
EMPRESAS Publicado 21 Julho 2004 18:11
Primeiro semestre
Lucros do Banco BPI sobem 7,7% com mercados e comissões (act)
Os lucros do Banco BPI subiram 7,7% no primeiro semestre deste ano, com o quinto maior banco português a beneficiar do aumento das comissões e da recuperação dos mercados, que impulsionaram os resultados com operações financeiras. O resultado por acção foi de 11,4 cêntimos, o ROE cresceu para 14% e a subida dos custos e dos impostos limitou a subida dos lucros.
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Nuno Carregueiro
nc@mediafin.pt
Os lucros do Banco BPI subiram 7,7% no primeiro semestre deste ano, com o quinto maior banco português a beneficiar do aumento das comissões e da recuperação dos mercados, que impulsionaram os resultados com operações financeiras. O resultado por acção foi de 11,4 cêntimos, o ROE cresceu para 14% e a subida dos custos e dos impostos limitou a subida dos lucros.
Os resultados líquidos do Banco BPI [Cot] ascenderam a 86,7 milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano (no limite inferior das estimativas dos analistas), contra os 80,5 milhões de euros do período homólogo.
Analistas contactados pelo Jornal de Negócios aguardavam que, em média, o banco liderado por Fernando Ulrich apresentasse uma subida de 11,55% nos lucros, para 89,8 milhões de euros.
Num comunicado o BPI explica que, antes de impostos os lucros aumentaram 16,8% para 97,7 milhões de euros. Esta subida reflecte o fim do reporte fiscal do BPI - devido à reestruturação efectuada em 2002 – no fim do terceiro trimestre do ano passado. A taxa média de imposto cresceu de 11% para 21%.
O produto bancário consolidado cresceu 4,3% para 409,4 milhões de euros, a margem financeira aumentou 4,9% até aos 247,8 milhões de euros e as comissões aumentaram 8%, ascendendo a 124,6 milhões de euros.
Os lucros em operações financeiras aumentaram 20,5% para 31,4 milhões de euros, sendo que os «contributos mais significativos resultaram de ganhos em instrumentos de taxa de juro, ‘trading’ de acções e de ganhos, essencialmente cambiais, provenientes da actividade internacional de 11,7 milhões de euros».
Por áreas de negócio a banca comercial apurou lucros de 72,3% (+12,2%), a banca de investimento teve um resultado líquido de 10,1 milhões de euros (+147,6%) e as participações de capital resultaram num lucro de 4,3 milhões de euros, contra um prejuízo de 2,2 milhões de euros no período homólogo.
Acções do BPI em seis meses
Rácios de custos abaixo das metas para este ano
A rentabilidade dos capitais próprios ficou em 14%, contra os 13,9% de 2003, enquanto a rentabilidade do activo subiu uma décima para 0,7%.
Os custos de estrutura do banco aumentaram 3% para 249,7 milhões de euros, impulsionados pela subida de 11,8% nos fornecimentos e serviços externos, isto apesar dos custos com pessoal (que foram aumentados em 2,7%) terem diminuído 2,1%.
Assim o indicador «cost to income» do grupo, que mede a relação entre os custos e as receitas, ficou em 54,8% (52,8% no primeiro trimestre), enquanto o indicador eficiência – custos mais depreciações sobre receitas operacionais excluindo corretagem - foi de 66% (66,2% no primeiro trimestre).
O banco prevê obter, no final deste ano, um rácio de eficiência de 61% e um rácio de «cost to income» de 53%.
No final de Junho de 2004 o rácio de capital situava-se em 11,6% segundo o critério BIS (Bank of International Settlements) e em 10,4% de acordo com o Banco de Portugal, com o Tier I calculado em 7,0% e 6,9%, respectivamente.
A carteira de crédito registou um crescimento homólogo de 7,4% e o crédito à habitação «continuou a ser o principal motor de crescimento», com uma variação de 16%. O crédito a empresários e negócios cresceu 6,8% e o crédito a médias empresas aumentou 7,8%.
