EDP pede aos accionistas para aumentar capital social até 4,5 mil milhões
A Electricidade de Portugal anunciou hoje a convocatória de uma Assembleia Geral Extraordinária, onde vai pedir aos accionistas a autorização para reforçar o capital social, através de um ou mais aumentos, de 3 para 4,5 mil milhões de euros. A designação da empresa vai mudar para Energias de Portugal.
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Nuno Carregueiro
nc@mediafin.pt
A Electricidade de Portugal anunciou hoje a convocatória de uma Assembleia Geral Extraordinária, onde vai pedir aos accionistas a autorização para reforçar o capital social, através de um ou mais aumentos, de 3 para 4,5 mil milhões de euros. A designação da empresa vai mudar para Energias de Portugal.
Na convocatória da AG, marcada para 7 de Outubro, a EDP diz que vai propor aos accionistas a alteração do número 3 do artigo 4º do contrato da sociedade, que passará a ter a seguinte redacção:
«O Conselho de Administração fica autorizado, por um período de 5 anos, a aumentar o capital social, por uma ou mais vezes, até ao valor nominal máximo de 4.500.000.000 de euros, mediante a emissão de acções a subscrever por novas entradas em dinheiro, competindo-lhe fixar os termos e as condições de cada emissão».
O capital social da empresa é actualmente composto por 3 mil milhões de acções, cada uma com um valor nominal de um euro, que perfaz um capital social no valor de 3 mil milhões de euros.
Assim o CA da EDP, liderado por João Talone, está a pedir aos accionistas para, nos espaço dos próximos cinco anos, poder aumentar o capital social da empresa em 50%, ou 1,5 mil milhões de acções, ou seja, em1,5 mil milhões de euros.
Na semana passada a EDP [Cot] anunciou que pretende fazer um aumento do capital de 1,2 mil milhões de euros, para financiar a aquisição da Hidrocantábrico, mas não especificou quantas novas acções vão ser emitidas.
Resta assim saber o montante do aumento do capital social que será necessário para satisfazer o encaixe de 1,2 mil milhões de euros pretendido.
Na AG a EDP vai ainda pedir autorização ao accionistas para que o CA da empresa determine as condições da operação, ou seja, o preço a que os títulos vão ser emitidos.
Segundo a empresa explicou a analistas na apresentação da aquisição da Cantábrico, o preço só será conhecido dois dias antes do aumento de capital, que está agendado para Outubro.
Na AG a empresa vai também propor a adopção de sociedade anónima e alterar a designação para EDP – Energias de Portugal. Vai ainda ser ratificada a cooptação dos administradores António Galvão Lucas e de Mira Amaral, para preencher os lugares deixados vagos por António de Almeida e António de Sousa.
As acções da EDP fecharam a descer 1,32% para os 2,24 euros