Saudades dos nossos Escudos
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Concordo com tudo o que foi escrito aqui... senti a mesma coisa que o Dj sentiu qdo fui a Portugal pela no verao de 2002 e fui pagar um croissant com fiambre e um galao... achei que as coisas tinham aumentado muito, e nao foi so devido ao arredondamento. Acho quo houve, tal como o FT disse, uma politica concertada de subida de precos a nivel dos cafes, bares,...
Para alem disso tudo, ha o aspecto psicologico de neste momento termos uma moeda mais pequena, e por isso os valores parecerem irrisoros...
Nao sei se acontece convosco, mas por vezes ponho-me a olhar para algo e pensar "So custa 10E... e barato" e depois penso... " Porra, sao 2000 escudos... afinal de contas e caro!!!".
Lembro-me da historia de uma vizinha minha que, qdo fui comprar uns sapatos ela (eram cerca de 34E) ela, que nunca me fez desconto, disse que ficava pelos 30E, pois as moedas n valiam nada... eram so 4... OU seja, as moeditas eram quase lixo...
Um abraco
Nunofaustino
Para alem disso tudo, ha o aspecto psicologico de neste momento termos uma moeda mais pequena, e por isso os valores parecerem irrisoros...
Nao sei se acontece convosco, mas por vezes ponho-me a olhar para algo e pensar "So custa 10E... e barato" e depois penso... " Porra, sao 2000 escudos... afinal de contas e caro!!!".
Lembro-me da historia de uma vizinha minha que, qdo fui comprar uns sapatos ela (eram cerca de 34E) ela, que nunca me fez desconto, disse que ficava pelos 30E, pois as moedas n valiam nada... eram so 4... OU seja, as moeditas eram quase lixo...
Um abraco
Nunofaustino
Pluricanal... não obrigado. Serviço péssimo e enganador!!!
De facto caro dj as vantagens da adesão à moeda única europeia são enormes e, não tenho dúvidas, sobrepõem-se largamente aos seus inconvenientes.
Agora é facto que a "unidade monetária mínima" do pequeno comércio, sobretudo de restauração e cafetaria, que era de 5$00 em 2001, passou para 5c, ou seja, o dobro, quando não 10c, o quádruplo, a partir de 2002.
Entre este factor e o típico oportunismo destes agentes (há excepções, claro) que, lembremo-nos, berraram por tudo quanto era canto quando o IVA subiu para 17% e fizeram repercutir integralmente essa subida nos preços finais mas não desceram um centavo que fosse quando o IVA desceu para 12%, arrecadando integralmente o lucro adicional gerado pela diferença, as subidas verificadas nos "pequenos" consumos diários foram absolutamente vergonhosas (no café por exemplo falamos de 25% a 50%).
Na verdade verificaram-se várias situações de cartelização "de facto" no mercado que prejudicaram seriamente os consumidores. Infelizmente, não só as autoridades de concorrência não se mobilizaram para combater estes abusos como os reflexos no cabaz que compõe o IPC não foram muito sensíveis. Daí que muitas justas queixas dos consumidores tivessem caído em saco roto. E nem sequer as organizações de defesa do consumidor fizeram, em minha opinião, aquilo a que estavam obrigados.
Quanto ao "conto", isso parece-me uma referência natural e não obrigatoriamente indiciadora de saudosismo ou falta de espírito inovador (de que de facto os Europeus sofrem, de um ponto de vista de política económica). Trata-se do resultado de mecanismos de automatismo mental que só o efeito do tempo, e das gerações, permitirá afastar. O "conto" são agora 5 euros e representa uma referência extremamente útil para a avaliação mental do valor proporcional das coisas (bens, serviços, investimentos, etc.). Mais giro é existirem estabelecimentos que ainda aceitam as antigas notas denominadas em escudos!
Um abraço
FT
Agora é facto que a "unidade monetária mínima" do pequeno comércio, sobretudo de restauração e cafetaria, que era de 5$00 em 2001, passou para 5c, ou seja, o dobro, quando não 10c, o quádruplo, a partir de 2002.
