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MensagemEnviado: 27/7/2004 18:29
por heterocedastico
Espectacular Janus...

Em meia dúzia de linhas, toneladas de conhecimento...

Sinceramente, obrigado...

MensagemEnviado: 27/7/2004 16:13
por janus
O problema das carteiras long/short tem a ver com os "temas" que o mercado aprecia em determinados momentos. Por exemplo antes de 2000 o mercado valorizava títulos que fizessem parte de carteiras do tipo "momentum" ou "growth". A partir de 2000 foram as carteiras do tipo "value" que deram cartas.

Não é por acaso que este tipo de abordagens é utilizado quase exclusivamente apenas por institucionais, que compoêm várias carteiras L/S baseadas em critérios diferentes, a fim de criar diversificação ao nível dos conceitos.

Tendo presente os vastos recursos de tempo e de tecnologia necessários para os implementar, penso que o mais acertado seria focarem-se em estratégias do tipo "matching pairs", onde o investidor transacciona um activo sintético, constituido pelo rácio de 2 acções. Por exemplo o par BCP/BPI: se considerássemos que o BCP estava demasiado desvalorizado face ao BPI, comprávamos BCP e vendiamos BPI, e ficávamos à espera que o rácio voltasse à sua média para encaixar ganhos nas duas posições.

Este tipo de estratégia exige menos recursos, e o investidor tem oportunidade de analisar e conhecer melhor os títulos que transacciona.

MensagemEnviado: 27/7/2004 15:52
por red.
Estocástico,
Que vibrasse? Não entendi...
red

MensagemEnviado: 27/7/2004 12:06
por Estocástico
Gostava de ver um estocastico da força relativa que vibrasse.

MensagemEnviado: 27/7/2004 12:01
por valves
Eu por experiência defendo que nestas coisas de bolsa a melhor estratégia é não ter estratégias rigidas que nos prendam a flexibilidade de tomar a cada momento a decisão que achamos más oportunas em todo caso concordo com o Marco quando ele diz que quando o mercado está em euforia são sempre as acções de caracter mais duvidoso que mais tendencia têm a subir até porque normalmente partem de uma base mais baixa e claro pela logica é quando o mercado mais cai que estas mais corrigam das locuras dos períodos de Euforia

Um abraço

Vasco

MensagemEnviado: 26/7/2004 19:24
por Red
Nuno,
Ora aí está uma coisa que nunca experimentei, negociar aquelas empresas que variaram mais em termos de força relativa... No fundo deve equivaler às que inverteram a sua tendência.
abraço,
red

MensagemEnviado: 26/7/2004 18:54
por nunofaustino
Sim Red, mas depois de dividir as empresas em dois grupos eu analizo as empresas de um e de outro e tempo encontrar boas oportunidades de compra ou de venda (dependendo se comportam melhor ou pior do que o índice). Não é um indicador que dá um resultado directo de compra ou venda. É necessário algum trabalho extra do trader e capacidade de análise...

Já agora, pelo que eu tenho visto, os melhores resultados são das empresas que duma semana para a outra passam de melhor para pior e vice versa e não das que estão a comportar muito melhor do que o indice...

Um abraço
Nuno

MensagemEnviado: 26/7/2004 18:39
por Red
Nunofaustino,
Sim, mas esse critério pode não ser o melhor, irias alongar empresas que estão muito esticadas e que dificilmente subirão muito mais. E shortar empresas que já cairam muito, algumas das quais podem dar resaltos muito violentos, como disso o MarcoAntonio.
Essa estratégia mista que referiste já não é market neutral, torna-se mais uma limitação do risco. Mas eu estou cada vez mais virado para essa via.

heterocedastico,
O que aconteceria se estivesse 100% longo e no fim de semana seguinte houvesse um atentado grave da al qaeda em Portugal? E se em vez de estar 100% longo, estivesse 50-50?

Janus,
Concordo, simplesmente o PSI20 é mais familiar, por isso o usei como exemplo.


Eu já fiz alguns testes com esta filosofia, os resultados foram interessantes mas longe de fenomenais. Os critérios que me deram melhores resultados foram comprar acções com tendência ascendente de médio/longo prazo e sobrevendidas no curto-prazo. E o oposto para shortar.
Um indicador que me deu resultados muito interessantes, foi o estocastico da força relativa entre as empresas e o indice.
Cheguei a negociar uma estratégia long-short durante alguns meses com resultados positivos, mas abandonei-a pois os resultados não eram brilhantes e era psicologicamente muito desgastante, comprar empresas que claramente iam cair mais, e vender empresas que claramente iam subir mais...

No entanto creio que com critérios mais sofisticados se podem obter optimos resultados... Entretanto, tento sempre que possível, ter empresas compradas e shortadas ao mesmo tempo, mas não é a mesma coisa... :)

Poderia organizar-se uma experiência gira aqui no caldeirão: fazer um top10 de boas e más empresas e ver que resultados dá negociar esse top10+ e top10-.
O mais interessante quanto a mim seria várias pessoas fazerem o seu top10+ e top10-, e depois usar a média desses top10 para negociar. Quem sabe se não dará bons resultados!

abraços,
red

MensagemEnviado: 26/7/2004 18:22
por nunofaustino
Concordo com o janus...

