Outros sites Medialivre
Caldeirão da Bolsa

Impresa

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Impresa

por MSM » 26/7/2004 9:32

Impresa melhora estimativas após lucros de 3 milhões no primeiro semestre
Com impulso do Euro e Rock in Rio Impresa melhora estimativas após lucros de 3 milhões no primeiro semestre

A Impresa anunciou hoje que apurou um resultado líquido de 3 milhões de euros no primeiro semestre deste ano - em linha com as estimativas dos analistas e contra prejuízos no período homólogo - beneficiando do impulso das receitas publicitárias devido ao Euro 2004 e ao Rock in Rio. Para a totalidade deste ano, a empresa que controla a SIC melhorou as estimativas.

Os lucros do primeiro semestre deste ano comparam com prejuízos de 6,731 milhões de euros no mesmo período do ano passado. As estimativas dos analistas consultados pelo Jornal de Negócios Online apontavam para lucros em média de 3,5 milhões de euros.

No entanto a Impresa alterou o seu perímetro de consolidação, ao passar a consolidar a Edimpresa pelo método proporcional de 50%, em vez da totalidade, pelo que os resultados não são directamente comparáveis.

As receitas consolidadas da Impresa [IPR] aumentaram 20% para 128,2 milhões de euros, mas teriam atingido os 146,6 milhões de euros, caso consolidasse a Edimpresa a 100%, valor que fica acima das previsões dos analistas.

O EBITDA, ou «cash flow» operacional, quase duplicou para 27,93 milhões de euros, ou um valor comparável de 30,16 milhões de euros, registo que também ficou acima das estimativas dos analistas. A margem EBITDA melhorou mais de 8 pontos percentuais para 21,8%, quando os analistas aguardavam que ficasse pouco acima dos 19%.

Já os resultados operacionais aumentaram de 3 para 19,34 milhões de euros.

A pressionar as contas da Impresa esteve os resultados financeiros, que se agravaram para um valor negativo de 4,7 milhões de euros, «fruto da não existência de movimentos cambiais favoráveis». A Impresa beneficia da queda do dólar, pois grande parte da programação da SIC é adquirida em moeda americana.

Em Junho deste ano a dívida líquida da Impresa era de 110,7 milhões de euros, menos 31,1% que no fim de Junho de 2003, com o encaixe de 12,1 milhões de euros com a venda do edifício da SIC a ser aplicado na redução do passivo.

Euro e Rock in Rio beneficiam segundo trimestre
O segundo trimestre teve um maior contributo para os resultados da Impresa do que o verificado no primeiro trimestre do ano. No primeiro semestre as receitas publicitárias aumentaram 21,2%, mas na segunda parte deste período a subida foi de 22,7%.

As receitas com publicações cresceram 7,6% nos seis meses em análise e subiram 12,4% no segundo trimestre.

«A concentração dos dois principais eventos do ano (Euro 2004 e Rock in Rio Lisboa) no segundo trimestre, contribuiu para o aumento do investimento publicitário», refere um comunicado da Impresa, lembrando que «no caso da SIC, o Rock in Rio Lisboa foi particularmente importante, dado ter sido a televisão oficia».

Só no segundo trimestre a Impresa teve lucros consolidados de 4,32 milhões de euros, valor que foi penalizado no semestre pelos prejuízos observados nos primeiros três meses do ano.

Outros indicadores que atestam o segundo trimestre positivo para a Impresa são o crescimento de 23,9% nas receitas consolidadas, com a televisão a crescer 24,4%, os jornais a aumentarem 13,4% e as revistas a mostrarem uma progressão de 26,3%.

A Impresa explica ainda que o «forte crescimento das receitas implicou um aumento de custos operacionais» em 9,7% no primeiro semestre, que resultou «da subida dos custos relacionados com marketing, tráfego SMS, papel e impressão em consequência do aumento de páginas de publicidade».

SIC multiplica lucros por 15 e receitas publicitárias aumentam 27,1% no segundo trimestre

A SIC, estação de televisão mais vista em Portugal, apurou um resultado líquido de 9,616 milhões de euros no primeiro semestre, que compara com 635 mil euros no período homólogo.

As receitas totais cresceram 21,4% no primeiro semestre, para 82,89 milhões de euros, denotando um crescimento de 24,4% no segundo trimestre, que beneficiou do aumento de 27,1% nas receitas publicitárias.

A Impresa justifica este comportamento com «o crescimento do mercado publicitário e evolução das audiências. Segundo a mesma fonte a audiência média da SIC baixou 0,4 pontos percentuais no primeiro semestre para 29,4%, mas a estação de televisão ganhou acesso no «prime time», período do dia em que o investimento publicitário é mais rentável.

Devido aos dois eventos já referidos os custos de programação da SIC aumentaram 3,8%. O EBITDA mais que duplicou para 20,6 milhões de euros e a margem EBITDA atingiu um valor de 33,6% no segundo trimestre.

No negócio dos jornais, onde a empresa controla o «Expresso», as receitas aumentaram 17,1%, o EBITDA quase duplicou e os lucros ascenderam a 4,96 milhões de euros, valor que compara com os 1,31 milhões de euro obtidos no período homólogo.

Já no segmento das revistas, onde edita a «Visão», as receitas subiram 17,2% e os resultados líquidos passaram de um valor negativo de 142 mil euros para um número positivo de 364 mil euros.

Lucros de 2004 vão ser superiores a 6 milhões de euros
Pelo facto do «crescimento das receitas e das margens» terem superado as estimativas, a Impresa decidiu «melhorar os objectivos para o final do ano».

As receitas devem crescer 12% para 256 milhões de euros, a que equivale um valor de 296 milhões de euros tendo em conta o anterior perímetro de consolidação. Antes a Impresa antevia, nesta base, receitas de 288 milhões de euros.

Já a margem EBITDA, em 2004, deverá ficar em 22%, ou 23% com o anterior perímetro de consolidação.

A Impresa tinha como meta chegar ao fim de 2004 com um resultado líquido de 6 milhões de euros, mas agora considera que é possível superar este valor. «O resultado líquido de 2004 poderá assim superar os 6 milhões de euros anteriormente estimados, refere o comunicado da Impresa, que em 2003 apurou um prejuízo de 10,2 milhões de euros.

As acções da Impresa fecharam sexta-feira nos 4 euros, a valorizar 0,25%.
MSM
 

Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: Apramg, Bar38, Mar58, smog63 e 121 visitantes