Entre este factor e o típico oportunismo destes agentes (há excepções, claro) que, lembremo-nos, berraram por tudo quanto era canto quando o IVA subiu para 17% e fizeram repercutir integralmente essa subida nos preços finais mas não desceram um centavo que fosse quando o IVA desceu para 12%, arrecadando integralmente o lucro adicional gerado pela diferença, as subidas verificadas nos "pequenos" consumos diários foram absolutamente vergonhosas (no café por exemplo falamos de 25% a 50%).
Na verdade verificaram-se várias situações de cartelização "de facto" no mercado que prejudicaram seriamente os consumidores. Infelizmente, não só as autoridades de concorrência não se mobilizaram para combater estes abusos como os reflexos no cabaz que compõe o IPC não foram muito sensíveis. Daí que muitas justas queixas dos consumidores tivessem caído em saco roto. E nem sequer as organizações de defesa do consumidor fizeram, em minha opinião, aquilo a que estavam obrigados.
Quanto ao "conto", isso parece-me uma referência natural e não obrigatoriamente indiciadora de saudosismo ou falta de espírito inovador (de que de facto os Europeus sofrem, de um ponto de vista de política económica). Trata-se do resultado de mecanismos de automatismo mental que só o efeito do tempo, e das gerações, permitirá afastar. O "conto" são agora 5 euros e representa uma referência extremamente útil para a avaliação mental do valor proporcional das coisas (bens, serviços, investimentos, etc.). Mais giro é existirem estabelecimentos que ainda aceitam as antigas notas denominadas em escudos!
Um abraço
FT
"Existo, logo penso" - António Damásio, "O Erro de Descartes"
Oi, Dj.
Quando saiu o euro eu, que estou dentro do negocio de roupas, pensei que era uma boa oportunidade de subir um pouco as coisas. Pois antes as coisas barravam naqueles numeros redondos, 2000$, 2500$, 3000$, 3500$ ... e agora podia-se usar uma unidade de "200 escudos" pelo que seria possivel usar 12, 13,14 euros... mas, não foi bem assim! Barrou novamente nos numeros redondos, e pior, os numeros redondos agora são de 5.00€ e não de 500$ -- não consegues vender uma peça a 6.00€ ou 21/22.00€ -- tens que a meter nos 5/10/15/20.00 porque algum concorrente já o fez.
Quanto a mim houve um agravamento nas coisas pequenas porque as pessoas acham que os centavos valem o mesmo e eles agora valem o dobro e não ligam muito a 10 ou 20 cent mas houve um arredondamento por baixo nos valores intermedios (tambem motivados pela crise de consumo) mas que vai manter-se ainda porque as pessoas agora só conhecem duas unidades de dinheiro:
Coisas pequenas = 1.00 €
Coisas intermedias = 5.00 €
Coisas caras = converte-se para escudos!!
Quando saiu o euro eu, que estou dentro do negocio de roupas, pensei que era uma boa oportunidade de subir um pouco as coisas. Pois antes as coisas barravam naqueles numeros redondos, 2000$, 2500$, 3000$, 3500$ ... e agora podia-se usar uma unidade de "200 escudos" pelo que seria possivel usar 12, 13,14 euros... mas, não foi bem assim! Barrou novamente nos numeros redondos, e pior, os numeros redondos agora são de 5.00€ e não de 500$ -- não consegues vender uma peça a 6.00€ ou 21/22.00€ -- tens que a meter nos 5/10/15/20.00 porque algum concorrente já o fez.
Quanto a mim houve um agravamento nas coisas pequenas porque as pessoas acham que os centavos valem o mesmo e eles agora valem o dobro e não ligam muito a 10 ou 20 cent mas houve um arredondamento por baixo nos valores intermedios (tambem motivados pela crise de consumo) mas que vai manter-se ainda porque as pessoas agora só conhecem duas unidades de dinheiro:
Coisas pequenas = 1.00 €
Coisas intermedias = 5.00 €
Coisas caras = converte-se para escudos!!
