As preferidas

POLL FUNDOS-Banca e telecoms melhores sectores,Sonae e BPI picks
(04 Aug 2004)
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Por Henrique Simões de Almeida
LISBOA, 4 Ago (Reuters) - Os sectores da banca e telecoms
nacionais são os preferidos para o investimento de fundos
portugueses, que elegem o BPI <BPIN.IN> e a Sonae <SONP.IN> como
dos papéis com maior potencial de valorização a prazo, segundo
uma Poll de nove gestores de fundos de investimento.
Estes gestores de fundos de investimento, que investem
carteiras de cerca de 500 milhões de euros (ME) em Portugal,
frisam que aqueles dois sectores serão dos que beneficiarão mais
de uma retoma económica e que, no caso das telecoms, o sector
coincide praticamente com a Portugal Telecom (PT) <PTCO.IN>.
Nesta Poll, em que cada gestor de fundos escolheu vários
sectores, a banca e as telecoms contaram com sete preferências,
o sector de energia - EDP-Electricidade de Portugal <EDPP.IN> -
foi escolhido três vezes, o de media - Impresa <IPRN.IN> e Media
Capital <MCPT.IN> - duas vezes, enquanto a indústria, retalho e
auto-estradas uma vez cada.
O sector da banca tem um peso total de 36,3 pct no PSI20
<.PSI20> e o das telecomunicações cerca de 21 pct ou seja estes
dois sectores têm uma ponderação conjunta de 57,3 pct, sendo dos
sectores mais líquidos e profundos, tornando mais fácil e barata
a entrada e saída de institucionais.
"São os sectores (banca e telecomunicações) com maior
potencial de crescimento, a curto-médio prazo, porque são os que
mais beneficiam da retoma económica", disse um gestor.
Lembrou que "a indústria de telecoms está permanentemente em
expansão e, num ambiente de retoma económica, os investimentos
do sector aumentam", para além do efeito imediato de maiores
'revenues' de tráfego quando há maior crescimento económico.
Outro gestor de fundos recordou, quanto ao sector da banca,
que, "quando o ciclo económico melhora, os volumes de crédito e
depósitos aumentam, o crédito mal-parado diminuiu e as comissões
tendem a aumentar não só em volume, mas também porque os
clientes, normalmente, aceitam pagar 'fees' mais altos".
Um terceiro recordou que as taxas do Banco Central Europeu
estão num nível historicamente baixo de 2,0 pct desde Junho de
2003 e que se prevê que as suba "dentro de meses que é mais um
factor a favorecer a subida do Net Interest Income da banca".
O Banco de Portugal reviu em alta a previsão do Produto
Interno Bruto de 2004 para de 0,75 a 1,75 pct face à contracção
de 1,3 pct em 2003, ano em que o país passou por uma recessão.
A PT é o principal título de telecoms e pesa 20,2 pct do
PSI20, salientando alguns que tem uma estratégia previsível no
Brasil e que, apesar da liberalização em Portugal, a sua posição
dominante não tem sido muito afectada.
O Banco Comercial Português (BCP) <BCPN.IN> pesa 18,5
daquele índice, o Banco Espírito Santo (BES) <BESN.IN> 10,4 pct
e o BPI <BPIN.IN> 7,4 pct.
Alguns referem que, apesar do período recessivo de 2003, os
bancos nacionais mantiveram a qualidade dos seus activos,
contiveram o crédito mal-parado e, em alguns casos, como no BCP,
até recentraram mais a estratégia no seu core-business.
"A escolha da banca e da telecoms é natural pois, como
investimos em grandes quantidades, temos necessariamente de
procurar títulos com maior peso como é o caso do BCP e da PT",
concluiu o segundo gestor.
SONAE E BPI PODEM SER PICKS
Quanto aos títulos com maior potencial de retorno, ou
'upside' no índice PSI20, dois gestores apontaram o BPI e dois
indicaram a Sonae, enquanto os restantes cinco gestores
escolheram, individualmente, a PTM <PTMN.IN>, a Semapa
<SEMA.IN>, a Media Capital <MCPT.IN> e a Gescartão <GSCR.IN>.
"O BPI é um título barato face ao sector europeu e por isso
é uma boa aposta", disse um gestor.
Segundo Pedro Mendes, analista do Millennium bcp, "a nível
de Price Earnings Ratio para 2005 o BPI está dois pct a prémio
face à banca Ibérica e 11 pct a prémio em relação à europeia".
Frisam que, ciclicamente, tem havido interesse especulativo,
com apostas numa possível Oferta Pública de Aquisição sobre o
BPI, uma hipótese que tem sido rejeitada pela sua administração.
