joaocosta Escreveu:Então, sem querer abusar, vamos lá ver se percebi:
O padrão é constituido por um toque numa resistência importante na sequência de uma forte ou significativa subida.
Esta resistência serão os 3,30 (ou talvez os 3,50 ?), por onde a cotação andou no princípio de Março.
Segue-se uma retracção com uma forma concava (o cup - chávena) que pode demorar alguns meses e novo teste à resistência.
A retração ocorreu desde então, e aconteceu um novo teste à resistência dos 3,30, à menos de 2 semanas.
A seguir a esse segundo teste assistimos a nova correcção, uma consolidação mais curta no tempo e em amplitude também
Na eventualidade de se vir a confirmar o padrão, estariamos agora na fase de consolidação mais curta, e a confirmação viria com a quebra em alta dos 3,30.
Fico na dúvida é se a resistência a ter em conta seriam os 3,30 ou os 3,50.
Enfim, a ideia (muito vaga, confesso) que tenho sobre padrões, é que as interpretações não são assim muito lineares, e de que é bastante difícil de os conseguir detectar à medida que se desenvolvem (eles nos livros já vêm todos formados

). Possivelmente esta interpretação que estou a fazer não será 100% ajustada.
Aí é que subsiste alguma dúvida. O padrão para ser perfeito a resistência a considerar sería a dos 3.50€ que ainda não foi testada pela segunda vez. Considerando a resistência nos 3.30€ (uma alternativa) então não considero o padrão tão fiável e credível.
No primeiro cenário ainda estaríamos na primeira fase do padrão e faltaría testar de novo os 3.50€. No segundo caso estaríamos já na segunda fase...
Relativamente à segunda questão: o que eu defendo é que na generalidade dos casos se deve deixar o padrão resolver-se (formar-se completamente) e só nessa altura, dado o derradeiro sinal, apostar no movimento. A excepção são as bandeiras e os pendões que além de muito fiáveis, normalmente quem aguarda que o movimento se resolva vai apanhar já o movimento subsequente adiantado dado que estes padrões dão origem a movimentos bastante rápidos.
O mesmo se aplica em parte nos Cup&Handle mas apenas quando é bastante claro que estamos já na segunda fase (handle). Tanto mais que muitas vezes o
handle forma inclusivamente uma bandeira de alta para quem estiver a analisar o gráfico num plano temporal mais apertado. Isso ocorreu por exemplo no caso do BPI que já referi atrás e na altura falei inclusivamente do facto de se estarem a formar os dois padrões em simultaneo.
A questão dos padrões está portanto em identifica-los com segurança/fiabilidade e desenvolver técnicas de trading que, conforme cada uma das situações, apresente uma boa relação risco versus benefícios. Isso requere experiência e sensibilidade...
O que vem nos livros são guias, exemplos, etc. Mas daí para a frente vem todo o resto do trabalho de casa pois os padrões que estão nos livros «não dão dinheiro»... já estão feitos.
Por outro lado sublinho ainda que, como muitas das sub-disciplinas da AT (candles, padrões, etc), estes não devem ser analisados de forma isolada. Fazem parte de uma leitura e análise que deve ser abrangente (tendências, suportes, estado do mercado, características próprias do activo em questão, etc).
Certa vez coloquei aqui a minha hierarquia de relevância das diversas sub-disciplinas da AT. Os padrões aparecem num nível de importância/relevância médio, à frente dos indicadores mas atrás das Linhas de Tendência e dos Suportes e Resistências horizontais. Fica a curiosidade...