Concordo consigo amigo Dj ,eu dantes para sair num sabado a noite levava no max 5 contos (2,5c para jantar e mais 2,5 para cafe e copos
),hoje em dia nao saio de casa com menos de 60€ (30 para jantar e outros 30 para o resto) isto no espaço de 3 anos .É muito.
Basta dizer que no café onde tomo o pequeno almoço, naqueles aumentos de janeiro o pão com manteiga aumentou de 0,40 para 0,50 e o cafe o mesmo .um aumento de mais de 20%!!
Pois é ,so que ninguem reclama ,pq toda a gente esta conformada que menos de 0,10 nao e dinheiro.Outra coisa,para quem tem saudades do velho escudo o melhor e fazer colecçao deles ,sempre da para matar saudades e costuma ser um bom investimento

Basta dizer que no café onde tomo o pequeno almoço, naqueles aumentos de janeiro o pão com manteiga aumentou de 0,40 para 0,50 e o cafe o mesmo .um aumento de mais de 20%!!
Pois é ,so que ninguem reclama ,pq toda a gente esta conformada que menos de 0,10 nao e dinheiro.Outra coisa,para quem tem saudades do velho escudo o melhor e fazer colecçao deles ,sempre da para matar saudades e costuma ser um bom investimento

" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
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Caro djovarius
para quem vai todos os sábados à praça, numa vila de província, a introdução do € foi bem, sentida nos preços.
não houve nenhum género que não acertasse em alta, e muitas vezes com subidas muito nítidas.
e agora quando os preços das coisas pequenas (um café, uma imperial ou água) sobem, não sobem como dantes 2$50 ou 5$00, mas sim ,05€ e por isso a inflação se continua a sentir bem acima das tabelas oficiais.
para o vistante; ainda se joga matraquilhos em muito lado, só que agora é preciso uma moedinha de ,50€, a menos que seja na minha adega onde é de borla.

para quem vai todos os sábados à praça, numa vila de província, a introdução do € foi bem, sentida nos preços.
não houve nenhum género que não acertasse em alta, e muitas vezes com subidas muito nítidas.
e agora quando os preços das coisas pequenas (um café, uma imperial ou água) sobem, não sobem como dantes 2$50 ou 5$00, mas sim ,05€ e por isso a inflação se continua a sentir bem acima das tabelas oficiais.
para o vistante; ainda se joga matraquilhos em muito lado, só que agora é preciso uma moedinha de ,50€, a menos que seja na minha adega onde é de borla.


Djovarius:
Compreendo bem os teus comentários.
Sim, os aumentos por cá foram enormes, especialemtne nas coisas pequenas, como por exemplo (e especialmente) nos items individuais consumidos nos cafés.
Por outro lado, é obvio que a uniformização monetária europeia trás enormes benefícios (em termos de comparabilidade internacional dos preços, em termos de custos cambiais, em termos de simplificação de contabilidades, etc.).
Enfim, por mim sempre fui a favor do Euro.
Tanto mais que os problemas associados não decorreram tanto da transição monetária em sí, mas mais (como apontas) de um aproveitamento tipo chico-esperto, que foi mais ou menos generalizado por cá...
Compreendo bem os teus comentários.
Sim, os aumentos por cá foram enormes, especialemtne nas coisas pequenas, como por exemplo (e especialmente) nos items individuais consumidos nos cafés.
Por outro lado, é obvio que a uniformização monetária europeia trás enormes benefícios (em termos de comparabilidade internacional dos preços, em termos de custos cambiais, em termos de simplificação de contabilidades, etc.).
Enfim, por mim sempre fui a favor do Euro.
Tanto mais que os problemas associados não decorreram tanto da transição monetária em sí, mas mais (como apontas) de um aproveitamento tipo chico-esperto, que foi mais ou menos generalizado por cá...
Earthlings? Bah!
- Mensagens: 1541
- Registado: 20/11/2003 11:37
vinte e cinco tostões
por falar nos vinte e cinco tostões tantas vezes os enfiei nos matrequilhos que saudades
hoje já nem se joga matrequilhos
poupado
hoje já nem se joga matrequilhos
poupado
-
Visitante
Saudades dos nossos Escudos
Regressando agora à velha Europa, uma das maiores curiosidades que me aguardava era a do contacto “físico” com o Euro – moedas e notas. Não deixa de ser irónico que alguém que já transaccionara virtualmente imensos Euros, nunca tivesse visto nenhum. Por outro lado (há sempre um outro lado que nos persegue, não?), ocorreu-me que a maioria dos traders nunca viu também uma nota ou moeda de uma ou outra divisa.