Quanto à Sonae, a maioria sublinha que esta holding está a
desconto face à soma total das suas participadas - Sonae
Indústria <SONE.IN>, Modelo Continente, Sonae Imobiliária,
Sonaecom <SNCO.IN> e Sonae Capital.
Salientam também o profundo processo de reestruturação que o
grupo está a ter que começa a dar frutos.
"O conjunto das empresas participadas, com especial destaque
para a Sonae Indústria e para a Sonaecom, demonstram que as
acções da Sonae SGPS podem ter um valorização significativa a
curto médio prazo" concluiu um gestor de fundos.
SEGUE TABEL DE ESCOLHA DE SECTORES E TÍTULOS:
SECTORES DO PSI20 QUE NÚMERO DE ESCOLHAS:
PENSAM INVESTIR MAIS:
1 - Banca e Telecomunicações 7
2 - Energia (utilities) 3
3 - Media 2
4 - Industria, retalho, 1
auto-estradas
(nesta secção alguns gestores indicaram mais do que um sector
no qual investem).
TÍTULOS PSI20 COM NÚMERO DE ESCOLHAS:
MAIOR POTENCIAL PRAZO:
- Sonae 2
- BPI 2
- Brisa, PTM, Semapa, 1
Media Capital, Gescartão
Gestores de fundos nacionais que participaram nesta sondagem:
- Pedro Correia da Silva que gere cerca de 214 ME dos fundos AF
Acções Portugal e AF PPA.
- Catarina Ferreira (102 ME) dos fundos BPI Portugal e BPI
Poupança Acções.
- António Vaz (83 ME) da Caixa Gest Acções Portugal.
- Pedro Balcon Reis (73 ME) do Santander Acções Portugal.
- Carlos Bastardo (41 ME) da Barclays Premier Acções Portugal e
Barclays FPA.
- Pedro Melo e Castro (10 ME) da Banif Gestão Activos.
- Fernando Nascimento (2 ME) da Raiz Poupança Acções.
- Pedro Rodrigues (2ME) do Finicapital.
- Pedro Almeida da Silva (1,5 ME) do BNC PPA Acções.
((---Henrique Simões de Almeida, Lisboa Editorial,
351 21 3509206, lisbon.newsroom@reuters.com, Reuters messaging:
(04 Aug 2004)
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Por Henrique Simões de Almeida
LISBOA, 4 Ago (Reuters) - Os sectores da banca e telecoms
nacionais são os preferidos para o investimento de fundos
portugueses, que elegem o BPI <BPIN.IN> e a Sonae <SONP.IN> como
dos papéis com maior potencial de valorização a prazo, segundo
uma Poll de nove gestores de fundos de investimento.
Estes gestores de fundos de investimento, que investem
carteiras de cerca de 500 milhões de euros (ME) em Portugal,
frisam que aqueles dois sectores serão dos que beneficiarão mais
de uma retoma económica e que, no caso das telecoms, o sector
coincide praticamente com a Portugal Telecom (PT) <PTCO.IN>.
Nesta Poll, em que cada gestor de fundos escolheu vários
sectores, a banca e as telecoms contaram com sete preferências,
o sector de energia - EDP-Electricidade de Portugal <EDPP.IN> -
foi escolhido três vezes, o de media - Impresa <IPRN.IN> e Media
Capital <MCPT.IN> - duas vezes, enquanto a indústria, retalho e
auto-estradas uma vez cada.
O sector da banca tem um peso total de 36,3 pct no PSI20
<.PSI20> e o das telecomunicações cerca de 21 pct ou seja estes
dois sectores têm uma ponderação conjunta de 57,3 pct, sendo dos
sectores mais líquidos e profundos, tornando mais fácil e barata
a entrada e saída de institucionais.
"São os sectores (banca e telecomunicações) com maior
potencial de crescimento, a curto-médio prazo, porque são os que
mais beneficiam da retoma económica", disse um gestor.
Lembrou que "a indústria de telecoms está permanentemente em
expansão e, num ambiente de retoma económica, os investimentos
do sector aumentam", para além do efeito imediato de maiores
'revenues' de tráfego quando há maior crescimento económico.
Outro gestor de fundos recordou, quanto ao sector da banca,
que, "quando o ciclo económico melhora, os volumes de crédito e
depósitos aumentam, o crédito mal-parado diminuiu e as comissões
tendem a aumentar não só em volume, mas também porque os
clientes, normalmente, aceitam pagar 'fees' mais altos".
