Preço do aumento de capital da EDP será conhecido dois dias

Preço do aumento de capital da EDP será conhecido dois dias antes da operação
O preço de subscrição do aumento de capital da EDP só será conhecido dois dias antes da operação, agendada para meados de Outubro e o accionista Estado, além de não acompanhar o reforço de capital, irá alienar mais 198 milhões de títulos. As acções da eléctrica recuperavam da queda da semana passada com uma subida de 3,6%.
--------------------------------------------------------------------------------
Pedro Carvalho
pc@mediafin.pt
O preço de subscrição do aumento de capital da EDP só será conhecido dois dias antes da operação, agendada para meados de Outubro, segundo a administração da empresa em conferência com analistas. O accionista Estado, além de não acompanhar o reforço de capital, irá alienar mais 198 milhões de títulos.
As acções da Electricidade de Portugal (EDP) [Cot] negociavam hoje com uma valorização máxima de 3,6% para 2,30 euros, a recuperarem parte das perdas sofridas desde quinta-feira, altura em que a eléctrica anunciou que irá reforçar a sua posição na HidroCantábrico (HC) dos 40% para os 96%.
Em conferência telefónica com analistas na sexta-feira, com alguns dos pormenores já avançados no mesmo dia pelo Jornal de Negócios Online, a empresa divulgou novos detalhes da operação.
Na «conference call» realizada a partir de Londres, a EDP veio confirmar que o aumento de capital seria feito em coordenação com a próxima fase de privatização, sendo que o Estado não participaria neste aumento de capital e venderia inclusive uma parte da sua actual participação.
Segundo a empresa, o aumento de capital associado a esta operação, no valor de 1,2 mil milhões de euros, deverá ter lugar em Outubro, com o preço de subscrição a ser conhecido apenas dois dias antes da operação.
Segundo a EDP, citada pelos analistas, o Estado não irá subscrever o aumento de capital e irá vender à EDP cerca de 198 milhões das suas acções que a eléctrica entregará à Cajastur. Os contornos da operação determinam que a Cajastur seja accionista da eléctrica com 5,4% a 5,8% do capital.
O Estado deverá ficar assim com cerca de 15% da EDP depois do aumento de capital e os restantes 5% serão vendidos pelo Estado numa fase posterior.
CAE e negócio do gás resolvidos até ao final desde ano ...
A empresa acrescentou ainda que espera que a questão dos CAE (Contratos de Aquisição de Energia), bem como a aquisição do negócio de distribuição do gás, fiquem resolvidas até ao final deste ano.
A EDP afirmou na conferência de analistas que possui uma carta conforto do Comissário para a Concorrência Mario Monti, comprometendo-se a levar os CAE's em Setembro a aprovação e a propor uma parecer favorável à Comissão.
A redução da participação da EDP na Rede Eléctrica Nacional (REN) de 30% para 5% está dependente da concretização do negócio do gás com a Galp Energia pelo que não deverá acontecer ainda em 2004.
... e Edinfor em meados do último trimestre
No contexto da alienação de 60% da Edinfor, a EDP estará agora em negociações com dois dos 14 candidatos iniciais a parceiros.
Em causa está também a negociação de um contrato de «outsourcing» para a prestação de serviços no contexto de sistemas de informação essenciais para as operações da EDP. Esta operação deverá estar concretizada em meados do último trimestre de 2004.
Acções da EDP no último mês
Acções impedem Euronext Lisbon de acompanhar quedas na Europa
Nas sessões de bolsa de quinta-feira e sexta-feira, os títulos da maior eléctrica nacional sofreram um revés de 6,33%, ou 450 milhões de euros de capitalização bolsista.
A valorização hoje da EDP ajudava o PSI-20 [Cot] a avançar 0,4% para 7.155,62 pontos, incólume à tendência de queda que se desenhava nas restantes bolsas da Europa, que seguiam pressionadas pelo anúncio do Governo norte-americano de que as instituições financeiras do país poderão ser alvo de ataques terroristas.
Os títulos da empresa liderada por João Talone seguiam em subida de 2,7% para 2,28 euros, com mais de 5 milhões de valores transaccionados. Na semana passada desceram mais de 6%.
