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Re: A sua visão, Sr.visitante, é muito reduzida,

MensagemEnviado: 16/7/2004 13:18
por Visitante
Anonymous Escreveu:devia pois munir-se de uma mentalidade mais aberta.
Atirar para o ar exemplos como os da RTP, mas principalmente Professores, leva-me a crêr em 1º lugar que o "visitante" nem é uma coisa nem outra, nem sequer funcionário público deve ser, e, portanto usa como exemplo geral casos particulares. Leva-me a pensar que talvez pertença ao núcleo duro dos "barrosistas". Pelo que depreendo, para si, o sector privado é que deve ser o exemplo não é ?
Acho que tambem fala assim porque ou deve ser um empregado "exemplar" cujo aumento salarial não está "congelado" ou então é um empresário de visão curta, senão veria como é "bom" a precaridade de um emprego no sector privado onde os empregados andam constantemente a ser alvo de intrigas no local de trabalho, perseguições só porque é sindicalizado, exploração (muito trabalho, pouco salário), e despedimentos por "justa causa" apenas porque o chefe não tem dinheiro suficiente para pagar a todos os empregados e portanto tem que "encostar" algum.
E os descontos sociais?
Fique o "visitante" a saber, que salvo raras excepções e apesar dos professores serem tão "tratantes" (e restante sector público), não fogem aos seus deveres de cidadãos exemplares no que toca a descontos sociais, ao contrário da maior parte das empresas do sector privado.
Gosto da visão de Américo Amorim pois acho que apesar da idade não parou no tempo, tendo uma visão abrangente da sociedade e economia (pois é isso que nos rege) não apenas no presente mas tambem no futuro. É de pessoas assim que o país precisa.

Em 1º lugar não se tratam de casos particulares, são comuns. Em 2º fui durante quase 40 anos funcionário público e com muito orgulho, mas na altura eram muito menos o nº de funcionários públicos e muito mais empresas públicas, ao contrário de hoje que diminuiram o nº de empresas públicas e o nº de funcionários públicos são tantos ou mais, por isso algo de errado se passa.
Como ex-professor tinha dias de 7 e 8 horas a leccionar com salas cheias com 35 e por vezes até mais, salas sem condições, sem aquecimento e até chovia muitas vezes dentro da sala, hoje vejo colegas de profissão a terem 23 e 25 horas semanais e que por vezes são apenas 15 e as restantes preenchidas na biblioteca ou a fazer que fazem noutras situações, e passam o resto do dia (ou manhãs ou tardes) a dar formação profissional em outras escolas ou centros de formação.
Hoje didico-me apenas a gozar a minha reforma, e ajudo os meus filhos na empresa, têm cerca de 21 funcionários, e quando V/exa. fala em congelamentos, olhe que muitos deles trabalham mais de 8 horas por dia e não ganham 1000 euros mensais, portanto congelar um ordenado superior a 1000 euros ou aumentar 5% no ordenado de 600 euros e com 8 horas diarias, escolha :!:
Se os funcionários públicos se sentem assim tão mal, então que se mudem e vão para o privado e depois vão ver o que é :evil:
Eu nunca trocaria o meu não só pelas regalias que usufrui como pela reforma que tenho hoje.
Quando fala em fugir a impostos, isso deve-se a alguns privados, desde alguns patrões pois o desgraçado do trabalhador por conta de outrém não tem como fugir, para além "desses" patrões, são geralmente classe médica, advogados e até a classe política os que mais fogem, quanto mais têm mais querem, já para não falar naqueles que jogam por "debaixo da mesa" ou com insides na bolsa.

Gostaria apenas de perguntar

MensagemEnviado: 15/7/2004 23:32
por americo
já que não sou desse tempo.
O que era melhor?Viver no Consulado do Oliveira Salazar ou viver nos Consulados dos Americos,Belmiros & Cª, LDA?

americo amorim

MensagemEnviado: 15/7/2004 23:13
por Visitante
EU ACHO QUE TODOS OS SERES HUMANOS, ATÉ TODOS OS OUTROS, HAVIAM DE LER ESTE TEXTO, ESTA REFLEXÃO,ESTA ANALISE, MUITO BEM CONSEGUIDA E DEPOIS CADA UM Á SUA MANEIRA, TIRAR AS CONCLUSOES QUE QUISER E MUITO BEM ENTENDER.

DEPOIS LÁ O BEM DESGRACADINHO DO PORTUGA, DIZER MAL DOS OUTROS, COM A INVEJA DO COSTUME E AINDA DIZEM QUE NINGUÉM OS INFORMOU, HEHEHEHE.