Mas aqui o caso era um pouco diferente. Alguém que “pertencia” à zona €, uma vez radicado noutro continente, nunca havia visto o “calamento” ao vivo. Pior do que isso, não havia acompanhado as sequelas da sua introdução.
Primeira impressão na Portela de Sacavém e a seguir em Faro: as moedas são mais bonitas do que as notas. Estas pareciam mais bonitas nos sites que tinham as amostras das mesmas. Talvez o meu monitor tivesse excesso de brilho. Talvez a expectativa fosse grande. Também os velhos escudos tinham falta de brilho, sobretudo se fossem troco no mercado de peixe.
Mas a pior impressão veio a seguir: a da inflação oculta. Realmente não se faz. A conversão para o Euro físico resultou numa carestia exacerbada de alguns bens e serviços, sobretudo estes, com graves consequências para o consumidor e até para o turista interno ou externo. É verdade que não foi um fenómeno exclusivamente português, mas nós temos aquela estranha característica de aproveitar as mudanças de um jeito algo “sui generis”. Sinais de um povo que mantém algumas características do passado, para o melhor e para o pior.
Mas é realmente quando vemos hoje alguém pagar uma bica e um bolo ou uma imperial com uma nota de € 10 ou maior ainda que nos bate uma certa saudade dos nossos velhos escudos.
Dantes, raras vezes se via alguém pagar pequenas despesas com dois ou cinco contos. Ainda se via um ou outro Multibanco com o velho conto de réis. Hoje, qualquer coisa passa de um Euro. E as pessoas parecem esquecer que para certos itens, duzentos escudos era muito dinheiro.
Ao assistir a esta realidade, vieram à memória outros tempos. Não necessariamente bons, seguramente. Provavelmente será melhor classificá-los de diferentes. Apesar da inflação que marcou em maior ou menor escala as últimas décadas do nosso velho “scoobie-doo” (Escudo, claro).
Quem não se lembra do tempo das velhas notas de 20 e 50 escudos, que quase tudo podiam comprar? Uma de quinhentos já daria para uma festa em dia de Feira Franca. E da moeda, castanha, pesada de um escudo, como se a unidade fosse a marca imponente de um valor austero!
Os vinte e cinco tostões foram uma marca registada da infância de muitos. Já não conhecemos vinténs e outras estranhas medidas, mas vinte e cinco tostões soava bem. Nunca ninguém se questionava o porquê de uma moeda que não tinha um valor redondo, como também acontecia com a de 25 escudos, delírio de tantos vícios nas máquinas de jogo ou numa certa casa dos Restauradores.
Recordar ainda a última nota de cem escudos, uma das mais bonitas. Para muitos significava uma bebida num Bar ou um lanche ou muitas outras coisas.
O grande salto tinha ocorrido havia pouco tempo: uma impressionante nota de cinco contos, símbolo de um novo tempo que se aproximava a passos largos.
O dinheiro pode ser tudo e nada. Quase todo com que lidamos, não passa hoje de bits numa qualquer rede. Mas ainda há o contacto e o simbolismo. E cada nota e moeda representa algo marcante, um certo tempo nas nossas vidas. Talvez para os jovens, hoje com dez anos de idade, o escudo fique como uma distante memória e o Euro se apresente como algo natural.
Uma nota final: apesar desta sessão nostalgia e idade da inocência, sou favorável à adesão ao Euro e à própria ideia da moeda única de um determinado espaço económico. O que é interessante para mim, neste momento, é verificar como as pessoas não conseguem se livrar dos contos de réis. Ainda se fazem as contas como se nada se tivesse passado e a publicidade ainda reflecte o que se passava na época de transição.
Afinal, os Europeus ainda são conservadores? Ou será que a transição foi longa demais? Ou talvez pequena?
