BPI reduz posição na PT Multimédia para 1,99%
O Banco BPI alienou 33 mil acções da PT Multimédia, no passado dia 4 de Junho, reduzindo a participação na empresa para 1,99% do capital, anunciou a PT Multimédia em comunicado.
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O Banco BPI alienou 33 mil acções da PT Multimédia, no passado dia 4 de Junho, reduzindo a participação na empresa para 1,99% do capital, anunciou a PT Multimédia em comunicado.
A alienação foi feita pelo BPI Pensões - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, que reduziu a participação de 2,742 milhões de acções da empresa do grupo PT, para 2,709 milhões de acções, correspondentes a 1,73% dos direitos de voto.
O Banco BPI passa assim a deter 1,99% dos direitos de voto correspondentes ao capital social da PT Multimédia.
No passado dia 17 de Maio, o BPI Pensões tinha alienado 30.736 acções da PT Multimédia passando a deter 2,07% do capital da empresa.
BPI reduz posição na PT Multimédia de 2,3% para 2,07%
O Banco BPI informou hoje que reduziu a sua posição na PT Multimédia para 2,07% dos direitos de voto da empresa do Grupo Portugal Telecom.
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O Banco BPI informou hoje que reduziu a sua posição na PT Multimédia para 2,07% dos direitos de voto da empresa do Grupo Portugal Telecom.
O BPI Pensões alienou, no passado dia 17 de Maio de 2004, 30.736 acções da PT Multimédia, passando a deter 1,98% do capital da empresa. «Apesar desta alienação, o Banco BPI continuou detentor de uma participação qualificada superior a 2%», refere o banco num comunicado.
Em Abril a PT Multimédia tinha informado que o Banco BPI detinha 2,30% do seu capital social, mas após esta operação a participação do banco na PTM [Cot] ascende a 2,07% dos direitos de voto.
As acções da PTM seguiam a descer 0,35% para os 17,11 euros
PTM equaciona recompra de acções próprias para remunerar accionistas
A PT Multimédia, a unidade da PT que combina cerca de 90% do seu negócio na TV Cabo com o controlo de meios como o «Diário de Notícias» e a TSF, planeia um reforço de remuneração aos seus accionistas.
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Ricardo Domingos
rd@mediafin.pt
A PT Multimédia, a unidade da PT que combina cerca de 90% do seu negócio na TV Cabo com o controlo de meios como o «Diário de Notícias» e a TSF, planeia um reforço de remuneração aos seus accionistas.
A empresa, que no furor da bolha tecnológica chegou a atingir um valor de mercado superior ao da própria EDP, encontra-se actualmente a equacionar a hipótese de libertar algum do seu «cash flow» excedentário para tornar a companhia mais apetecível junto dos investidores.
A forma escolhida para premiar os accionistas – onde se destacam a PT com 57,55%, o BES com 12,89% e o Santander com 9,75% – ainda se encontra em análise, não tendo por isso sido definida.
«A PTM [Cot] está hoje numa situação de solidez financeira que lhe permite estudar a hipótese de remunerar os accionistas», afirmou ao Canal de Negócios fonte oficial da empresa, acrescentando que «há variadíssimas formas de o fazer», pelo que o modelo final não está ainda definido.
No entanto, o pagamento de um eventual dividendo extraordinário ou mesmo um «share buy-back» são as modalidades mais prováveis para os analistas.
A própria Portugal Telecom [Cot] tem neste momento em execução um programa de recompra de acções até 10% do seu capital.
Excerto retirado do Relatório e Contas de 2003 da PTM
«É nosso objectivo prosseguir uma estratégia de crescimento rentável que permita aumentar a criação de valor e aumentar sistematicamente a remuneração aos accionistas».
«Cash flow» a mais
Após os prejuízos dos últimos quatro anos – em que as apostas em aquisições, na expansão do cabo e no desenvolvimento da TV interactiva sugaram grande parte dos investimentos – a empresa liderada por Zeinal Bava acaba de obter os seus primeiros resultados positivos de sempre.
A prová-lo estão 30,7 milhões de lucros em 2003, contra as perdas de 134,5 milhões em 2002. E, com os resultados positivos, a PTM pôde também pagar o seu primeiro dividendo, de 8 cêntimos/acção, num total de 12,55 milhões de euros.
Ao mesmo tempo que a sua principal contendora – a Cabovisão – se debatia com a própria sobrevivência financeira, a TV Cabo conseguia manter estável a sua quota de mercado, que se estima de quase 80%. Adicionalmente, regista uma margem operacional de 18,9%, o que lhe permite gerar um «cash flow» superior à actual necessidade de investimentos.
«A PT Multimédia tem mais dinheiro do que aquele que precisa, por isso está em excelentes condições para remunerar os accionistas», disse o analista Pedro Santos, do Millennium bcp investimento.
Outro analista ressalvou que, na mais recente «conference call», a administração reiterou a estratégia de não enveredar por aquisições nem canalizar grandes investimentos para o segmento dos media.
Ao invés, a empresa prefere apostar no mercado da televisão por cabo em Portugal, rejeitando, pelo menos para já, a possibilidade de crescimento além-fronteiras.