E O FUTURO É JÁ HOJE.

JÁ AGORA E SÓ UM APARTE, JÁ LERAM O JORNAL DO ALGARVE DE ESTA SEMANA UMA OUTRA REFLEXAO DUM JOVEM DO ALGARVE E DIZ ELE:

-HAVIA DE HAVER UMA CADEIRA NA FACULDADE, PARA INSINAR COMO GERIR AS FINANCAS PARTICULARES, SOMSO UM PAIS DE GENTE FORMADA MAS QUE NAO SABE GERIR O SEU PATRIMONIO E..... É COMUM VERMOS GERENTE DE VARIAS EMPRESAS MUITO AFLITOS COM A SUA CARTEIRA E COM CHEQUES SEM COBERTURA, ETC.
E FAZEM-NOS PORQUE NAO SABEM E NAO FORAM ENSINADOS.

PODEM LER ONLINE--- WWW.JORNAL DO ALGARVE. PT

A sua visão, Sr.visitante, é muito reduzida,

MensagemEnviado: 15/7/2004 10:51
por Visitante
devia pois munir-se de uma mentalidade mais aberta.
Atirar para o ar exemplos como os da RTP, mas principalmente Professores, leva-me a crêr em 1º lugar que o "visitante" nem é uma coisa nem outra, nem sequer funcionário público deve ser, e, portanto usa como exemplo geral casos particulares. Leva-me a pensar que talvez pertença ao núcleo duro dos "barrosistas". Pelo que depreendo, para si, o sector privado é que deve ser o exemplo não é ?
Acho que tambem fala assim porque ou deve ser um empregado "exemplar" cujo aumento salarial não está "congelado" ou então é um empresário de visão curta, senão veria como é "bom" a precaridade de um emprego no sector privado onde os empregados andam constantemente a ser alvo de intrigas no local de trabalho, perseguições só porque é sindicalizado, exploração (muito trabalho, pouco salário), e despedimentos por "justa causa" apenas porque o chefe não tem dinheiro suficiente para pagar a todos os empregados e portanto tem que "encostar" algum.
E os descontos sociais?
Fique o "visitante" a saber, que salvo raras excepções e apesar dos professores serem tão "tratantes" (e restante sector público), não fogem aos seus deveres de cidadãos exemplares no que toca a descontos sociais, ao contrário da maior parte das empresas do sector privado.
Gosto da visão de Américo Amorim pois acho que apesar da idade não parou no tempo, tendo uma visão abrangente da sociedade e economia (pois é isso que nos rege) não apenas no presente mas tambem no futuro. É de pessoas assim que o país precisa.

MensagemEnviado: 15/7/2004 1:20
por Visitante
Anonymous Escreveu:Um comentário bem típico de um visitante. Como não sabe mais, nem é capaz de entender as linhas orientadoras do texto, se é que o leu, atira-se ao velho e gasto chavão do funcionário público, tipo "manga de alpaca" dos anos 60. Isso acabou, meu caro visitante. Hoje, para se ser funcionário público, é preciso ter competências. Dir-me-à que há sempre o "tio cunha". É verdade, mas este senhor é omnipresente: tanto está no sector público como no privado. O meu amigo é competente no que faz? Em caso afirmativo, registe-se e tente melhorar o nível dos seus comentários. Eu, Josema, e os restantes membros deste fórum agradecem.

Não é preciso ir muito longe: No sector privado não semeio não »recebo«, vou para o olho da rua ou fecha-se a empresa. No público existem tanto exemplos, mas vou dar apenas este, a RTP, não semearam durante largos anos, comeram o »nosso« dinheiro e ainda por cima agora recebem taxas e comem ordenados superiores aos dos próprios governantes. Temos professores que andam constantemente com artigos, com baixa, e com montes de férias, já para não falar na falta de vocação (mas tinham que fazer pela vida ganhar dinheiro) no entanto não é fácil irem para o olho da rua pois não? Quer mais exemplos?

MensagemEnviado: 15/7/2004 0:06
por Visitante
Não sei qual a razão que impede o meu nick de aparecer, por isso, assino o que escrevo.
Josema

MensagemEnviado: 15/7/2004 0:02
por Visitante
Um comentário bem típico de um visitante. Como não sabe mais, nem é capaz de entender as linhas orientadoras do texto, se é que o leu, atira-se ao velho e gasto chavão do funcionário público, tipo "manga de alpaca" dos anos 60. Isso acabou, meu caro visitante. Hoje, para se ser funcionário público, é preciso ter competências. Dir-me-à que há sempre o "tio cunha". É verdade, mas este senhor é omnipresente: tanto está no sector público como no privado. O meu amigo é competente no que faz? Em caso afirmativo, registe-se e tente melhorar o nível dos seus comentários. Eu, Josema, e os restantes membros deste fórum agradecem.

