
ECONOMIA Publicado 15 Julho 2004 21:19
«A paciência esgota-se»
Belmiro de Azevedo preocupado com evolução económica do Brasil
O presidente do grupo Sonae, Belmiro de Azevedo, manifestou hoje preocupação face à evolução da economia brasileira, considerando que actual política macroeconómica e as deficiências na área financeira «assustam o investimento no Brasil».
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O presidente do grupo Sonae, Belmiro de Azevedo, manifestou hoje preocupação face à evolução da economia brasileira, considerando que actual política macroeconómica e as deficiências na área financeira «assustam o investimento no Brasil».
«Há um desfasamento entre a política macroeconómica e a microeconomia. Somos corredores de longo prazo, temos lá investimentos e temos sido pacientes, mas a paciência esgota-se», afirmou o empresário, citado pela Agência Lusa, no final de um seminário na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC).
«Tudo isto depende muito da criação de condições macroeconómicas no Brasil para os investidores terem retorno», acrescentou a mesma fonte, que já tinha criticado o rumo da economia brasileira em diversas ocasiões.
O grupo está presente no mercado brasileiro através da Sonae Distribuição Brasil, que integra quatro redes de supermercados: BIG, Nacional, Mercadorama e Maxxi, e está presente em quatro Estados (São Paulo, santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul).
«Não é fácil. Não discuto o poder, mas tenho o direito, se não concordar com a política macroeconómica, de tomar as melhores decisões para os accionistas», sustentou, escusando-se a responder a mais questões.
A imprensa brasileira noticiou recentemente que a Sonae quer vender o negócio na área da distribuição no Brasil, mas o preço elevado que o grupo Sonae quer pela operação está a dificultar a sua venda.
Na sua intervenção, o presidente da Sonae pronunciou-se sobre a temática das relações económicas com o Brasil no contexto de uma nova ordem mundial, no que caracterizou como uma «mensagem crítica, mas amiga».
Uma economia informal maior do que a formal, «pouco investimento e fraudulento», deficiências na política financeira, cambial e monetária e no sistema judiciário foram algumas das críticas formuladas por Belmiro de Azevedo à situação no Brasil.
«A política macroeconómica e a desvalorização assustam tudo o que é investimento no Brasil», observou durante o debate, frisando ainda que o mercado brasileiro «é extremamente instável e as trocas internacionais não gostam nada dessa flutuação».
«A paciência esgota-se»
Belmiro de Azevedo preocupado com evolução económica do Brasil
O presidente do grupo Sonae, Belmiro de Azevedo, manifestou hoje preocupação face à evolução da economia brasileira, considerando que actual política macroeconómica e as deficiências na área financeira «assustam o investimento no Brasil».
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O presidente do grupo Sonae, Belmiro de Azevedo, manifestou hoje preocupação face à evolução da economia brasileira, considerando que actual política macroeconómica e as deficiências na área financeira «assustam o investimento no Brasil».
«Há um desfasamento entre a política macroeconómica e a microeconomia. Somos corredores de longo prazo, temos lá investimentos e temos sido pacientes, mas a paciência esgota-se», afirmou o empresário, citado pela Agência Lusa, no final de um seminário na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC).
«Tudo isto depende muito da criação de condições macroeconómicas no Brasil para os investidores terem retorno», acrescentou a mesma fonte, que já tinha criticado o rumo da economia brasileira em diversas ocasiões.
O grupo está presente no mercado brasileiro através da Sonae Distribuição Brasil, que integra quatro redes de supermercados: BIG, Nacional, Mercadorama e Maxxi, e está presente em quatro Estados (São Paulo, santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul).
«Não é fácil. Não discuto o poder, mas tenho o direito, se não concordar com a política macroeconómica, de tomar as melhores decisões para os accionistas», sustentou, escusando-se a responder a mais questões.
A imprensa brasileira noticiou recentemente que a Sonae quer vender o negócio na área da distribuição no Brasil, mas o preço elevado que o grupo Sonae quer pela operação está a dificultar a sua venda.
Na sua intervenção, o presidente da Sonae pronunciou-se sobre a temática das relações económicas com o Brasil no contexto de uma nova ordem mundial, no que caracterizou como uma «mensagem crítica, mas amiga».
Uma economia informal maior do que a formal, «pouco investimento e fraudulento», deficiências na política financeira, cambial e monetária e no sistema judiciário foram algumas das críticas formuladas por Belmiro de Azevedo à situação no Brasil.
«A política macroeconómica e a desvalorização assustam tudo o que é investimento no Brasil», observou durante o debate, frisando ainda que o mercado brasileiro «é extremamente instável e as trocas internacionais não gostam nada dessa flutuação».