offtopic- o teu telemóvel tem bluetooth? então lê...
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offtopic- o teu telemóvel tem bluetooth? então lê...
pois é, este artigo do DE vem por o dedo na ferida nas pessoas "despreocupadas com a vida"
leiam e se ficaram sensibilizados para o factor segurança... verifiquem lá se no vosso telemóvel a ligação bluetooth não anda e "automático" na aceitação de ligações... se não sabem... consultem o manual a ver como se verifica ou contactem o Apoio a Cliente da vossa fornecedora de serviços móveis.
Artigo:
Chegaram os piratas dos telemóveis
Ana Rita Guerra
O Times londrino alertou para os problemas de segurança dos dispositivos móveis que mantêm a tecnologia ‘bluetooth’ sempre activada. É um paraíso para os novos piratas.
‘Bluesnarfing’, assim se está a tornar conhecido o fenómeno de ‘furto de dados a breve distância’, ou a pirataria através de ‘bluetooth’ - uma tecnologia de conexão sem fios que funciona por ondas de rádio de curto alcance. Não seria correcto denominar os autores desta actividade de ‘hackers’, mas a verdade é que são piratas que se aproveitam das debilidades da tecnologia móvel ‘bluetooth’ e da descontracção dos portadores de telemóveis, que deixam a opção incautamente activada.
De acordo com o Times londrino, cujo jornalista assistiu a demonstrações ao vivo deste processo, passou a ser possível para os piratas da era digital deitar ‘mão’ a todos os conteúdos disponíveis dentro dos dispositivos móveis, sem muito esforço nem demora. O caso pode tornar-se sério, em especial se tivermos em conta que a memória disponível já é considerável e que boa parte dos telemóveis e ‘smartphones’, com sistemas de sincronização com o computador, estão cada vez mais perto de se tornarem o próprio computador portátil. Profissionais e jovens podem ser os segmentos com maiores razões para ficar preocupados.
Más notícias para os distraídos
Pense na sua agenda, calendário, dados pessoais, endereços, notas, registos e fotografias tiradas com uma câmara de alta definição, incluída no seu telemóvel de segunda geração (e meia) ou computador de bolso. Todos estes elementos estão disponíveis para quem queira perder um pouco de tempo, caso a opção de conectividade ‘bluetooth’ esteja ligada (lembra-se da última vez que a desligou?). Segundo relatou o quotidiano britânico Times, esta actividade ilícita implica poucos riscos e só necessita de um portátil e uma aplicação desenvolvida ‘ad hoc’.
De facto, o repórter do jornal inglês explicou como acompanhou Adam Laurie, presidente da empresa de segurança informática AL Digital, em duas demonstrações esclarecedoras na cidade de Londres: num raio de noventa metros, que pode ser o triplo da extensão de um autocarro comum ou de uma sala de café, o software próprio de Laurie encontrou múltiplos aparelhos com a opção ligada e absolutamente desprotegidos. Não foi muito difícil copiar o conteúdo integral dos mesmos, que incluía agendas, contactos e imagens. Durante um dos testes, o sistema identificava um dispositivo vulnerável por minuto.
A Al Digital, além de descobrir o problema e lançar o alarme, explicitou que os modelos 6310 da Nokia e T610 da Sony Ericsson demonstraram ser os mais vulneráveis. Em Novembro de 2003, a empresa chegou a avisar as fabricantes da falha de segurança, mas pouco ou nada foi feito. A notoriedade do artigo do Times pode significar agora más notícias para estas fabricantes, de longe as melhores sucedidas na área da imagem e do vídeo - elementos frequentemente partilhados através de ‘bluetooth’. Apesar de tudo, a grande desvantagem poderá estar entre os consumidores que utilizam auriculares sem fios e por isso mantêm esta opção de conectividade permanentemente activada.
«As implicações para os utilizadores de aparelhos móveis vulneráveis são enormes», afirmou Adam Laurie, presidente da AL Digital. «Você pode sentar-se no lado de fora da sala de conferências do encontro anual de vendas do seu concorrente e descarregar todas as informações sobre clientes, contactos e apontamentos diários guardadas nos aparelhos da equipa de vendas», exemplificou o responsável. Laurie acrescentou que «esta é uma falha muito séria» que está a ser subvalorizada pelos consumidores e pelas fabricantes dos equipamentos.
