valves Escreveu:Decidi abordar este tema descontextualizando -a de qualquer peso politico
Caro valves...isso é "quase" impossivel.
valves Escreveu:1 - Universalidade do acesso á educação em pé de igualdade de todas as crianças Portuguesas independentemente das suas condições socio economicas da sua raça etc.
Traduzindo isto por miudos considero inaceitavel no seculo XXI que filhos de pais com possibilidades economicas elevadas possam ter acesso a um ensino ( ou ocupação de tempos livres de caracter didatico e educacional ) em quantidade e qualidade substancialmente diferentes de crianças oriundas de familias pobres (...) portanto não deixo de me indignar quando as descrepancias entre colegios e escolas oficiais não param de aumentar
Isso vai acontecer sempre. Só não acontece na "teoria", por muita boa vontade que haja. É que, numa economia de mercado, qualquer pessoa pode abrir colégios, escolas, centros, com uma qualidade "estupidamente" maravilhosa que, só está ao nível de alguns, e o Estado não consegue alcançar o nível de excelência das mesmas.
O que importa,
isso sim, é que a qualidade do ensino público consiga dar o minimo (
e este minimo tem de estar num padrão muito elevado) a todos. Mas isso não acontece...e tem vindo a piorar...nessa materia, a culpa tem sido dos governos, praticamente desde o 25 de Abril, isto é, todos, independentemente dos partidos.
valves Escreveu:Sendo assim defendo apenas o programa de rendimento minimo garantido para quem não está manifestamente em condições de exercer qualquer profissão e nesse caso não deve ser dado apenas o rendimento minimo mas uma verdadeira pensão que permita as pessoas terem uma vida como se efectivamente estivessem a trabalhar. ou ainda para as pessoas que aufiram rendimentos do trabalho insuficientes para proverem condições dignas ( não minimas )ao seu agregado familiar.
Por muitas vezes, manifestei aqui posições com ligeira inclinação para a esquerda (embora goste de pensar que sou centrista). No entanto, neste assunto (e na questão do aborto também), não podia ser mais de direita.
Eu penso que o Rendimento Minimo Garantido é uma óptima ideia, mas não para ser aplicada em Portugal (país de latinos).
Eu sou dos Açores e julgo que a minha Região Autonoma é dos locais onde a percentagem de abragência do RMG é maior. E o que vejo é que este "rendimento" funciona como factor anti-produção. São muitos os casos em que as familias preferem ganhar esse rendimento, a terem um trabalho. Um exemplo, são as empregadas domésticas. Ganham o RMG e fazem limpeza para fora, abdicando de descontos para a Seg.Social, recebendo "por fora". É uma situação muito proveitosa para elas, havendo casos em que ganham muito mais do que alguns licenciados que conheço.
No entanto, concordo com o que você disse...mas ainda aplicava outra formula.
O Rendimento Minimo Garantido deveria ser atribuido, não em dinheiro, mas em géneros. Não sei bem como poderia ser feito isso (essa razão é uma das razões que me impedem de ser governante

), mas deveria ser distribuida vales (ou outra coisa assim) para compras em supermercados (bens essenciais), electricidade, água, etc. Assim, de certeza, que muitos daqueles que recebem hoje, desistiriam amanhã...