Deverá ser sempre aplicada num conjunto de acções que permita a abertura de posições longas/curtas.

Eu por exemplo, utilizo um indicador que me compara a performance das acções Vs. o índice onde elas estão inseridas. Deste modo, obtenho uma lista das "melhores" e "piores" acções de um determiniado índice num determinado momento.

Já agora, de modo a minorar o risco, John Magee tinha uma estratégia interessante. Analisar todas as acções que compoem o índice (1 vez por semana)e indicar se estão bull ou bear. No fim obtinha uma percentagem de Bull/bear que ele tentava manter nos seus investimentos. Ou seja, se houvesse 3x mais bull do que bear, ele teria 3x mais dinheiro em posições longas do que curtas. Se houvesse 2x mais bears que bulls, ele tentava ter o dobro das posições curtas em relação às longas...

A mesma ideia pode ser aplicada com a ideia do Red. Ver qtas são bulls e bears e tentar manter a porporção nos investimentos...

Um abraço
Nunofaustino

MensagemEnviado: 26/7/2004 18:08
por janus
Tendo presente que se trata de uma estratégia long/short, deveria ser feita para um universo de títulos maiores a fim de isolar os "extremos" (onde o potencial de geração do alpha é maior). O PSI-20 não é muito indicado porque alem de ter poucos titulos (o ideal para uma estrategia deste tipo deviam ser pelo menos 25-30), alguns dos titulos nao têm liquidez suficiente que permitissem posicoes short.

MensagemEnviado: 26/7/2004 18:06
por heterocedastico
Não consigo vislumbrar qual a vantagem de uma estratégia desse tipo, mesmo em termos de cobertura de risco, pois ela tem em conta um critério cego que é o de considerar que a cada momento existem 10 empresas boas e 10 empresas más...

O melhor será mesmo desenvolver uma estratégia normal de detecção de oportunidades (longas e curtas) a cada momento... Julgo que neste caso o risco será mesmo menor...

Abraço
Heterocedástico

MensagemEnviado: 26/7/2004 17:37
por nunofaustino
Para dividir as acções entre boas ou más, podes utilizar um indicador que te compare a performance das acções com o índice de modo a obteres as que estão a comportar-se melhor ou pior do que o índice...

Um abraço
Nuno

MensagemEnviado: 26/7/2004 17:35
por MarcoAntonio
Atenção, apesar de não estar especificado nenhum critério, eu interpretei como se estando a falar das empresas propriamente ditas e não dos activos (acções) pelo que a minha resposta deve ser lida nesse contexto. Por isso, quando me refería a empresas boas ou más não me refería ao ponto de vista técnico.

Posto de outra forma: as «más empresas» tendem, em momentos bastante bullish (muito optimismo ou mesmo euforía) a encontrar-se entre as melhores, do ponto de vista técnico.

MensagemEnviado: 26/7/2004 17:27
por Red
MarcoAntonio,
Dependerá certamente muito de como classificarmos as "boas" e "más" empresas, sim. Eu não me referi a nenhum critério específico, como fundamentais ou posição de casas de investimento, ou tendência... :)
O critério pode até ser a nossa interpretação de quais são as 10 melhores e 10 piores.
abraço,
red

MensagemEnviado: 26/7/2004 17:24
por joaocosta
E seria necessário uma reavaliação constante sobre quais as dez boas, e quais as dez más.

Penso tb. que para optimizar essa estratégia, haveria alturas, dependendo do estado geral do mercado, em que em vez de ser 10-10, seriam, por exemplo, 12 más e 8 boas, etc, etc.

Fixar a regra unilateralmente em 10-10 penso que poderia ser contraproducente em certas ocasiões.

Independentemente da ideia eventualmente ser boa ou má, é no mínimo interessante :)

Era giro testar um sistema desses.

MensagemEnviado: 26/7/2004 17:16
por MarcoAntonio
Eu arriscava a dizer que dependería do comportamento dos mercados.

Numa fase eufórica sería uma péssima estratégia pois as más empresas (ou classificadas como tal) estão entre as que mais valorizam nesses períodos.

Numa fase de mercados bearish os resultados bem poderíam ser positivos.

Mas claro está, isso estaría muito dependente de que empresas eram classificadas como boas e as que eram classificadas como más, coisa subjectiva claro.

Estratégia teórica para o PSI20

MensagemEnviado: 26/7/2004 17:11
por Red
Olá,
O que acham que aconteceria se pegássemos nas 20 acções do PSI20 e as dividissemos em dois grupos, as boas e as más. Depois, dividissemos o nosso capital em duas metades, com uma comprassemos as 10 acções boas do PSI20 e com a outra metade, shortassemos as 10 más acções do PSI20?
red