Também Ian Angell, professor de Sistemas de Informação na Escola de Economia de Londres, descreve a descoberta da falha como uma contrariedade devastadora para as companhias de telemóveis. «Isto pode realmente perturbar toda a indústria», avaliou o docente, considerando que «a ideia de que um perfeito desconhecido pode espiar-nos» com tanta facilidade significa que a tecnologia está a ir longe demais.
O ‘bluejacking’ e o contra-ataque das empresas
Antes de suspeitar que a facilidade de acesso ao ‘bluetooth’ de dispositivos alheios podia ser perigosa, os seus utilizadores acharam-na divertida: desde que este tipo de telemóveis se popularizou, tornou-se frequente o fenómeno de ‘bluejacking’, que consiste em enviar mensagens não solicitadas para qualquer telemóvel nas imediações, sem sequer saber o número ou detentor do mesmo. A iniciativa pode ser pueril e é mais popular entre as camadas jovens, mas não constitui um crime.
No entanto, ambos os procedimentos - ‘blujacking’ e ‘bluesnarfing’ levantam questões preocupantes no que concerne, por exemplo, ao combate à pedofilia: o que poderia fazer um pedófilo com as informações descarregadas do telemóvel de um adolescente é o problema em causa.
Face às acusações de inoperância, a visada Sony-Ericsson revela que já começou a tomar providências para evitar o problema nos seus lançamentos futuros. Um responsável da empresa, Richard Dorman, sublinhou entretanto que «se há consumidores preocupados, então haverá duas opções que podem tomar». Uma é desligar o ‘bluetooth’ em áreas pouco seguras e a outra é adoptar o ‘patch’ de segurança que a empresa vai disponibilizar algures no segundo semestre do ano.
Pelo seu lado, a Nokia comunicou que «está consciente» das alegações de problemas de segurança em certos aparelhos com ‘bluetooth’ e que, baseada em informações até à data, é «pouco provável» que os mesmos fiquem expostos a ataques securitários, ainda que seja importante manter os consumidores alerta para as vulnerabilidades referidas. O grupo finlandês revelou ainda estar a trabalhar em funcionalidades de segurança para telemóveis com ‘bluetooth’ com o objectivo de «estar mais que um passo à frente destes grupos que desenham e promovem ataques criminosos - ‘hacking’ - contra aparelhos móveis».

leiam e se ficaram sensibilizados para o factor segurança... verifiquem lá se no vosso telemóvel a ligação bluetooth não anda e "automático" na aceitação de ligações... se não sabem... consultem o manual a ver como se verifica ou contactem o Apoio a Cliente da vossa fornecedora de serviços móveis.
Artigo:
Chegaram os piratas dos telemóveis
Ana Rita Guerra
O Times londrino alertou para os problemas de segurança dos dispositivos móveis que mantêm a tecnologia ‘bluetooth’ sempre activada. É um paraíso para os novos piratas.
‘Bluesnarfing’, assim se está a tornar conhecido o fenómeno de ‘furto de dados a breve distância’, ou a pirataria através de ‘bluetooth’ - uma tecnologia de conexão sem fios que funciona por ondas de rádio de curto alcance. Não seria correcto denominar os autores desta actividade de ‘hackers’, mas a verdade é que são piratas que se aproveitam das debilidades da tecnologia móvel ‘bluetooth’ e da descontracção dos portadores de telemóveis, que deixam a opção incautamente activada.
De acordo com o Times londrino, cujo jornalista assistiu a demonstrações ao vivo deste processo, passou a ser possível para os piratas da era digital deitar ‘mão’ a todos os conteúdos disponíveis dentro dos dispositivos móveis, sem muito esforço nem demora. O caso pode tornar-se sério, em especial se tivermos em conta que a memória disponível já é considerável e que boa parte dos telemóveis e ‘smartphones’, com sistemas de sincronização com o computador, estão cada vez mais perto de se tornarem o próprio computador portátil. Profissionais e jovens podem ser os segmentos com maiores razões para ficar preocupados.
Más notícias para os distraídos
Pense na sua agenda, calendário, dados pessoais, endereços, notas, registos e fotografias tiradas com uma câmara de alta definição, incluída no seu telemóvel de segunda geração (e meia) ou computador de bolso. Todos estes elementos estão disponíveis para quem queira perder um pouco de tempo, caso a opção de conectividade ‘bluetooth’ esteja ligada (lembra-se da última vez que a desligou?). Segundo relatou o quotidiano britânico Times, esta actividade ilícita implica poucos riscos e só necessita de um portátil e uma aplicação desenvolvida ‘ad hoc’.