O preço de subscrição do aumento de capital da EDP só será conhecido dois dias antes da operação, agendada para meados de Outubro e o accionista Estado, além de não acompanhar o reforço de capital, irá alienar mais 198 milhões de títulos. As acções da eléctrica recuperavam da queda da semana passada com uma subida de 3,6%.
--------------------------------------------------------------------------------
Pedro Carvalho
pc@mediafin.pt
O preço de subscrição do aumento de capital da EDP só será conhecido dois dias antes da operação, agendada para meados de Outubro, segundo a administração da empresa em conferência com analistas. O accionista Estado, além de não acompanhar o reforço de capital, irá alienar mais 198 milhões de títulos.
As acções da Electricidade de Portugal (EDP) [Cot] negociavam hoje com uma valorização máxima de 3,6% para 2,30 euros, a recuperarem parte das perdas sofridas desde quinta-feira, altura em que a eléctrica anunciou que irá reforçar a sua posição na HidroCantábrico (HC) dos 40% para os 96%.
Em conferência telefónica com analistas na sexta-feira, com alguns dos pormenores já avançados no mesmo dia pelo Jornal de Negócios Online, a empresa divulgou novos detalhes da operação.
Na «conference call» realizada a partir de Londres, a EDP veio confirmar que o aumento de capital seria feito em coordenação com a próxima fase de privatização, sendo que o Estado não participaria neste aumento de capital e venderia inclusive uma parte da sua actual participação.
Segundo a empresa, o aumento de capital associado a esta operação, no valor de 1,2 mil milhões de euros, deverá ter lugar em Outubro, com o preço de subscrição a ser conhecido apenas dois dias antes da operação.
Segundo a EDP, citada pelos analistas, o Estado não irá subscrever o aumento de capital e irá vender à EDP cerca de 198 milhões das suas acções que a eléctrica entregará à Cajastur. Os contornos da operação determinam que a Cajastur seja accionista da eléctrica com 5,4% a 5,8% do capital.
O Estado deverá ficar assim com cerca de 15% da EDP depois do aumento de capital e os restantes 5% serão vendidos pelo Estado numa fase posterior.
CAE e negócio do gás resolvidos até ao final desde ano ...
A empresa acrescentou ainda que espera que a questão dos CAE (Contratos de Aquisição de Energia), bem como a aquisição do negócio de distribuição do gás, fiquem resolvidas até ao final deste ano.
A EDP afirmou na conferência de analistas que possui uma carta conforto do Comissário para a Concorrência Mario Monti, comprometendo-se a levar os CAE's em Setembro a aprovação e a propor uma parecer favorável à Comissão.
A redução da participação da EDP na Rede Eléctrica Nacional (REN) de 30% para 5% está dependente da concretização do negócio do gás com a Galp Energia pelo que não deverá acontecer ainda em 2004.
... e Edinfor em meados do último trimestre
No contexto da alienação de 60% da Edinfor, a EDP estará agora em negociações com dois dos 14 candidatos iniciais a parceiros.
Em causa está também a negociação de um contrato de «outsourcing» para a prestação de serviços no contexto de sistemas de informação essenciais para as operações da EDP. Esta operação deverá estar concretizada em meados do último trimestre de 2004.
Acções da EDP no último mês
Acções impedem Euronext Lisbon de acompanhar quedas na Europa
Nas sessões de bolsa de quinta-feira e sexta-feira, os títulos da maior eléctrica nacional sofreram um revés de 6,33%, ou 450 milhões de euros de capitalização bolsista.
A valorização hoje da EDP ajudava o PSI-20 [Cot] a avançar 0,4% para 7.155,62 pontos, incólume à tendência de queda que se desenhava nas restantes bolsas da Europa, que seguiam pressionadas pelo anúncio do Governo norte-americano de que as instituições financeiras do país poderão ser alvo de ataques terroristas.
Os títulos da empresa liderada por João Talone seguiam em subida de 2,7% para 2,28 euros, com mais de 5 milhões de valores transaccionados. Na semana passada desceram mais de 6%.