
Credit Suisse diz que EDP é a «utility» com mais potencial de valorização
A Electricidade de Portugal (EDP) é a «utility» europeia com mais potencial de valorização, diz o Credit Suisse First Boston (CSFB), o banco de investimento do Credit Suisse, num estudo divulgado hoje.
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Pedro Viana
pviana@mediafin.pt
A Electricidade de Portugal (EDP) é a «utility» europeia com mais potencial de valorização, diz o Credit Suisse First Boston (CSFB), o banco de investimento do Credit Suisse, num estudo divulgado hoje. Uma particularidade deste documento provém do método utilizado para avaliar as empresas que tem algumas especificidades, não podendo ser comparado com o método regular.
O preço-alvo definido pelo banco, através deste método, denomina-se de «warranted» – porque é o melhor dos preços alvos – e é de 3,9 euros, o que concede à eléctrica uma margem de crescimento de 71%. A par da EDP como «utilities» com mais potencial, o CSFB elegeu a PPC, concedendo-lhe um potencial de 74% face aos 33,7 euros registados no fecho de ontem.
Do lado negativo, o CSFB destaca os potenciais de desvalorização de 62% da Albertis, a maior concessionária de auto-estradas espanhola, e accionista da portuguesa Brisa, e do Suez, cujo potencial de queda fixa-se nos 39%.
Segundo os métodos de avaliações regularmente utilizados pelo banco, a EDP detém a mesma recomendação («outperform»), mas o preço-alvo é de 2,52 euros, uma diferença negativa de 1,38 euros.
Este método de avaliação é alicerçado nos «cash flows» descontados – ou seja, estimar os «cash flows» que a empresa terá no futuro e actualizá-los, normalmente a uma taxa WACC, que faz a média ponderada do custo do capital próprio e o custo da dívida –, mas centra-se em três factores distintos.
O factor principal é o CFROI («cash flow return on investment») que é o rácio entre os «cash flows» brutos sobre os investimentos brutos, criando uma taxa de rendibilidade. Desta forma, é reconhecida a vida finita dos bens depreciáveis e o valor residual dos bens não depreciáveis.
A principal razão que levou o CSFB a definir este «target» para a EDP é o seu CFROI. A eléctrica tem o melhor CFROI do sector com 5,9%, dois pontos percentuais acima do CFROI implícito do mercado (3,9%). Apesar de ser o mais alto, o banco de investimento não prevê que este diminua. Nos próximos cinco anos a EDP manterá o seu CFROI inalterado nos 5,9%.
Outra idiossincrasia deste modelo é o facto de utilizar a os NCR («net cash receipts») – semelhante ao «free cash flow» – gerado à taxa de desconto da empresa. Enquanto esta taxa for superior ao CFROI, as empresas não estão a criar valor.
Uma das vantagens da EDP, e da PPC, neste modelo, é o facto de se situarem em países cuja inflação histórica é muito elevada. Existe uma correlação positiva entre esta componente macroeconómica e o período de vida das empresas.
A Electricidade de Portugal (EDP) é a «utility» europeia com mais potencial de valorização, diz o Credit Suisse First Boston (CSFB), o banco de investimento do Credit Suisse, num estudo divulgado hoje.
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Pedro Viana
pviana@mediafin.pt
A Electricidade de Portugal (EDP) é a «utility» europeia com mais potencial de valorização, diz o Credit Suisse First Boston (CSFB), o banco de investimento do Credit Suisse, num estudo divulgado hoje. Uma particularidade deste documento provém do método utilizado para avaliar as empresas que tem algumas especificidades, não podendo ser comparado com o método regular.
O preço-alvo definido pelo banco, através deste método, denomina-se de «warranted» – porque é o melhor dos preços alvos – e é de 3,9 euros, o que concede à eléctrica uma margem de crescimento de 71%. A par da EDP como «utilities» com mais potencial, o CSFB elegeu a PPC, concedendo-lhe um potencial de 74% face aos 33,7 euros registados no fecho de ontem.
Do lado negativo, o CSFB destaca os potenciais de desvalorização de 62% da Albertis, a maior concessionária de auto-estradas espanhola, e accionista da portuguesa Brisa, e do Suez, cujo potencial de queda fixa-se nos 39%.
Segundo os métodos de avaliações regularmente utilizados pelo banco, a EDP detém a mesma recomendação («outperform»), mas o preço-alvo é de 2,52 euros, uma diferença negativa de 1,38 euros.
Este método de avaliação é alicerçado nos «cash flows» descontados – ou seja, estimar os «cash flows» que a empresa terá no futuro e actualizá-los, normalmente a uma taxa WACC, que faz a média ponderada do custo do capital próprio e o custo da dívida –, mas centra-se em três factores distintos.
O factor principal é o CFROI («cash flow return on investment») que é o rácio entre os «cash flows» brutos sobre os investimentos brutos, criando uma taxa de rendibilidade. Desta forma, é reconhecida a vida finita dos bens depreciáveis e o valor residual dos bens não depreciáveis.
A principal razão que levou o CSFB a definir este «target» para a EDP é o seu CFROI. A eléctrica tem o melhor CFROI do sector com 5,9%, dois pontos percentuais acima do CFROI implícito do mercado (3,9%). Apesar de ser o mais alto, o banco de investimento não prevê que este diminua. Nos próximos cinco anos a EDP manterá o seu CFROI inalterado nos 5,9%.
Outra idiossincrasia deste modelo é o facto de utilizar a os NCR («net cash receipts») – semelhante ao «free cash flow» – gerado à taxa de desconto da empresa. Enquanto esta taxa for superior ao CFROI, as empresas não estão a criar valor.
Uma das vantagens da EDP, e da PPC, neste modelo, é o facto de se situarem em países cuja inflação histórica é muito elevada. Existe uma correlação positiva entre esta componente macroeconómica e o período de vida das empresas.