De facto, o repórter do jornal inglês explicou como acompanhou Adam Laurie, presidente da empresa de segurança informática AL Digital, em duas demonstrações esclarecedoras na cidade de Londres: num raio de noventa metros, que pode ser o triplo da extensão de um autocarro comum ou de uma sala de café, o software próprio de Laurie encontrou múltiplos aparelhos com a opção ligada e absolutamente desprotegidos. Não foi muito difícil copiar o conteúdo integral dos mesmos, que incluía agendas, contactos e imagens. Durante um dos testes, o sistema identificava um dispositivo vulnerável por minuto.
A Al Digital, além de descobrir o problema e lançar o alarme, explicitou que os modelos 6310 da Nokia e T610 da Sony Ericsson demonstraram ser os mais vulneráveis. Em Novembro de 2003, a empresa chegou a avisar as fabricantes da falha de segurança, mas pouco ou nada foi feito. A notoriedade do artigo do Times pode significar agora más notícias para estas fabricantes, de longe as melhores sucedidas na área da imagem e do vídeo - elementos frequentemente partilhados através de ‘bluetooth’. Apesar de tudo, a grande desvantagem poderá estar entre os consumidores que utilizam auriculares sem fios e por isso mantêm esta opção de conectividade permanentemente activada.
«As implicações para os utilizadores de aparelhos móveis vulneráveis são enormes», afirmou Adam Laurie, presidente da AL Digital. «Você pode sentar-se no lado de fora da sala de conferências do encontro anual de vendas do seu concorrente e descarregar todas as informações sobre clientes, contactos e apontamentos diários guardadas nos aparelhos da equipa de vendas», exemplificou o responsável. Laurie acrescentou que «esta é uma falha muito séria» que está a ser subvalorizada pelos consumidores e pelas fabricantes dos equipamentos.
Também Ian Angell, professor de Sistemas de Informação na Escola de Economia de Londres, descreve a descoberta da falha como uma contrariedade devastadora para as companhias de telemóveis. «Isto pode realmente perturbar toda a indústria», avaliou o docente, considerando que «a ideia de que um perfeito desconhecido pode espiar-nos» com tanta facilidade significa que a tecnologia está a ir longe demais.
O ‘bluejacking’ e o contra-ataque das empresas
Antes de suspeitar que a facilidade de acesso ao ‘bluetooth’ de dispositivos alheios podia ser perigosa, os seus utilizadores acharam-na divertida: desde que este tipo de telemóveis se popularizou, tornou-se frequente o fenómeno de ‘bluejacking’, que consiste em enviar mensagens não solicitadas para qualquer telemóvel nas imediações, sem sequer saber o número ou detentor do mesmo. A iniciativa pode ser pueril e é mais popular entre as camadas jovens, mas não constitui um crime.
No entanto, ambos os procedimentos - ‘blujacking’ e ‘bluesnarfing’ levantam questões preocupantes no que concerne, por exemplo, ao combate à pedofilia: o que poderia fazer um pedófilo com as informações descarregadas do telemóvel de um adolescente é o problema em causa.
Face às acusações de inoperância, a visada Sony-Ericsson revela que já começou a tomar providências para evitar o problema nos seus lançamentos futuros. Um responsável da empresa, Richard Dorman, sublinhou entretanto que «se há consumidores preocupados, então haverá duas opções que podem tomar». Uma é desligar o ‘bluetooth’ em áreas pouco seguras e a outra é adoptar o ‘patch’ de segurança que a empresa vai disponibilizar algures no segundo semestre do ano.
Pelo seu lado, a Nokia comunicou que «está consciente» das alegações de problemas de segurança em certos aparelhos com ‘bluetooth’ e que, baseada em informações até à data, é «pouco provável» que os mesmos fiquem expostos a ataques securitários, ainda que seja importante manter os consumidores alerta para as vulnerabilidades referidas. O grupo finlandês revelou ainda estar a trabalhar em funcionalidades de segurança para telemóveis com ‘bluetooth’ com o objectivo de «estar mais que um passo à frente destes grupos que desenham e promovem ataques criminosos - ‘hacking’ - contra aparelhos móveis».
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