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ECONOMIA Publicado 17 Junho 2004 17:43
100 pb com impacto de 1% a 5% nos lucros
BCP e BES serão os bancos mais beneficiados com subida nos juros
O BES e o BCP são os bancos portugueses que mais poderão beneficiar da subida nas taxas de juro, que se advinha já para o final de 2004, segundo um estudo publicado hoje pela JP Morgan. O peso dos depósitos à ordem, a exposição aos empréstimos de taxa fixa e os fundos libertos farão toda a diferença quando o preço do dinheiro começar a aumentar.
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Pedro Carvalho
pc@mediafin.pt
O BES e o BCP são os bancos portugueses que mais poderão beneficiar da subida nas taxas de juro, que se advinha já para o final de 2004, segundo um estudo publicado hoje pela JP Morgan. O peso dos depósitos à ordem, a exposição aos empréstimos de taxa fixa e os fundos libertos farão toda a diferença quando o preço do dinheiro começar a aumentar.
A analista Carla Antunes da Silva faz uma simulação para averiguar qual será o impacto, nos resultados estimados para 2005 da banca europeia, de uma subida de 100 pontos base (pb) na taxa de juro (1 pb é 0,01%).
A sensibilidade dos bancos europeus às alterações no preço do dinheiro diverge, oscilando entre um impacto positivo nos lucros de 16% e negativo de 9%.
O banco liderado por Fernando Ulrich será, no panorama nacional, o menos beneficiado, com um impacto nos lucros que poderá não ultrapassar os 1,84 milhões de euros.
Banco BPI será o menos beneficiado
As três maiores instituições financeiras nacionais listadas na Euronext, numa amostra de 39 bancos, surgem quase no final da tabela dos que mais benefícios poderão retirar de uma subida de um ponto percentual.
O BES [Cot] surge no 28º lugar com a JP Morgan a estimar um impacto positivo de 5% nos lucros previstos para 2005. O BCP [Cot] é o 29º com um impacto estimado de 4%, enquanto o BPI [Cot] é o quinto a contar do fim, com um ganho potencial de 1%. A analista aventa três razões para justificar o impacto de uma subida nos juros nas contas da banca.
Dependência dos depósitos à ordem
Os bancos com maior dependência aos depósitos à ordem (sem juros ou com baixa remuneração) foram os mais penalizados no ciclo descendente dos juros e serão os mais beneficiados pela inversão da tendência. A percentagem dos depósitos à ordem sobre o total dos depósitos na banca a retalho é de 45% para o BCP, de 44% para o BPI e de 38% para o BES.
O consenso dos analistas sugere que o BCP consiga em 2005 lucros de 541,13 milhões de euros. O efeito positivo dos juros estimado pela JP Morgan poderá representar 21,65 milhões de euros.
Uma subida de 100 pb nos juros poderá ter um impacto de 5% nos lucros do BES em 2005. A previsão dos analistas sugere lucros de 300 milhões de euros, podendo o impacto ascender a 15 milhões.
Exposição aos empréstimos à taxa fixa atrasa impacto
Os bancos com maior exposição aos empréstimos de taxas fixa (que funcionam como uma forma de cobertura num ambiente de descida de taxas de juro) irão sentir o efeito positivo de uma subida com um maior atraso.
Para o BCP e BES, as percentagens dos empréstimos, a mais de um ano, com taxa fixa, sobre o total dos empréstimos é de 29% e 34%. Já para o BPI esta percentagem é mais elevada, de 46%.
No crédito à habitação, a JP Morgan constata que, como a maior parte dos empréstimos são indexados à Euribor a 6 meses (ao contrário de Espanha onde é a de 12 meses), o impacto de uma subida nos juros será mais imediata.
Fundos libertos serão mais bem remunerados
Os bancos com mais fundos libertos, ou disponíveis, num cenário de subida dos juros, serão os mais beneficiados, já que poderão aplicar esse montante a uma taxa de remuneração mais elevada, diz a JP Morgan na conclusão deste estudo.
