, Portugal precisaria de instalar uma ventoinha eólica por dia até 2010, para cumprir a meta dos 3750 MW.

Projectos eólicos bloqueados há dois anos

Em resposta à cada vez maior escassez de oferta de combustíveis fósseis e à política energética e ambiental europeia de reduzir as emissões, o Governo espanhol reafirmou recentemente a prioridade dada às renováveis, eólica fundamentalmente, depois de uma já forte expansão nos últimos anos. Os investidores franceses têm, por seu lado, uma série de grandes projectos de investimento em renováveis, que prometem avançar assim que tiverem a certeza que a subida do petróleo acima dos 40 dólares é mesmo sustentada.

Apesar do impulso dado às energias renováveis em Portugal, através do programa E4, lançado nos últimos meses de governação socialista, os processos de licenciamento de projectos de energia eólica, na qual se baseia a parte fundamental dos compromissos internacionais que compete ao país, estão praticamente bloqueados há dois anos.

Desde então, o preço médio do petróleo deixou de ser de 22 dólares, anda teimosamente nos 40, tendo ultrapassado os 46 dólares no final da semana passada. O carvão, que se transaccionava no mercado internacional a 39,5 dólares ronda actualmente os 85. E o gás natural cotava-se à época a 4,35 dólares, sendo que é indexado aos preços do petróleo, com um diferimento de meio ano. Nesta conjuntura de risco, a única ajuda vem da taxa de câmbio do euro/dólar, que era de 0,945 dólares em 2002 e anda actualmente pelos 1,2. Ou seja, pelo menos enquanto a moeda europeia continuar valorizada, um barril custa menos euros do que há dois anos. Um eventual regresso à paridade seria a quarta má notícia para a economia portuguesa e um disparo da factura energética em mais 30 por cento.
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Preços do petróleo podem descer para 30 dólares em 2005

por Alfred E. Neuman » 16/8/2004 7:12

O preço do petróleo pode descer para 30 dólares em 2005, com a diminuição de preocupações quanto cortes no abastecimento, e aumento da produção da Organização de Países Produtores de Petróleo, afirmou hoje o presidente da OPEP.


"Existe um prémio psicológico de 16 dólares no mercado, por causa da Yukos, do Iraque e da Venezuela; se este prémio desaparecer, o preço do crude pode fixar-se em 30 dólares por barril no próximo ano", afirmou à imprensa Purnomo Yusgiantoro, na capital da Indonésia, citado pela agência Bloomberg.

O preço do petróleo fechou na sexta-feira acima dos 46 dólares em Nova Iorque, o valor mais alto desde 1983, depois de uma subida de 5,8 por cento durante a semana, sustentada em parte pela aproximação do referendo ao presidente Hugo Chávez na Venezuela.

"Esperamos que o referendo, qualquer que seja o resultado, não interfira no preço do crude", afirmou hoje o presidente da OPEP.

No ano passado, uma greve de opositores do presidente Chávez causou a interrupção das exportações de petróleo da Venezuela, o quinto maior produtor mundial.

No Iraque prosseguem conflitos entre forças norte-americanas e rebeldes xiitas, que já obrigaram ao encerramento do principal oleoduto do sul do país.

Uma "pool" de analistas de mercado consultados pela agência Bloomberg aponta para a continuação da subida do preço do petróleo na próxima semana.

Agência LUSA
2004-08-15 14:40:13
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por R_Martins » 15/8/2004 21:58

Stratega Escreveu:Será q agora "os tubarões grandes" vão começar a apostar nas energias ñ poluentes e renováveis e etc?...
O pitrólio pode acabar, mas o sol e o vento ainda por cá devem andar mais uns tempitos... digo eu... :roll:
E esses, meus amigos, Deus deu pra todos!
Ñ foi só ao Bush e companheiros pitrólinos...

Se bem q eu conheço um país pobre q tem excelentes condições climatéricas a nível de vento e sol e ñ aproveita nenhuma. A companhia de electricidade ñ deixa... :roll: :roll: :evil:


Saudações (financeiramente) ecológicas



...pois se não dependessemos dos impostos do pitrólio, já tinhamos feito muita coisa, embora seja uma questão a discutir, essa de comprar-mos energia para realizar impostos.
R. Martins
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por Stratega » 15/8/2004 18:40

Será q agora "os tubarões grandes" vão começar a apostar nas energias ñ poluentes e renováveis e etc?...
O pitrólio pode acabar, mas o sol e o vento ainda por cá devem andar mais uns tempitos... digo eu... :roll:
E esses, meus amigos, Deus deu pra todos!
Ñ foi só ao Bush e companheiros pitrólinos...

Se bem q eu conheço um país pobre q tem excelentes condições climatéricas a nível de vento e sol e ñ aproveita nenhuma. A companhia de electricidade ñ deixa... :roll: :roll: :evil:


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Pitrolio...

por R_Martins » 15/8/2004 12:35

2,8 milhões a mais por dia?
Quando começar a desabar, vai parecer a Pararede...
R. Martins

«Irão contra aumento de produção de petróleo

O representante iraniano na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) considerou neste sábado que considera desnecessário a promoção de um aumento da produção do petróleo face, minimizando os valores recorde obtidos pelo crude nos mercados internacionais.



Segundo Hussein Kazempour Ardebili, há um excedente de 2,8 milhões de barris de petróleo por dia e que, por isso, não há razão para aumentar a produção de crude.
Ardebili prevê, no entanto, que os preços do petróleo continuem a sua escalada, devido aos acontecimentos políticos e militares a nível mundial.

Entretanto, as autoridades iraquianas decidiram encerrar na sexta-feira à noite o principal oleoduto do Sul do país, na região de Bassorá.

Um facto que deve pressionar ainda mais os mercados internacionais e aumentar o preço do barril do petróleo.

Na sexta-feira, o crude ultrassou os 46,5 dólares por barril no mercado nova-iorquino do Nymex, atingindo o brent de igual modo valores máximos para duas décadas no IPE.»
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