Este discuros já o tinha "pregado" aquando das eleições aqui em Portugal, e depois foi o que se viu, os ricos cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres
Comissão Europeia: Durão Barroso promete criar pontes entre ricos e pobres.
O presidente indigitado da Comissão Europeia, Durão Barroso, prometeu hoje aos eurodeputados que vai estabelecer uma ponte entre países ricos e pobres, pequenos e grandes, antigos e novos membros, com o objectivo de fortalecer a Europa e de criar um espaço europeu de sucesso aos olhos do mundo.
No discurso no Parlamento Europeu antes da votação de amanhã, Durão Barroso prometeu ouvir as diferentes sensibilidades políticas e interesses da sociedade civil europeia, mas ao mesmo tempo garantiu que adoptará decisões firmes e conciliadoras.
Apontando o emprego e o crescimento como dois dos principais objectivos imediatos da Comissão Europeia, o presidente indigitado disse aos eurodeputados que, consigo, não haverá "comissários de primeira e de segunda".
Esta declaração de Barroso é vista nos meios políticos como uma resposta às recentes notícias que davam como certa a criação de "supercomissários europeus", com maiores poderes do que os actuais responsáveis.
No rol de promessas do antigo primeiro-ministro português surge ainda o objectivo de acolher mais mulheres nos cargos de chefia da Comissão, outra das reivindicação dos liberais, grupo político que Durão Barroso procura cativar.
Barroso evocou a prosperidade e a solidariedade como princípios mobilizadores da sua acção à frente dos destinos da Comissão, considerando que é o homem certo para o momento actual da União Europeia, que em Maio passado acolheu dez novos Estados.
"Devemos trabalhar conjuntamente com os novos Estados", disse Durão Barroso, tendo em mente o fortalecimento da UE.
"A UE precisa de uma Comissão forte e independente (...) que se traduza em resultados concretos", prosseguiu, sublinhando que uma das características da nova Constituição europeia é dar "mais voz aos cidadãos europeus".
Entre os inúmeros problemas da UE, Durão Barroso recordou o reforço dos recursos financeiros da Comissão, do envelhecimento da população, da pobreza, da imigração, do ambiente e do crescimento sustentado.
"Temos de ter vontade para assumir riscos. Devemos manter o passo com as mais altas tecnologias, as novas ciências devem ser melhor tratadas", com o objectivo de assegurar melhor nível de vida da população europeia, frisou Durão Barroso.
"Devemos cumprir o protocolo de Quioto, construindo um futuro sustentável", recordou o antigo chefe do Governo português, enumerando a segurança e a justiça como áreas estratégicas da Comissão.
Barroso promete ainda uma relação privilegiada do seu gabinete com o Parlamento Europeu.
"Precisamos de cumplicidade positiva entre a Comissão e o Parlamento", aludiu, prometendo um desempenho de rigor, ao ponto de afirmar que se algum dos comissários pisar o risco, será demitido. Olivier Hoslet/EPA
Durão Barroso prometeu maior cumplicidade entre a Comissão Europeia e o Parlamento Europeu