100 pb com impacto de 1% a 5% nos lucros
BCP e BES serão os bancos mais beneficiados com subida nos juros
O BES e o BCP são os bancos portugueses que mais poderão beneficiar da subida nas taxas de juro, que se advinha já para o final de 2004, segundo um estudo publicado hoje pela JP Morgan. O peso dos depósitos à ordem, a exposição aos empréstimos de taxa fixa e os fundos libertos farão toda a diferença quando o preço do dinheiro começar a aumentar.
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Pedro Carvalho
pc@mediafin.pt
O BES e o BCP são os bancos portugueses que mais poderão beneficiar da subida nas taxas de juro, que se advinha já para o final de 2004, segundo um estudo publicado hoje pela JP Morgan. O peso dos depósitos à ordem, a exposição aos empréstimos de taxa fixa e os fundos libertos farão toda a diferença quando o preço do dinheiro começar a aumentar.
A analista Carla Antunes da Silva faz uma simulação para averiguar qual será o impacto, nos resultados estimados para 2005 da banca europeia, de uma subida de 100 pontos base (pb) na taxa de juro (1 pb é 0,01%).
A sensibilidade dos bancos europeus às alterações no preço do dinheiro diverge, oscilando entre um impacto positivo nos lucros de 16% e negativo de 9%.
O banco liderado por Fernando Ulrich será, no panorama nacional, o menos beneficiado, com um impacto nos lucros que poderá não ultrapassar os 1,84 milhões de euros.
Banco BPI será o menos beneficiado
As três maiores instituições financeiras nacionais listadas na Euronext, numa amostra de 39 bancos, surgem quase no final da tabela dos que mais benefícios poderão retirar de uma subida de um ponto percentual.
O BES [Cot] surge no 28º lugar com a JP Morgan a estimar um impacto positivo de 5% nos lucros previstos para 2005. O BCP [Cot] é o 29º com um impacto estimado de 4%, enquanto o BPI [Cot] é o quinto a contar do fim, com um ganho potencial de 1%. A analista aventa três razões para justificar o impacto de uma subida nos juros nas contas da banca.
Dependência dos depósitos à ordem
Os bancos com maior dependência aos depósitos à ordem (sem juros ou com baixa remuneração) foram os mais penalizados no ciclo descendente dos juros e serão os mais beneficiados pela inversão da tendência. A percentagem dos depósitos à ordem sobre o total dos depósitos na banca a retalho é de 45% para o BCP, de 44% para o BPI e de 38% para o BES.
O consenso dos analistas sugere que o BCP consiga em 2005 lucros de 541,13 milhões de euros. O efeito positivo dos juros estimado pela JP Morgan poderá representar 21,65 milhões de euros.
Uma subida de 100 pb nos juros poderá ter um impacto de 5% nos lucros do BES em 2005. A previsão dos analistas sugere lucros de 300 milhões de euros, podendo o impacto ascender a 15 milhões.
Exposição aos empréstimos à taxa fixa atrasa impacto
Os bancos com maior exposição aos empréstimos de taxas fixa (que funcionam como uma forma de cobertura num ambiente de descida de taxas de juro) irão sentir o efeito positivo de uma subida com um maior atraso.
Para o BCP e BES, as percentagens dos empréstimos, a mais de um ano, com taxa fixa, sobre o total dos empréstimos é de 29% e 34%. Já para o BPI esta percentagem é mais elevada, de 46%.
No crédito à habitação, a JP Morgan constata que, como a maior parte dos empréstimos são indexados à Euribor a 6 meses (ao contrário de Espanha onde é a de 12 meses), o impacto de uma subida nos juros será mais imediata.
Fundos libertos serão mais bem remunerados
Os bancos com mais fundos libertos, ou disponíveis, num cenário de subida dos juros, serão os mais beneficiados, já que poderão aplicar esse montante a uma taxa de remuneração mais elevada, diz a JP Morgan na conclusão deste estudo.
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