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Caldeirão da Bolsa

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Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Sinceramente ! ! !

por Col » 5/6/2004 2:31

pagar 24000 € / mês a um individuo para cobrar impostos, produto que não tem custos de produção e em que o cliente è forçado a deslocar-se a casa do cobrador, precisamente o contrário das outras actividades comerciais, em que o Vendedor / Cobrador / Gestor tem que se deslocar a casa do cliente e tentar roubá - lo aos concorrentes para fazer lucro, parece - me de uma imoralidade enorme, para mais, se comparar-mos esse vencimento com o nível da maioria dos salários que auferem a grande maioria dos seus "clientes".
Estou de acordo em que sería melhor negócio para o Estado, entregar a cobrança de impostos ao Homem que utiliza um sofisticado metodo de cobrança "O Fraque".
Col
 

por Visitante » 4/6/2004 16:44

Lan Escreveu:Não conheço o homem, nem isso é importante. O importante é que a sua eventual competência seja provada.
Também criticavam o vencimento do Administrador da TAP, e o resultado está à vista.
Se fosse possível pagar os mesmos vencimentos que se pagam no sector privado aos membros do executivo, seria possível recrutar gente de qualidade e não carreiristas. O País só ficaria a ganhar, e muito.
Deixemos de ser um país de invejosos e exijamos competência!
Ou querem galinha gorda por pouco dinheiro?

Sim mas o problema são os políticos, eles é que fazem o preço da galinha com "fraca comida", aliás a maior parte dos cargos públicos são politicos ou não é assim? E não são eles que quando saem do "poleiro" vão para outro galho? :lol: Como dizia o outro: "... são como bandos de pardais os..."
Visitante
 

por lan » 4/6/2004 16:29

Não conheço o homem, nem isso é importante. O importante é que a sua eventual competência seja provada.
Também criticavam o vencimento do Administrador da TAP, e o resultado está à vista.
Se fosse possível pagar os mesmos vencimentos que se pagam no sector privado aos membros do executivo, seria possível recrutar gente de qualidade e não carreiristas. O País só ficaria a ganhar, e muito.
Deixemos de ser um país de invejosos e exijamos competência!
Ou querem galinha gorda por pouco dinheiro?
 
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por Visitante » 4/6/2004 14:18

O Director-Geral de Gogol

04/06/2004 14:05

O Director-Geral de Gogol
Resisti estoicamente até agora a pronunciar-me sobre o vencimento do novo Director-Geral dos Impostos. É que muita gente o criticou, primeiro por ser muito elevado, depois por ser pretensamente pago, em parte, por um banco, e finalmente por o dito DG indigitado ter sido aumentado 33% poucos meses antes do convite. Mas agora que já está a poeira a assentar e que a campanha eleitoral e as sessões parlamentares vão como vão, o que quer dizer que se torna difícil a qualquer português bem educado falar sobre qualquer um deles, já me considero liberto para dizer o que me vai na alma (e no bolso) sobre tão (extra)ordinário vencimento.

Em primeiro lugar, quero dizer-vos, meus queridos leitores, que as críticas que foram feitas me parecem profundamente injustas. Foi aumentado, sim senhor (o vencimento, não a pessoa). Então o homem tem que ser bruxo e saber que vai ser convidado para tratar dos nossos impostos para recusar generosos aumentos de salário? E a que título? O de ter o sumo prazer de ser detestado por todos os portugueses contribuintes? Se há coisa que justifica um salário elevado para o DGI é o ele saber que ainda é mais insultado que os candidatos eleitorais.

E igualmente injusto foi insinuar-se que seria um banco a pagar o seu salário. Se assim é, é por uma razão de simplificação administrativa: é por o Ministério das Finanças pagar ao banco que depois este paga ao dito. Acho muito bem, até porque assim o ministério pode continuar a dizer que não paga a ninguém (pessoa singular) um salário mais alto que o de Presidente da República.

E, para cúmulo, critica-se o salário, quando ao mesmo tempo se reconhece que se trata de uma função de grande responsabilidade e a exigir qualidades únicas. Então porque não pode o salário ser único, também? O homem não é um Ivan Khlestakov, o Inspector Geral de Gogol, que teve que regressar à sua terra natal porque não conseguia arranjar um emprego nos departamentos governamentais de S. Petersburgo.

Tem razão a senhora ministra das Finanças quando diz que se queremos ter alguém de grande qualidade, responsável por quase trinta mil milhões de euros de receita pública, temos que estar preparados para lhe pagar bem - e este salário é menos de 0,001% disso, ou seja, uma ninharia. Trata-se, até, de uma medida de poupança para o Estado, pois o que se ganha no desempenho da máquina fiscal será muitas vezes aquilo que se paga ao nosso novo DG. Atrevo-me mesmo a dizer que, se é verdade o que se afirma - que este DG vai poupar à nossa Ministra metade do seu trabalho - eu, no lugar dela, até contratava dois, não um.

