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Caldeirão da Bolsa

Aumento de capital com impacto negativo de 2,6% a 3% na EDP

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

esclarecimento

por jotabil » 30/7/2004 21:27

Caro Tortuga...JCS e TRSM

Expliquem-me lá..esta coisa do aumento do capital da EDP.
Penso, na minha, que embora o aumento de capital que foi anunciado, leve a uma diluição significativa do valor da acção no curto prazo, no médio longo prazo, pode significar que a EDP se torna mais forte e competitiva, daí advindo uma a maior valorização da acção. Que comentam sobre isto?

cumps.
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EDP compra direitos do aumento de capital ao Estado e entreg

por mcarvalho » 30/7/2004 20:35

EDP compra direitos do aumento de capital ao Estado e entrega acções à Cajastur

30/07/2004 20:25

Posição da CGD passa a estar admitida EDP compra direitos do aumento de capital ao Estado e entrega acções à Cajastur
A EDP vai comprar os direitos do aumento de capital inerentes à posição de 26% do Estado, procedendo seguidamente à entrega de uma participação de 5,4% a 5,8% à Cajastur. Numa conferência com analistas, a eléctrica disse que a posição de 4,84% da CGD passará a estar admitida à cotação e Talone avançou que o efeito de diluição da operação no EPS em 2004 será de 3% a 3,5%, sem venda do cabo.

A Electricidade de Portugal (EDP) [EDP], na «conference call» com analistas realizada hoje, avançou que o Estado «pretende avançar com um decreto-lei que permitirá a venda de direitos, subjacente à sua posição de 26,1%, suficientes para a EDP pagar à Cajastur», disse um analista ao Jornal de Negócios Online, que esteve presente no evento.

A eléctrica, desta forma, não vai ao mercado comprar acções para entregar à caixa espanhola, procedendo antes à compra dos direitos do aumento de capital do Estado, que após sem subscritos e convertidos em acções, serão entregues à Cajastur que ficará accionista da EDP, com uma posição de 5,4% a 5,8%.

Além disso, a posição diluída do Estado (em redor dos 15%) poderá ser reduzida, através de uma colocação privada, mas o Estado «garante manter pelo menos 10% da eléctrica», disse a mesma fonte.

O anterior Governo já tinha anunciado que pretendia proceder a uma nova fase de privatização da EDP, até ao fim do primeiro trimestre de 2005, de modo a baixar a posição na empresa até aos 10%.

Sobre o impacto da operação nos resultados da empresa, João Talone esclareceu hoje que o reforço na HidroCantábrico, numa base «pro forma», terá um efeito de diluição dos resultados por acção (EPS) em 2004 de 3% a 3,5%, excluindo a venda dos activos de cabo detidos pela Hidrocantábrico. A partir de 2005, a administração estima, também numa base «pro forma», um impacto positivo no EPS.

O capital daEDP é representado por 3 mil milhões de acções, das quais 2.074.410.359 estão admitidas à cotação. A posição do Estado, (através da Direcção Geral do Tesouro e da Parpública) e da Caixa Geral de Depósitos (CGD) não se encontram admitidas em bolsa.

Na «conference call» de hoje, a EDP anunciou que a posição de 4,84% do banco estatal passará a estar admitida à cotação.

As acções da EDP fecharam hoje em queda de 5,13% para 2,22 euros.

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por JCS » 30/7/2004 16:58

EDP vai perder 13 cêntimos por acção com aumento de capital

[ 2004/07/30 | 14:41 ] Editorial


"A EDP irá ver as suas acções caírem 13 cêntimos até que o aumento de capital para a compra da Hidrocantábrico seja contabilizado na sua totalidade no valor dos títulos da empresa.
egundo uma nota de research emitida pelo Dresdner Bank, a casa de investimento adiantou ainda que irá contabilizar uma quebra de 19 cêntimos, em face do risco do negócio.

Segundo o comunicado avançado pela EDP, a operação será financiada através de um aumento de capital (cujo preço de subscrição não foi ainda comunicado) de1.200 milhões de euros reservado a accionistas da EDP. Note-se que o aumento de capital, previsto para Outubro, está ainda sujeito a várias formalidades nomeadamente aprovação de um decreto-lei por parte do governo português, apreciação da assembleia geral de accionistas da EDP (7 de Outubro de 2004), registo na CMVM e autorização da Comissão Europeia e das autoridades espanholas.

A operação tem em vista o reforço da sua participação na Hidrocantábrico dos actuais 39,5% para 95,7% por um preço de1.195 milhões de euros."
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Aumento de capital com impacto negativo de 2,6% a 3% na EDP

por TRSM » 30/7/2004 14:52

Aumento de capital com impacto negativo de 2,6% a 3% na EDP (act2)
O aumento de capital terá um impacto negativo de 2,6% a 3% na cotação da Electricidade de Portugal (EDP) e terá igualmente repercussões ao nível do lucro por acção (EPS), defendem os analistas. As acções afundavam um máximo de 5,56%.

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Pedro Carvalho
pc@mediafin.pt



O aumento de capital terá um impacto negativo de 2,6% a 3% na cotação da Electricidade de Portugal (EDP) e terá igualmente repercussões ao nível do lucro por acção (EPS), defendem os analistas, que têm vindo a rever em baixa as recomendações para a eléctrica.

O Credit Suisse First Boston (CSFB) reviu em baixa o preço-alvo para as acções da Electricidade de Portugal (EDP) [Cot] em 0,08 euros para os actuais 2,52 euros, com o analista Alfonso Zuloaga a calcular que o aumento de capital «terá um impacto negativo na nossa avaliação de 3%».