MensagemEnviado: 14/7/2004 23:43
por Visitante
Para reflectir...
Só os funcionários publicos podem dormir descansados.

Homens, realidades da Mudança» -Américo Amorim

MensagemEnviado: 14/7/2004 19:09
por TRSM
Homens, realidades da Mudança»
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Américo Amorim

É preciso não perder de vista a evolução das tecnologias e intensidade de investigação, e a valorização dos produtos, como factor predominante de subsistência económica.
Tenho de vir um pouco à história, retomando 52 anos de actividade industrial em tempo inóspito. Vivi no Consulado de Oliveira Salazar.

Paguei alvarás para investir no meu país em 1967.

Participei na revolução de Abril. Vi inutilizado, numa noite, cerca de 63% da economia portuguesa.

Vi a Reforma Agrária e Contra-Reforma Agrária.

Vi a adesão de Portugal à Europa.

Vi a reprivatização do sistema financeiro.

Vi o nascimento da democracia em Portugal.

Tudo isto, em síntese, pelo muitíssimo que foram muitas as variáveis deste país.

Foi possível, não obstante as grandes vicissitudes dessa época, ultrapassá-las e construirmos o nosso percurso.

Tivemos uma outra década, que menciono na minha apreciação empresarial, que foi a década de 90 a 2000. Foi uma década diferente, marcada pelo início da Perestroika em 89 que mudou a face do globo. Foi o fim da Guerra Fria entre o mundo Ocidental e o Bloco da Comecon. Foi a retoma da Economia Global, que levou alguns anos a processar-se. Foi a desregulamentação do Comércio Mundial e a construção de uma nova forma de se estar na Economia – de 90 a 2000.

Esta, não tem mais regresso. Foi a forma de governo do nosso país e a perda de competitividade de economia portuguesa – evidente nos últimos anos e no início desta década, com o excesso de endividamento das famílias e do sistema em geral, em Portugal.

Estamos hoje noutra década – 2000 a 2010. Ninguém tenha ilusões... eu não tenho ilusões. É e será tudo diferente. Não há regresso depois das decisões tomadas na última década de 90 a 2000. É uma época de exigências sobre todos e cada um. É uma década de desafios enormes. Temos o maior desafio, na minha perspectiva, dos últimos 50 anos.

Estamos colocados perante decisões importantes e específicas sobre o país e a sociedade civil e a dinâmica necessária para fazermos uma economia diferente. É preciso ter coragem para romper muitas vezes com a história porque tudo vai ser diferente. É claramente exigida, uma visão estratégica do que se está a passar no mundo.

É impensável ignorar-se a emergência da China, a sua força, a sua dimensão. Será em 2015 a segunda força económica do globo. Subestimar este facto e a emergência de outros países daquela zona, é puro obscurantismo de visão estratégica. É aceitar a «não vivência económica» daqui a 10 ou 15 anos.

É uma época de visão estratégica e tendências de longo prazo. É a época do Conhecimento, da Informação, da Análise Crítica, adivinhando-se e imaginando o que se pode e deve estar a construir e o que é imparável na sua consolidação nos próximos 10 a 15 anos. É preciso uma grande força interior. Uma clara determinação, uma sistemática convicção. Não há espaço para atitudes de circunstância, oportunistas ou de decisões pontuais.

Só uma correcta visão, sistematização de valores, de princípios e de ideias, com algumas inflexões, que o tempo conduzirá, podem levar a bom porto. É preciso uma grande lucidez e visão estratégica, entre:

a) o que vai ficar;

b) o que existia;

c) o que não vai existir;

d) e o que vai ser.

É preciso não perder de vista a evolução das tecnologias e intensidade de investigação, e a valorização dos produtos, como factor predominante de subsistência económica. Quer queiramos quer não, é uma época diferente. Por isso mesmo é muito excitante. Tenho a confiança que os empresários presentes, os cidadãos em geral, bem como em tantos outros momentos da história deste país, que mencionei atrás, vão ultrapassar a situação actual, da forma em que vivemos hoje a menos agradável, que não tem recuo, que vai eliminar, que vai penalizar e só tem espaço para outra atitude de se estar na economia e na área social.

Esta é a mensagem, não tenho outra, que eu deixo ficar neste responsável auditório. Concordamos que pode não ser uma situação para se desistir. E razão deste ajuntamento e de todo este congresso é a forma de o exteriorizarmos.

CN