Acções da PTM desde o IPO em 1999
Regulador é «pedra no sapato»
O Grupo PT, que encaixou 527 milhões de euros com a IPO de 23,5% do capital da PTM em 1999, chegou encarar a possibilidade de lançar uma OPA sobre aquela participada após a queda abrupta dos seus títulos em bolsa.
O cenário, pelo menos para os analistas, começou a ser equacionado depois das suas acções terem caído dos 121,31 euros (preço ajustado do aumento de capital) em Março de 2000 para o mínimo de sempre nos 4,92 euros em Outubro de 2001.
A possibilidade de uma OPA foi, inclusivamente, o principal motor da valorização de 127,64% que se observou desde então até aos actuais 16,79 euros. No entanto, caso a plataforma do cabo seja detida a 100% pela casa-mãe, a par da totalidade da rede fixa, o regulador poderia forçar a separação de ambas as actividades.
Uma decisão desta dimensão por parte da Anacom – em defesa dos consumidores – poderia mesmo levar a instituição liderada por Álvaro Dâmaso a impor a venda de uma das áreas de negócio, abrindo o seu capital aos operadores concorrentes.
«O receio de que o regulador obrigue a PT a desfazer-se de um dos negócios é uma pedra no sapato na estratégia da empresa», ao condicionar o lançamento de uma OPA sobre a PTM, explica um analista. Contactado pelo Canal de Negócios, o regulador escusou-se a pronunciar sobre «cenários especulativos».
A preferência pela recompra
Entre um «share buy-back» e um dividendo extraordinário, a escolha dos analistas pende mais para a primeira. Isto porque, com a compra das acções, a PT conseguiria aumentar o seu controlo sobre a PTM.
«Por isso», argumenta outro analista, «a melhor opção e a mais transparente seria a recompra de acções» até ao máximo de 10% do capital. No entanto, alerta, «a empresa está a olhar para estes cenários no médio prazo», ou seja, no final deste ano.
Com a compra de acções próprias, a PTM veria o «free-float» diminuir dos cerca de 20% sem a obrigatoriedade de uma oferta global, uma vez que a PT apenas detém cerca de 57% e uma operação dessa magnitude só é imposta pela lei quando um accionista supera os 33% e 50%
Preço-alvo de 18,20 euros
Bigonline diz PT Multimédia pode ser mais generosa a remunerar accionistas
A PT Multimédia pode remunerar melhor o accionista no médio prazo, devido ao lucro do primeiro trimestre e ao nível de dívida da empresa, de acordo com uma nota de «research» emitida hoje pelo Bigonline.
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Pedro Viana
pviana@mediafin.pt
A PT Multimédia pode remunerar melhor o accionista no médio prazo, devido ao lucro do primeiro trimestre e ao nível de dívida da empresa, de acordo com uma nota de «research» emitida hoje pelo Bigonline.
O banco de investimento fixou o preço-alvo da empresa nos 18,20 euros, o que lhe concede um potencial de valorização de 6,87% face ao valor de transacção actual de 17 euros, apesar da empresa ter registado um dos melhores crescimentos de 2003. Neste momento, a PT Multimédia [Cot] é a nona empresa mais valiosa do índice com uma capitalização bolsista de 2,68 mil milhões de euros.
O nível de «stop loss» (valor em que se deve sair do papel para não perder mais capital) definido pelo banco é de 4% abaixo do preço de entrada. Um investidor que compre a acção a 17 euros, deve vendê-la se o seu preço atingir os 16,32 euros.
O Bigonline refere na sua «trading idea» que o lucro positivo de 15,7 milhões de euros, conseguido no primeiro trimestre deste ano e o «reduzido nível de dívida financeira líquida da empresa», que se situa nos 52,1 milhões de euros, são factores que poderão «permitir, a médio prazo, uma política de remuneração ao accionista mais generosa».
O grande motor de crescimento da empresa detida em 58% pela operadora nacional Portugal Telecom vai continuar a ser o segmento de negócio da TV Cabo – contribui com cerca de 90% do valor total – porque o ARPU (receita média por cliente) vai continuar a crescer e ao controlo de custos. Estes factores, diz o banco, vão proporcionar o alcance de 40% da margem de EBITDA («cash-flow» operacional) – actualmente é de 34,5% –, definidos como objectivo da equipa de gestão para o final do ano.
A casa de investimento efectuou a avaliação da PT Multimédia através do método de soma das partes, ou seja, somando as diversas áreas de negócio da empresa: TV por Subscrição, Internet de banda larga, audiovisuais e media. O Bigonline definiu um custo de WACC da empresa, ou seja, o custo médio do capital ponderado pelo custo da dívida e pelo custo do capital próprio, de 8,9%.
Em relação à avaliação através dos múltiplos (avaliando a empresa através da comparação de rácios com outras empresas), o banco afirma que os da PT Multimédia estão a desconto. O EV/EBITDA (valor da empresa sobre o «cash-flow» operacional) de 2003 está a 20,66x, o que quer dizer que a empresa vale mais de vinte vezes o EBITDA, e o PER (preço da acção sobre o resultado líquido) está a 19,49x.
As acções da PTM seguiam a descer 0,41% para os 17,03 euros