Os recursos totais de clientes cresceram 6,9% face a Junho de 2003, com o crescimento de 19,7% dos recursos fora de balanço, reflectindo principalmente a colocação de fundos de investimento e de produtos de poupança de longo prazo.
Fundos de Pensões penalizam extraordinários mas subsidiárias ajudam
Os resultados extraordinários no primeiro semestre de 2004, que foram negativos em 17,9 milhões de euros, contra 20,7 milhões de euros negativos no semestre homólogo de 2003), reflectem, segundo o banco, custos com pensões de 19,5 milhões de euros.
Os custos com pensões de 19,5 milhões de euros no primeiro semestre de 2004 incluem 11 milhões de euros de amortização do acréscimo de responsabilidades por reformas antecipadas efectuadas ao longo dos últimos anos e 4,1 milhões de euros de incentivos à reforma antecipada.
O Banco refere que a mais valia de 15,5 milhões de euros conseguida com a venda da Auto Estradas do Atlântico não foi ainda incluída nas contas.
Através das suas subsidiárias, que são consolidadas pelo «equity method», o BPI conseguiu um resultado de 14,4 milhões de euros, mais 46% no primeiro semestre de 2003. «A evolução registada reflecte principalmente o aumento em 3 milhões de euros do contributo das subsidiárias na área de seguros», refere o BPI.
BPI com potenciais menos valias de 341 milhões
Em 30 de Junho de 2004, a carteira de participações e imobilizações financeiras do BPI com menos-valias latentes ascendia, ao custo de aquisição, a 341 milhões de euros. A carteira registava um valor global de menos valias latentes líquidas de provisões de 74,9 milhões de euros, com base na cotação média dos últimos 6 meses.
O Banco BPI participa no capital de várias empresas cotadas, como a Impresa, EDP, BCP, PT, PTM, Cofina, entre outras.
As acções do Banco BPI fecharam a subir 1,33% para os 3,05 euros
Primeiro semestre
Lucros do Banco BPI sobem 7,7% com mercados e comissões (act)
Os lucros do Banco BPI subiram 7,7% no primeiro semestre deste ano, com o quinto maior banco português a beneficiar do aumento das comissões e da recuperação dos mercados, que impulsionaram os resultados com operações financeiras. O resultado por acção foi de 11,4 cêntimos, o ROE cresceu para 14% e a subida dos custos e dos impostos limitou a subida dos lucros.
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Nuno Carregueiro
nc@mediafin.pt
Os lucros do Banco BPI subiram 7,7% no primeiro semestre deste ano, com o quinto maior banco português a beneficiar do aumento das comissões e da recuperação dos mercados, que impulsionaram os resultados com operações financeiras. O resultado por acção foi de 11,4 cêntimos, o ROE cresceu para 14% e a subida dos custos e dos impostos limitou a subida dos lucros.
Os resultados líquidos do Banco BPI [Cot] ascenderam a 86,7 milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano (no limite inferior das estimativas dos analistas), contra os 80,5 milhões de euros do período homólogo.
Analistas contactados pelo Jornal de Negócios aguardavam que, em média, o banco liderado por Fernando Ulrich apresentasse uma subida de 11,55% nos lucros, para 89,8 milhões de euros.
Num comunicado o BPI explica que, antes de impostos os lucros aumentaram 16,8% para 97,7 milhões de euros. Esta subida reflecte o fim do reporte fiscal do BPI - devido à reestruturação efectuada em 2002 – no fim do terceiro trimestre do ano passado. A taxa média de imposto cresceu de 11% para 21%.
O produto bancário consolidado cresceu 4,3% para 409,4 milhões de euros, a margem financeira aumentou 4,9% até aos 247,8 milhões de euros e as comissões aumentaram 8%, ascendendo a 124,6 milhões de euros.
