CALDEIRÃO DE BOLSA

Bem, fechou nos 8.30€ mesmo em cima do suporte, o que praticamente não altera o gráfico que tinha acabado de colocar.

PTC

Vamos ver como fecha pois as coisas estão algo negras na PTC...

E aqui ficam os gráficos...

BCP

Torna-se extremamente difícil encontrar motivos de interesse num mercado sem força e sem volume. O cenário quem vem aqui sendo defendido ao longo de já bastantes semanas mantém-se...

Sem se justificarem grandes comentários ou considerações face ao mercado pois fazê-lo será inevitavalmente repetir-me nas observações que tenho vindo a efectuar relativamente ao interesse do mercado nacional nesta altura, interesse (ou falta dele) que não ficou até agora tão patente quanto ontem em dia de feriado nos Estados Unidos, passo aos comentários título a título, focando em particular as principais referências em cada um deles:

BCP: No BCP, o range está agora bem definido entre os 1.90/1.91€ (suporte) e os 1.97/2.00€ (resistências).
Em caso de quebra em baixa deste suporte, o target imediato passaría para os 1.83/1.85€.
No caso de uma quebra em alta (que considero nas actuais circunstâncias menos provável), o target imediato encontrar-se-ía pelos 2.05/2.08€...

BPI: O BPI tem vindo a rondar dois importantes suportes: o suporte horizontal em torno dos 1.95€ e LT de suporte de longo-prazo praticamente pelos mesmos valores nesta altura.
Uma quebra em baixa destas duas referências deixaría o título bastante fragilizado do ponto de vista técnico mas para já tem-se aguentado por estes níveis.
De momento consolida no curtíssimo-prazo junto dos psicológicos 3 euros...

BRI: No curto-prazo a Brisa encontra-se cada vez mais lateral. É nesta altura dos títulos que se encontra na situação técnica mais confortável embora não esteja particularmente apetecível (o que só deverá ocorrer caso quebre em alta de forma consistente a zona dos 6 euros).
Cenários preocupantes surgirão apenas caso a Brisa quebre em baixa a zona dos 5.50€ que tem vindo a funcionar como suporte.

EDP: Mais um título que «estancou» as quedas junto de um suporte de relevo, a EDP encontra-se nesta altura com um comportamento bastante discreto e pouco volátil, como que adormecido. Obviamente merece atenção a zona de suporte dos 2.14-2.21€, a qual tem segurado a cotação ao longo das últimas semanas.

IPR: A Impresa, e como já referí em ocasiões anteriores, é dos papéis em pior situação técnica nestas últimas semanas. O que se reflecte aliás no facto de se encontrar neste momento em mínimos relativos ao contrário da generalidade dos restantes papéis em análise. O único suporte credível visível nesta zona encontra-se nos 3.60€...

JMT: E no polo oposto encontra-se a Jerónimo Martins que quebrou recentemente e com duas velas violentas o range de lateralização que durava há sensivelmente dois meses e meio. A minha opinião neste caso específico é a de que tecnicamente a JMT tem espaço para subir até aos 9.80 ou mesmo 10.25€ (próxima resistência horizontal de relevo) mas que nas actuais circunstâncias de mercado se torna arriscado tentar acompanhar estes movimentos pois os falsos arranques (de curta duração e rápida correcção) têm sido uma constante.

PTC: No curtíssimo-prazo a Portugal Telecom lateraliza agora num range entre os 8.30 e os 8.60€ sendo estes os valores a ter em linha de conta. O volume está particularmente fraco na PTC, talvez o papel onde a fase de desinteresse do actual mercado se faz sentir de forma mais evidente. Este fraco volume é, tecnicamente e nestas circustâncias um dado bastante negativo. Trata-se de um equívoco comum considerar os fracos volumes como um sinal bullish durante as quedas mas tal não corresponde exactamente à verdade. Aliás, para ser mais preciso, no caso da PTC os volumes foram violentos durante as sessões mais importantes (nomeadamente de quebra do range anterior) sendo agora fraco num momento em que o papel consolida. Ora, o fraco volume afasta qualquer cenário de acumulação pelo que ganha força a possibilidade de quebra no sentido do anterior movimento, ou seja, para baixo. Este cenário (quebra dos 8.30€) a confirmar-se, podería mesmo a vir completar uma bandeira de baixa com uma projecção bastante desagradável (um target na zona dos 7.50€ não sería totalmente descabido, do ponto de vista técnico).
Obviamente nesta altura este cenário não passa de uma possbilidade. Mas convém assinala-la dada a forma como tem evoluído a cotação e face aos volumes a que se tem vindo a assistir na PTC.

PTM: Pouco interessante encontra-se ainda a PT Multimédia cujo o único valor que vejo como referência minimamente credível a zona dos 16.50€ (suporte horizontal).

SON: Na Sonae SGPS os 0.85€, valor que já tinha sido aqui apontado diversas vezes como o de maior potencial como suporte, têm vindo a segurar a cotação com alguma naturalidade.
Caso sejam quebrados em baixa, a SON ficaría tecnicamente fragilizada muito embora a zona dos 0.80€ possa igualmente servir de suporte horizontal.
A tendência de curto/médio-prazo é cada vez de forma mais marcada descendente.

SNC: Menos descendente e mais lateral (em torno dos 3 euros) encontra-se a Sonae.com mas nem assim muito mais interessante. Este é um dos papéis que tem vindo a dar diversos falsos arranques que considero que deverão ser totalmente ignorados até que a situação do mercado se altere...