Ou... talvez... colectivamente, com ou sem consciência disso, o Povo também tenha saudades das outras moedas.
Um abraço a todos
djovarius
Mas aqui o caso era um pouco diferente. Alguém que “pertencia” à zona €, uma vez radicado noutro continente, nunca havia visto o “calamento” ao vivo. Pior do que isso, não havia acompanhado as sequelas da sua introdução.
Primeira impressão na Portela de Sacavém e a seguir em Faro: as moedas são mais bonitas do que as notas. Estas pareciam mais bonitas nos sites que tinham as amostras das mesmas. Talvez o meu monitor tivesse excesso de brilho. Talvez a expectativa fosse grande. Também os velhos escudos tinham falta de brilho, sobretudo se fossem troco no mercado de peixe.
Mas a pior impressão veio a seguir: a da inflação oculta. Realmente não se faz. A conversão para o Euro físico resultou numa carestia exacerbada de alguns bens e serviços, sobretudo estes, com graves consequências para o consumidor e até para o turista interno ou externo. É verdade que não foi um fenómeno exclusivamente português, mas nós temos aquela estranha característica de aproveitar as mudanças de um jeito algo “sui generis”. Sinais de um povo que mantém algumas características do passado, para o melhor e para o pior.
Mas é realmente quando vemos hoje alguém pagar uma bica e um bolo ou uma imperial com uma nota de € 10 ou maior ainda que nos bate uma certa saudade dos nossos velhos escudos.
Dantes, raras vezes se via alguém pagar pequenas despesas com dois ou cinco contos. Ainda se via um ou outro Multibanco com o velho conto de réis. Hoje, qualquer coisa passa de um Euro. E as pessoas parecem esquecer que para certos itens, duzentos escudos era muito dinheiro.
Ao assistir a esta realidade, vieram à memória outros tempos. Não necessariamente bons, seguramente. Provavelmente será melhor classificá-los de diferentes. Apesar da inflação que marcou em maior ou menor escala as últimas décadas do nosso velho “scoobie-doo” (Escudo, claro).
Quem não se lembra do tempo das velhas notas de 20 e 50 escudos, que quase tudo podiam comprar? Uma de quinhentos já daria para uma festa em dia de Feira Franca. E da moeda, castanha, pesada de um escudo, como se a unidade fosse a marca imponente de um valor austero!
Os vinte e cinco tostões foram uma marca registada da infância de muitos. Já não conhecemos vinténs e outras estranhas medidas, mas vinte e cinco tostões soava bem. Nunca ninguém se questionava o porquê de uma moeda que não tinha um valor redondo, como também acontecia com a de 25 escudos, delírio de tantos vícios nas máquinas de jogo ou numa certa casa dos Restauradores.
Recordar ainda a última nota de cem escudos, uma das mais bonitas. Para muitos significava uma bebida num Bar ou um lanche ou muitas outras coisas.
O grande salto tinha ocorrido havia pouco tempo: uma impressionante nota de cinco contos, símbolo de um novo tempo que se aproximava a passos largos.
O dinheiro pode ser tudo e nada. Quase todo com que lidamos, não passa hoje de bits numa qualquer rede. Mas ainda há o contacto e o simbolismo. E cada nota e moeda representa algo marcante, um certo tempo nas nossas vidas. Talvez para os jovens, hoje com dez anos de idade, o escudo fique como uma distante memória e o Euro se apresente como algo natural.
Uma nota final: apesar desta sessão nostalgia e idade da inocência, sou favorável à adesão ao Euro e à própria ideia da moeda única de um determinado espaço económico. O que é interessante para mim, neste momento, é verificar como as pessoas não conseguem se livrar dos contos de réis. Ainda se fazem as contas como se nada se tivesse passado e a publicidade ainda reflecte o que se passava na época de transição.
Afinal, os Europeus ainda são conservadores? Ou será que a transição foi longa demais? Ou talvez pequena?
Ou... talvez... colectivamente, com ou sem consciência disso, o Povo também tenha saudades das outras moedas.
Um abraço a todos
djovarius
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
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