Os lucros em operações financeiras aumentaram 20,5% para 31,4 milhões de euros, sendo que os «contributos mais significativos resultaram de ganhos em instrumentos de taxa de juro, ‘trading’ de acções e de ganhos, essencialmente cambiais, provenientes da actividade internacional de 11,7 milhões de euros».
Por áreas de negócio a banca comercial apurou lucros de 72,3% (+12,2%), a banca de investimento teve um resultado líquido de 10,1 milhões de euros (+147,6%) e as participações de capital resultaram num lucro de 4,3 milhões de euros, contra um prejuízo de 2,2 milhões de euros no período homólogo.
Acções do BPI em seis meses
Rácios de custos abaixo das metas para este ano
A rentabilidade dos capitais próprios ficou em 14%, contra os 13,9% de 2003, enquanto a rentabilidade do activo subiu uma décima para 0,7%.
Os custos de estrutura do banco aumentaram 3% para 249,7 milhões de euros, impulsionados pela subida de 11,8% nos fornecimentos e serviços externos, isto apesar dos custos com pessoal (que foram aumentados em 2,7%) terem diminuído 2,1%.
Assim o indicador «cost to income» do grupo, que mede a relação entre os custos e as receitas, ficou em 54,8% (52,8% no primeiro trimestre), enquanto o indicador eficiência – custos mais depreciações sobre receitas operacionais excluindo corretagem - foi de 66% (66,2% no primeiro trimestre).
O banco prevê obter, no final deste ano, um rácio de eficiência de 61% e um rácio de «cost to income» de 53%.
No final de Junho de 2004 o rácio de capital situava-se em 11,6% segundo o critério BIS (Bank of International Settlements) e em 10,4% de acordo com o Banco de Portugal, com o Tier I calculado em 7,0% e 6,9%, respectivamente.
A carteira de crédito registou um crescimento homólogo de 7,4% e o crédito à habitação «continuou a ser o principal motor de crescimento», com uma variação de 16%. O crédito a empresários e negócios cresceu 6,8% e o crédito a médias empresas aumentou 7,8%.
Os recursos totais de clientes cresceram 6,9% face a Junho de 2003, com o crescimento de 19,7% dos recursos fora de balanço, reflectindo principalmente a colocação de fundos de investimento e de produtos de poupança de longo prazo.
Fundos de Pensões penalizam extraordinários mas subsidiárias ajudam
Os resultados extraordinários no primeiro semestre de 2004, que foram negativos em 17,9 milhões de euros, contra 20,7 milhões de euros negativos no semestre homólogo de 2003), reflectem, segundo o banco, custos com pensões de 19,5 milhões de euros.
Os custos com pensões de 19,5 milhões de euros no primeiro semestre de 2004 incluem 11 milhões de euros de amortização do acréscimo de responsabilidades por reformas antecipadas efectuadas ao longo dos últimos anos e 4,1 milhões de euros de incentivos à reforma antecipada.
O Banco refere que a mais valia de 15,5 milhões de euros conseguida com a venda da Auto Estradas do Atlântico não foi ainda incluída nas contas.
Através das suas subsidiárias, que são consolidadas pelo «equity method», o BPI conseguiu um resultado de 14,4 milhões de euros, mais 46% no primeiro semestre de 2003. «A evolução registada reflecte principalmente o aumento em 3 milhões de euros do contributo das subsidiárias na área de seguros», refere o BPI.
BPI com potenciais menos valias de 341 milhões
Em 30 de Junho de 2004, a carteira de participações e imobilizações financeiras do BPI com menos-valias latentes ascendia, ao custo de aquisição, a 341 milhões de euros. A carteira registava um valor global de menos valias latentes líquidas de provisões de 74,9 milhões de euros, com base na cotação média dos últimos 6 meses.
O Banco BPI participa no capital de várias empresas cotadas, como a Impresa, EDP, BCP, PT, PTM, Cofina, entre outras.
As acções do Banco BPI fecharam a subir 1,33% para os 3,05 euros