
sobre o assunto "produtividade" recomendo a leitura de uma nota de última página, no DN de hoje (segunda dia 19) escrita pelo Francisco Sarsfield Cabral, com o título " Um sonho"
diz ele no inicio: " com o slogan "Portugal é capaz", o Governo lança hoje mais um programa para espevitar os empresários. A operação é sobretudo psicológica, contra o pessimismo, e é meritória. Mas o facto de as empresas portuguesas serem agora as mais endividadas da União Europeia limita-lhes a capacidade de iniciativa. E o grande contributo para melhorar a nossa produtividade deveria vir do próprio Estado, que gasta-mal-quase metade de rendimento do País.
continua:
"Imaginemos que as entidades públicas conseguiam ganhos de eficiência comparáveis aos que uma empresa medianamente organizada costuma obter. A produtividade global do País daria um enorme salto. Continuando a sonhar, pensemos no que todos nós, particulares e empresas, ganharíamos em tempo e dinheiro se a burocracia estatal fosse radicalmente reduzida. E, já agora, imagine-se que o Estado era capaz de pôr a funcionar a justiça, eliminando assim um dos travões ao envestimento empresarial.
Recordo que, no encontro do "Compromisso Portugal", no Beato, o economista Luis Cabral, radicado nos EUA, mostrou como a nossa produtividade fraqueja sobretudo por falta de uma saudável concorrência, impedindo que os melhores sejam premiados. Diferente seria se as autoridades reguladoras dos mercados assegurassem mesmo a livre concorrência, sem empresas menos eficientes a dominarem graças a protecções várias. E, ainda, se não se mantivessem artificialmente unidades inviáveis e se a fuga aos impostos fosse, de facto, contida, evitando a concorrência desleal das empresas que não pagam.
e conclui: "Isto é apenas um sonho. Mas ele não anda longe da realidade em alguns países, o que talvez explique porque há casos de sucesso de empresas portuguesas no estrangeiro"
e digo eu: como pode haver produtividade e concorrência se é o Estado o primeiro a minar esses conceitos?
diz ele no inicio: " com o slogan "Portugal é capaz", o Governo lança hoje mais um programa para espevitar os empresários. A operação é sobretudo psicológica, contra o pessimismo, e é meritória. Mas o facto de as empresas portuguesas serem agora as mais endividadas da União Europeia limita-lhes a capacidade de iniciativa. E o grande contributo para melhorar a nossa produtividade deveria vir do próprio Estado, que gasta-mal-quase metade de rendimento do País.
continua:
"Imaginemos que as entidades públicas conseguiam ganhos de eficiência comparáveis aos que uma empresa medianamente organizada costuma obter. A produtividade global do País daria um enorme salto. Continuando a sonhar, pensemos no que todos nós, particulares e empresas, ganharíamos em tempo e dinheiro se a burocracia estatal fosse radicalmente reduzida. E, já agora, imagine-se que o Estado era capaz de pôr a funcionar a justiça, eliminando assim um dos travões ao envestimento empresarial.
Recordo que, no encontro do "Compromisso Portugal", no Beato, o economista Luis Cabral, radicado nos EUA, mostrou como a nossa produtividade fraqueja sobretudo por falta de uma saudável concorrência, impedindo que os melhores sejam premiados. Diferente seria se as autoridades reguladoras dos mercados assegurassem mesmo a livre concorrência, sem empresas menos eficientes a dominarem graças a protecções várias. E, ainda, se não se mantivessem artificialmente unidades inviáveis e se a fuga aos impostos fosse, de facto, contida, evitando a concorrência desleal das empresas que não pagam.
e conclui: "Isto é apenas um sonho. Mas ele não anda longe da realidade em alguns países, o que talvez explique porque há casos de sucesso de empresas portuguesas no estrangeiro"
e digo eu: como pode haver produtividade e concorrência se é o Estado o primeiro a minar esses conceitos?