PSI-20 quebra barreira psicológica dos sete mil pontos
O principal índice accionista da Euronext Lisbon quebrou hoje, pela primeira vez desde 4 de Fevereiro, a barreira dos sete mil pontos, estando o PSI-20 a 3,6% de anular a totalidade dos ganhos de 2004. Os analistas reconhecem que os sete mil pontos são mais uma barreira psicológica, sem relevância a nível técnico.
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Pedro Carvalho
pc@mediafin.pt
O principal índice accionista da Euronext Lisbon quebrou hoje, pela primeira vez desde 4 de Fevereiro, a barreira dos sete mil pontos, estando o PSI-20 a 3,6% de anular a totalidade dos ganhos de 2004. Os analistas reconhecem que os sete mil pontos são mais uma barreira psicológica, sem relevância a nível técnico.
O PSI-20 [Cot], esta manhã, chegou a bater num mínimo de 6.991,03 pontos, estando pela primeira vez, desde 4 de Fevereiro de 2004, a negociar abaixo dos sete mil pontos.
Filipe Garcia da IMF – Informação de Mercados Financeiros considera que os 7.000 pontos «não é um valor técnico importante», funcionando mais como um patamar psicológico, exemplificando com o caso do índice norte-americanos Dow Jones que tem oscilado em torno do limiar psicológico dos 10 mil pontos.
«Nem sempre, os números redondos são tecnicamente relevantes», defende Filipe Garcia referindo-se aos sete mil pontos do PSI-20. Este analista dá o exemplo dos 8.000 pontos, dos 7.700 pontos, dos 7.400 pontos e dos 6.600 pontos que são números redondos e são coincidentes com barreiras técnicas relevantes.
O principal índice da Euronext Lisbon, de acordo com a IMF, tinha um suporte importante nos 7.085 pontos, entretanto quebrado, «o que está a potenciar esta nova queda». O analista vê um novo suporte na casa dos 6.950 pontos a 6.980 pontos.
Grupo Portugal Telecom pressiona; EDP e Brisa servem de refúgio
Num dia em que os principais índices na Europa acumulam perdas, em média, de mais de 1%, o PSI-20 seguia a perder 0,41% para 6.994,64 pontos, com 14 acções em queda, três em subida e as restantes três inalteradas.
As empresas do Grupo PT eram as que mais pressionavam o índice na sessão, com a Portugal Telecom (PT) [Cot] a perder 0,84% para 8,27 euros e a PT Multimédia [Cot] a deslizar 3,83% para 16,33 euros.
A Electricidade de Portugal (EDP) [Cot] e a Brisa [Cot] impediam o PSI-20 de registar uma queda mais gravosa, com a eléctrica a valorizar 0,89% para 2,26 euros e a concessionária de auto-estradas a avançar 0,17% a marcar 5,96 euros. Ambos são vistos como títulos de refúgio em alturas de queda generalizada nos mercados.
Na sexta-feira, a eléctrica anunciou que a FMR e a Fidelity International Limited passaram a controlar 2,1% das acções da eléctrica. Os analistas do BPI, numa nota a clientes, dizem que esta compra «é positiva para a EDP», interpretando-a como um sinal positivo à venda de direitos que deverá acontecer em Outubro.
No sector da banca, o cenário também era de descida, com o Banco Comercial Português (BCP) [Cot] a deslizar 0,58%, o Banco BPI [Cot] a perder 0,36% e o Banco Espírito Santo (BES) [Cot] a depreciar 0,07%.