A EDP anunciou ontem que vai realizar um aumento de capital de 1,195 mil milhões de euros, com vista a comprar a posição da EnBW, da Cajastur e da Cáser na HidroCantábrico (HC).

O valor da aquisição, através da qual vai deter 95,7% da empresa espanhola, é de 1,195 mil milhões de euros. À EnBW e à Cáser a EDP paga em dinheiro, enquanto à Cajastur dá em troca de 5,4 a 5,8% do seu capital.

Esta operação de reforço do capital para financiar a compra na região das Astúrias terá um impacto negativo de 12% nos lucros por acção (EPS) previstos para 2004 que passará dos 0,15 euros para os 0,13 euros, calcula o banco suíço.

A partir de 2005, esta operação, segundo o banco, terá um impacto negativo de 5% no EPS, excluindo as amortizações do «goodwill», com base nas novas normas internacionais de contabilidade.

Alfonso Zuloaga manteve a recomendação de «outperform» e aconselha aos clientes do banco a aproveitarem a correcção da eléctrica para entrar no título, já que um dos factores de incerteza que pairava sobre a empresa que desaparece.

Gráfico da EDP nos últimos seis meses

Comunicado da EDP a explicar aquisição da Hidrocantábrico
Erosão de valor representa 2,6% da actual capitalização da EDP

Os analistas do Santander, tendo em conta o preço pago pela EDP (1,195 mil milhões de euros) e a actual avaliação do banco espanhol para a HC, dizem que se prevê «que a erosão de valor implícita nesta transacção possa representar 2,6% da actual capitalização da EDP».

A EDP estima que, com o controle efectivo da HC, possa obter sinergias na casa dos 30 milhões de euros por ano, e que a venda de activos não estratégicos da HC (televisão por cabo) possa resultar em mais-valias entre 60 milhões de euros e 80 milhões de euros. Se tal vier a verificar-se, o impacto da aquisição em termos de EPS poderá vir a ser não diluto, segundo o Santander.

Millennium bcp diz rácio da dívida mantém-se inalterado

O Millennium bcp investimento diz que o preço de 1,195 mil milhões de euros fica acima «das nossas estimativas, o que representa um desvio de 6,5% da capitalização bolsista da EDP».

«Vemos com bons olhos que o financiamento desta operação seja realizado através de um aumento de capital, uma vez que o rácio dívida líquida/"cash flow’" operacional se mantém quase inalterado», continua.

O banco de investimento tem uma recomendação de «compra» e um preço-alvo para o final do ano de 2,80 euros.


Lehman reitera venda e ES Research baixa recomendação

A Lehman Brothers considera que o preço pago pela EDP tem implícito múltiplos acima do sector, e considera que os 1,195 mil milhões de euros, que representam 17% da capitalização bolsista da EDP, tenham um impacto negativo de 8% no EPS da EDP.

A casa de investimento reiterou assim a recomendação de «underweight», com um preço-alvo de 2,50 euros.

A UBS também reagiu à operação da EDP, reiterando a recomendação de «neutral» com um preço-alvo de 2,3 euros, considerando que o mercado dará mais atenção à emissão de direitos do que aos «fortes números apresentados do semestre».

A Espírito Santo Research reviu em baixa a recomendação para as acções da eléctrica de «comprar» para «neutral», baixando o preço-alvo dos 2,75 euros para os 2,70 euros.


Dresdner prevê redução da posição do Estado para 10%...

O Estado, através da Direcção Geral do Tesouro, da Parpública e da Caixa Geral de Depósitos, controla mais de 30% do capital da eléctrica. A edição de hoje do Jornal de Negócios avança que o Estado vai diluir a sua posição na EDP por via da diluição no aumento de capital e, possivelmente, através da venda de mais uma parcela das acções que detêm.

Os analistas do Dresdner calculam que o efeito da diluição deverá reduzir a participação do Estado para cerca de 22% mas «também é possível uma venda adicional que reduzirá a posição para 10%», aumentando o número de acções a serem vendidas ao público.

O analista Javier Garrido manteve a recomendação de «compra» e um preço alvo de 2,40 euros e diz que o impacto de diluição causará «destruição de valor de 0,13 euros por acção».

No entanto, na avaliação da empresa, o Dresdner considerava um desconto de 0,19 euros por acção devido às incertezas em redor na venda da HC. Os dois efeitos poderão aumentar para 2,46 euros a avaliação justa para a EDP.

João Talone

Com a compra da Cantábrico, o CEO da EDP vê um plano antigo concretizado
...avança com metas mais conservadoras para sinergias

A EDP estima que, com o controle efectivo da HC, possa obter sinergias na casa dos 30 milhões de euros por ano.

O analista Javier Garrido diz que a eléctrica, através da cooperação já existente com a HC, tem conseguido sinergias, logo, este reforço só deverá aumentar em 10 milhões de euros, por ano, os benefícios de uma maior integração.

Com as sinergias e desinvestimentos, a EDP afirma que o EPS em 2005 sairá praticamente incólume.

João Talone disse ontem que a EDP estima que a aquisição da HC tenha um impacto neutro nos seus resultados por acção de 2005 e um contributo positivo já em 2006. A casa de investimento alemã diz que não consegue chegar a este valor.


As acções da EDP que já estiveram a perder um máximo de 5,56%, negociavam em queda de 5,13% para 2,30 euros, depois de, na véspera, terem sofrido um revés de 1,27%. A eléctrica movimentava 29 milhões de valores
 
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