Um terceiro recordou que as taxas do Banco Central Europeu
estão num nível historicamente baixo de 2,0 pct desde Junho de
2003 e que se prevê que as suba "dentro de meses que é mais um
factor a favorecer a subida do Net Interest Income da banca".
O Banco de Portugal reviu em alta a previsão do Produto
Interno Bruto de 2004 para de 0,75 a 1,75 pct face à contracção
de 1,3 pct em 2003, ano em que o país passou por uma recessão.
A PT é o principal título de telecoms e pesa 20,2 pct do
PSI20, salientando alguns que tem uma estratégia previsível no
Brasil e que, apesar da liberalização em Portugal, a sua posição
dominante não tem sido muito afectada.
O Banco Comercial Português (BCP) <BCPN.IN> pesa 18,5
daquele índice, o Banco Espírito Santo (BES) <BESN.IN> 10,4 pct
e o BPI <BPIN.IN> 7,4 pct.
Alguns referem que, apesar do período recessivo de 2003, os
bancos nacionais mantiveram a qualidade dos seus activos,
contiveram o crédito mal-parado e, em alguns casos, como no BCP,
até recentraram mais a estratégia no seu core-business.
"A escolha da banca e da telecoms é natural pois, como
investimos em grandes quantidades, temos necessariamente de
procurar títulos com maior peso como é o caso do BCP e da PT",
concluiu o segundo gestor.
SONAE E BPI PODEM SER PICKS
Quanto aos títulos com maior potencial de retorno, ou
'upside' no índice PSI20, dois gestores apontaram o BPI e dois
indicaram a Sonae, enquanto os restantes cinco gestores
escolheram, individualmente, a PTM <PTMN.IN>, a Semapa
<SEMA.IN>, a Media Capital <MCPT.IN> e a Gescartão <GSCR.IN>.
"O BPI é um título barato face ao sector europeu e por isso
é uma boa aposta", disse um gestor.
Segundo Pedro Mendes, analista do Millennium bcp, "a nível
de Price Earnings Ratio para 2005 o BPI está dois pct a prémio
face à banca Ibérica e 11 pct a prémio em relação à europeia".
Frisam que, ciclicamente, tem havido interesse especulativo,
com apostas numa possível Oferta Pública de Aquisição sobre o
BPI, uma hipótese que tem sido rejeitada pela sua administração.
Quanto à Sonae, a maioria sublinha que esta holding está a
desconto face à soma total das suas participadas - Sonae
Indústria <SONE.IN>, Modelo Continente, Sonae Imobiliária,
Sonaecom <SNCO.IN> e Sonae Capital.
Salientam também o profundo processo de reestruturação que o
grupo está a ter que começa a dar frutos.
"O conjunto das empresas participadas, com especial destaque
para a Sonae Indústria e para a Sonaecom, demonstram que as
acções da Sonae SGPS podem ter um valorização significativa a
curto médio prazo" concluiu um gestor de fundos.
SEGUE TABEL DE ESCOLHA DE SECTORES E TÍTULOS:
SECTORES DO PSI20 QUE NÚMERO DE ESCOLHAS:
PENSAM INVESTIR MAIS:
1 - Banca e Telecomunicações 7
2 - Energia (utilities) 3
3 - Media 2
4 - Industria, retalho, 1
auto-estradas
(nesta secção alguns gestores indicaram mais do que um sector
no qual investem).
TÍTULOS PSI20 COM NÚMERO DE ESCOLHAS:
MAIOR POTENCIAL PRAZO:
- Sonae 2
- BPI 2
- Brisa, PTM, Semapa, 1
Media Capital, Gescartão
Gestores de fundos nacionais que participaram nesta sondagem:
- Pedro Correia da Silva que gere cerca de 214 ME dos fundos AF
Acções Portugal e AF PPA.
- Catarina Ferreira (102 ME) dos fundos BPI Portugal e BPI
Poupança Acções.
- António Vaz (83 ME) da Caixa Gest Acções Portugal.
- Pedro Balcon Reis (73 ME) do Santander Acções Portugal.
- Carlos Bastardo (41 ME) da Barclays Premier Acções Portugal e
Barclays FPA.
- Pedro Melo e Castro (10 ME) da Banif Gestão Activos.
- Fernando Nascimento (2 ME) da Raiz Poupança Acções.
- Pedro Rodrigues (2ME) do Finicapital.
- Pedro Almeida da Silva (1,5 ME) do BNC PPA Acções.
((---Henrique Simões de Almeida, Lisboa Editorial,
351 21 3509206, lisbon.newsroom@reuters.com, Reuters messaging: