Re: A sua visão, Sr.visitante, é muito reduzida,

Anonymous Escreveu:devia pois munir-se de uma mentalidade mais aberta.
Atirar para o ar exemplos como os da RTP, mas principalmente Professores, leva-me a crêr em 1º lugar que o "visitante" nem é uma coisa nem outra, nem sequer funcionário público deve ser, e, portanto usa como exemplo geral casos particulares. Leva-me a pensar que talvez pertença ao núcleo duro dos "barrosistas". Pelo que depreendo, para si, o sector privado é que deve ser o exemplo não é ?
Acho que tambem fala assim porque ou deve ser um empregado "exemplar" cujo aumento salarial não está "congelado" ou então é um empresário de visão curta, senão veria como é "bom" a precaridade de um emprego no sector privado onde os empregados andam constantemente a ser alvo de intrigas no local de trabalho, perseguições só porque é sindicalizado, exploração (muito trabalho, pouco salário), e despedimentos por "justa causa" apenas porque o chefe não tem dinheiro suficiente para pagar a todos os empregados e portanto tem que "encostar" algum.
E os descontos sociais?
Fique o "visitante" a saber, que salvo raras excepções e apesar dos professores serem tão "tratantes" (e restante sector público), não fogem aos seus deveres de cidadãos exemplares no que toca a descontos sociais, ao contrário da maior parte das empresas do sector privado.
Gosto da visão de Américo Amorim pois acho que apesar da idade não parou no tempo, tendo uma visão abrangente da sociedade e economia (pois é isso que nos rege) não apenas no presente mas tambem no futuro. É de pessoas assim que o país precisa.
Em 1º lugar não se tratam de casos particulares, são comuns. Em 2º fui durante quase 40 anos funcionário público e com muito orgulho, mas na altura eram muito menos o nº de funcionários públicos e muito mais empresas públicas, ao contrário de hoje que diminuiram o nº de empresas públicas e o nº de funcionários públicos são tantos ou mais, por isso algo de errado se passa.
Como ex-professor tinha dias de 7 e 8 horas a leccionar com salas cheias com 35 e por vezes até mais, salas sem condições, sem aquecimento e até chovia muitas vezes dentro da sala, hoje vejo colegas de profissão a terem 23 e 25 horas semanais e que por vezes são apenas 15 e as restantes preenchidas na biblioteca ou a fazer que fazem noutras situações, e passam o resto do dia (ou manhãs ou tardes) a dar formação profissional em outras escolas ou centros de formação.
Hoje didico-me apenas a gozar a minha reforma, e ajudo os meus filhos na empresa, têm cerca de 21 funcionários, e quando V/exa. fala em congelamentos, olhe que muitos deles trabalham mais de 8 horas por dia e não ganham 1000 euros mensais, portanto congelar um ordenado superior a 1000 euros ou aumentar 5% no ordenado de 600 euros e com 8 horas diarias, escolha

Se os funcionários públicos se sentem assim tão mal, então que se mudem e vão para o privado e depois vão ver o que é

Eu nunca trocaria o meu não só pelas regalias que usufrui como pela reforma que tenho hoje.
Quando fala em fugir a impostos, isso deve-se a alguns privados, desde alguns patrões pois o desgraçado do trabalhador por conta de outrém não tem como fugir, para além "desses" patrões, são geralmente classe médica, advogados e até a classe política os que mais fogem, quanto mais têm mais querem, já para não falar naqueles que jogam por "debaixo da mesa" ou com insides na bolsa.