Liverless, estou certo que é o mesmo participante que me tem pedido para publicar esse artigo inclusivamente através de MP. Como já esclareci, tenho já parte do artigo escrita mas só o poderei publicar assim que estiver completo e só o poderei completar assim que tiver disponibilidade de tempo.
Como penso que saberá actualmente estou a dar uma acção de formação pelo que o meu tempo se tem dividido por diversas actividades, desde o caldeirão, passando por essa acção de formação (que como é a primeira tem de ser devidamente preparada) e terminando noutras ocupações que não dizem respeito directamente ao Caldeirão. Não está esquecido e a seu tempo será publicado...
Relativamente ao exemplo que me pede, eu já o disse logo na primeira resposta mas volto a repetir o que já disse e acrescento mais alguns pontos:

Não alavancar ou a fazê-lo, fazê-lo com percentagens pouco relevantes no global da carteira;

No que diz respeito à carteira em si, é importante que não se invista o que nos «faz falta», devemos investir no mercado um valor de que possamos dispor e caso os investimentos não corram pelo melhor isso não represente um aperto financeiro significativo (uma regra de ouro, dentro deste espírito é, evidentemente, não investir a crédito). Só o facto de não estarmos dependentes financeiramente desse capital nem de termos qualquer compromisso com ele é já só por si um factor de serenidade;

Não investir em títulos demasiado especulativos (cito um exemplo: PAD) ou a fazê-lo, mais uma vez, fazê-lo com percentagens da carteira relativamente baixas (posso dizer que ocasionalmente tenho negociado PAD, isto é, em momentos pontuais e dou-lhe como exemplo quanto costumo colocar, do total da carteira, na PAD... em média, cerca de 3%). Se a PAD falir numa altura em que a tenho em carteira, o máximo que perco é de 3%;

Diversificar a carteira (não tomar um compromisso com este ou aquele papel). Normalmente divido as minhas apostas por pelo menos 2 ou 3 papeis representando cada um deles entre 15% a 40% do global da carteira (tento não ultrapassar este último valor num papel). As posições iniciais são, normalmente, desses 15% e só reforço quando o trade está a correr bem;

Não invistir no curtíssimo-prazo (o prazo temporal a par com a alavancagem são os principais factores que definem o perfil de risco do investidor). Na realidade, o que se passa no dia a dia regra geral não tem grande impacto na minha opinião sobre o mercado. A minha opinião não muda diariamente: vai-se ajustando progressivamente ao mercado já que eu não aposto em movimentos de dias mas sim em movimentos de semanas ou meses...

Não tentar apanhar todas as oportunidades e não criar qualquer laço emocional com este ou aquele papel.
Se o mercado está indefinido tento não negociar (não fazer movimentos) pois isso em mercado lateral e para quem investe no médio-prazo, tende a desgastar o capital e evito estar muito mais do que investido a 50%. O mercado lateral não é propício para um position trader...
Somos nós que estabelecemos o que vamos arriscar em cada trade e o quanto nos vamos expor no mercado a cada momento. Em grande medida, só nos enervamos se quisermos.
Penso que referi o mais importante. Trata-se de uma forma de estar no mercado e no fundo não tem muito que saber, tem mais de querer. As regras são relativamente basicas e quase universalemnte conhecidas. Não se está a falar aqui de nada transcendental ou de algum santo-graal do trading.
Por isso, isto de negociar com calma e sem stress passa esselcialmente pelo querer. Porque como já referi a paciência cultiva-se...
As vantagens desta postura?
Na minha opinião, são muitas. Mas no tal artigo falarei mais detalhadamente disso...