Mas já agora, Senhora Ministra, porque ficar por aqui? Porque não ir recrutar o Director-Geral do Orçamento aos dirigentes de topo do Totta, o que, aliás, permitiria ao nosso DG despachar sobre as informações de outros serviços que lhe solicitassem reforço de verbas «vá ao Totta»? E já agora, ir buscar o novo Presidente do Instituto das Estradas entre os administradores da Mota / Engil? E seleccionar o Director-Geral de Energia, para dar um toque internacional, no grupo Carlyle? E para Presidente do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, porque não escolher alguém da Allianz? E para Director-Geral da Administração Pública um Administrador da Manpower? E um gestor da Securitas para a Direcção Geral dos Serviços Prisionais? E o Director Geral de Estudos do Ministério da Economia, porque não escolhê-lo entre os partners da BCG? Devo confessar que só vejo dificuldade em seleccionar o Director-Geral do Tesouro. É que normalmente recomendaria que se fosse buscar alguém ao Banco de Portugal, mas não me parece que ganhem o suficiente.

E já agora, porque ficar pelos Directores Gerais? Imagine-se o que poderíamos ganhar, por exemplo, em ir buscar para Sub-Director Geral das Execução Fiscais uma Administrador do Cobrador de Fraque. Para Sub-Director Geral dos Impostos sobre Património um administrador do grup...
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por Visitante » 4/6/2004 14:09

com um abraço

O Que fazer com estes votos?

04/06/2004 14:05

O Que fazer com estes votos?
O PS vai à frente nas sondagens. Provavelmente irá ganhar as próximas eleições e as que se lhe seguem. Não há compreensão que consiga decifrar este ilogismo. Os socialistas estão na linha da frente menos por mérito próprio do que pelo evidente demérito dos sociais-democratas. Já anteriormente assim fora: Guterres ganhara porque votáramos contra Cavaco. Por um instante a história entreabre-se, expõe as suas perspectivas, fecha-se de novo e deixa as coisas em suspenso.

O País está exausto das tranquibérnias do partido no Poder, e dos malefícios sociais, culturais, morais, políticos e económicos pelos seus agentes praticados. Neste sistema de chamamentos e respostas, que constitui o circuito normal da vida política portuguesa, a «alternância» nunca cedeu a vez à «alternativa». Se há manifestas diferenças de forma, entre o PS e o PSD o conteúdo é semelhante.

Creio que as indicações, por frequentes, são claras. A sociedade portuguesa exige transformações radicais, que não sejam, somente, este aparatoso bulício de metáforas. Portugal está transformado num lugar de erro e de conflito, de desespero e de angústia porque nunca lhes foram dadas soluções plurais. Não esqueçamos de que, nos últimos trinta anos, de um modo ou de qualquer maneira, o PS e o PSD estiveram constantemente no Poder.

Se nem o PSD é um partido «social-democrata», muito menos o PS é um partido «socialista». Nenhum deles possuiu, alguma vez, a identidade própria dos seus designativos, e a insistência em se declararem, ambos, «partidos interclassistas» aumentou a confusão. Não faz qualquer sentido o discurso de um como o discurso do outro. Os resultados práticos são a abjuração dos seus pressupostos ideológicos.

Daí a circunstância de vivermos numa democracia contingente, onde tudo é permitido, onde os mais tenebrosos crimes passam impunes, onde nunca se tentou uma política continental que, simultaneamente, fosse uma política portuguesa - onde a mentira adquiriu carta de alforria. Tem-nos sida negada a História que projectámos, e nenhum apelo ao optimismo público obtém sinais reconfortantes. Estas sondagens, como todas as finalidades de intenção, apelam à síntese e à antítese. Os portugueses não querem este Governo, mas desejam «outro» PS. Que PS? Aquele que tem frustrado as esperanças de milhões de portugueses, ou um, de porvir, cuja natureza se ignora, cujos contornos são absolutamente indefinidos?

O PS do detestável António José Seguro, agora trepado a líder parlamentar, novo patamar de um carreirismo político que nos ultraja - ou o PS marcado pela fúria platónica de Manuel Alegre, sem medo de Marx, e capaz, culturalmente, de discutir o capitalismo como um sistema que sobrevive através de ciclos e de crises, e do conceito de «ordem espontânea»? Que PS quer o PS, se é que o PS quer «outro» PS que não este PS? E quantos PS existem no PS?

A leitura clássica de Marx fornece-nos uma das chaves para compreendermos o nosso mundo actual, e o que se passa entre nós. E a supressão irracional do seu estudo corresponde a um dos condicionalismos mais graves e importantes impostos pelas correntes de pensamento neoliberais. Não creio que o PS esteja preparado para enfrentar os efeitos perversos de uma categoria política que, por leviandade e conivência, ajudou a criar e a desenvolver.

O vazio provocado pelas características de uma «classe política» pouco inclinada ao espírito de missão, e mais propensa a organizar a vidinha, resultou nesta desorientação assustadora. Uma clique desprovida de senso e entre si cúmplice de tudo o que de pior nos tem acontecido, assenhoreou-se das direcções dos partidos, do Parlamento, do Poder, do Governo - com ramificações na Imprensa e emquase todos os centros de decisão.

«Que Portugal se espera em Portugal?», perguntava Jorge de Sena. «Que esperar daqui? O que esta gente / não espera porque espera sem esperar?» Que esperamos nós de nós próprios, s...
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