CALDEIRÃO DE BOLSA

Estimativa da ESR
PT deve gastar 300 milhões de euros para cortar 1.500 empregos
A Portugal Telecom deverá gastar cerca de 300 milhões de euros para cortar 1.500 postos de trabalho este ano e em 2005, no âmbito do programa de redução de empregos no negócio das telecomunicações fixas, segundo as estimativas da Espírito Santo Research.

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Nuno Carregueiro
nc@mediafin.pt



A Portugal Telecom deverá gastar cerca de 300 milhões de euros para cortar 1.500 postos de trabalho este ano e em 2005, no âmbito do programa de redução de empregos no negócio das telecomunicações fixas, segundo as estimativas da Espírito Santo Research.

O «Diário Económico» noticiou hoje que a PT vai reduzir entre 400 a 500 postos de trabalho nos primeiros sete meses deste ano, com um custo de 110 milhões de euros, que representa um gasto de 220 mil euros por cada emprego suprimido.

Para a totalidade de 2004 e 2005 a ESR diz que a operadora de telecomunicações deverá cortar 1.500 postos de trabalho – um número já admitido pela empresa – culminando assim o programa de redução de empregos no negócio fixo em Portugal.

Neste programa a PT deverá incorrer num custo global de 300 milhões de euros, com a ESR a assumir um gasto de 200 mil euros por cada posto de trabalho cortado, um valor inferior ao registado nos primeiros sete meses (220 mil euros).

No Iberian Daily, a ESR estima que este ano sejam cortados mil postos de trabalho, ficando os restantes 500 para 2005, mas afirma que estes valores estão reflectidos nas suas projecções para os resultados da empresa

O ano passado a PT cortou cerca de 1.200 postos de trabalho e no fim de Março deste ano a PT Comunicações tinha 9.065 funcionários.

As acções da PT seguiam a subir 0,24% para os 8,40 euros

o problema dessas contas é que parte dos 10% do programa CBB já está descontado nos preços actuais

cumprimentos, filipe

Portugal Telecom deve gerar retorno de 11% com dividendos e «share buy back»

26/05/2004 11:29

Goldman Sach reitera recomendação de «outperform» Portugal Telecom deve gerar retorno de 11% com dividendos e «share buy back»
A Goldman Sachs reiterou a recomendação de «outperform» para as acções da Portugal Telecom, aguardando que a operadora de telecomunicações volte a subir o dividendo este ano, o que somado ao programa de recompra de acções, eleve para mais de 11% o retorno em «cash» para os accionistas da companhia este ano.

«Esperamos que a PT volte a aumentar o dividendo este ano para oferecer um retorno em â¿¿cashâ¿¿ acima de 11%, tendo em conta o resto do programa de â¿¿share buy back» de 10% do capital, diz o banco de investimento numa nota a clientes.

A PT tem ainda cerca de metade do programa de recompra de acções para cumprir, sendo que no início deste ano a percentagem do capital próprio era de cerca de 3%. Até ao final deste ano a companhia liderada por Horta e Costa quer ter 10% do capital em acções próprias.

A outra forma de remunerar accionistas é a través de dividendos, que a Golman Sachs estima voltar a aumentar este ano. Face ao exercício de 2003 a PT pagou este ano um dividendo bruto de 22 cêntimos, a que corresponde um «dividend yield» de 2,6%. No próximo «Investor Day» Horta e Costa deverá anunciar o dividendo previsto para pagar no início de 2005.

Na mesma nota de «research» a Goldman elevou as previsões de clientes para a empresa no Brasil, onde controla, em parceria com a Telefónica, a operadora móvel Vivo. Esta empresa deve adicionar 7 milhões de clientes este ano e duplicar a taxa de penetração no espaço de três anos, uma estimativa que a Goldman reconhece estar acima das previsões médias do mercado.

Sobre o mercado em Portugal a Goldman diz que «a PT é o incumbente (na Europa) melhor posicionado para beneficiar do estimado crescimento da banda larga e lidar com a ameaça de oferecer banda larga e voz ao mesmo tempo».

O banco de investimento acrescenta que os resultados do primeiro trimestre sinalizaram a recuperação no negócio das telecomunicações fixas e que, «apesar de entre os incumbentes apresentar a taxa de estimativa de crescimento orgânico mais elevada, as acções da PT transaccionam em linha com o sector».

Pela negativa a Goldman afirma que 28% das receitas estimadas para 2004 são provenientes do Brasil, o que é um risco acima da média, e neste país da América Latina a concorrência permanece intensa.

O banco de investimento baixou a perspectiva para o resultado líquido por acção da PT de 2004 em três cêntimos, para 0,63 euros, enquanto o EPS de 2005 sofreu uma revisão de dois cêntimos, para 0,74 euros.

As acções da PT [ptc] seguiam a subir 0,48% para os 8,42 euros.