"TAP não sobrevive se se mantiver pública", garante Pinto Luz

[Visitante]

Atenção o MIBEL será uma Bolsa como as que conhecemos tendo em vista a negociação do preço spot e forward ( Futuros) da electricidade e não das empresas eléctricas , a EDP nesse mercado será um comprador e vendedor ( conforme) . Outra questão, os splits são um dos maiors cancros para a negociação em Bolsa e para a colocação institucional dos títulos o melhor que podia fazer a EDP era o reverse split

[MarcoAntonio]

Podemos, pelo menos, constatar....que existirá um mercado que é comum às empresas integrantes do MIBEL....vamos supor, académicamente, que serão 20 M de potenciais accionistas.....a EDP...partiria de um mercado com 2 M...para um universo partilhado dez vezes maior...o que sucederia?.... Essa nova dimensão do mercado tenderia a ser um elemento neutralizador das diferenças dos valores dos títulos que actualmente se verificam nas empresas integrantes e, naturalmente, tenderiam para um valor médio que, por consequência, levaria progressivamente a uma valorização dos titulos da EDP...cujo valor actual está muito abaixo desse valor médio.

Jotabil, creio que continuas a insistir no mesmo erro. Esse valor médio não tem qualquer significado...

De facto ainda não sabemos a real natureza do MIBEL....e isto talvez sejam só suposições.

A questão não é o MIBEL ou no que ele consiste. É a forma como estás a comparar as cotações. Não é um método válido e não nos diz absolutamente nada o valor médio das cotações...

Sinceramente, depois das explicações que deixei não sei como explicar melhor.

Assumamos que o MIBEL implica mesmo uma harmonização das cotações. Ora, isso pode significar então que a EDP tenha de baixar dos actuais 2.40€ e as outras tenham de subir dos actuais 15€ e 17€...

É que os valores em si não nos dizem relativamente nada no que se refere a como está o mercado a avaliar cada uma delas no momento actual.


Vou tentar exemplificar de outra forma. Imagina que o negócio global é uma casa e cada uma das empresas em causa é uma assoalhada. Agora imaginemos que nuns casos uma acção representa UM TIJOLO, noutros casos uma acção representa SEIS TIJOLOS e noutros casos uma acção representa DEZ TIJOLOS.

Tentar comparar o preço das acções e procurar uma harmonização sem ir saber ao certo as dimensões de cada uma das assoalhadas e sem verificar quantos tijolos representa cada acção em cada uma das assoalhadas é mesmo misturar alhos com bugalhos. É um exercício sem qualquer validade...

Não sei como explicar melhor.

[jotabil]

Caro Marco


Podemos, pelo menos, constatar....que existirá um mercado que é comum às empresas integrantes do MIBEL....vamos supor, académicamente, que serão 20 M de potenciais accionistas.....a EDP...partiria de um mercado com 2 M...para um universo partilhado dez vezes maior...o que sucederia?.... Essa nova dimensão do mercado tenderia a ser um elemento neutralizador das diferenças dos valores dos títulos que actualmente se verificam nas empresas integrantes e, naturalmente, tenderiam para um valor médio que, por consequência, levaria progressivamente a uma valorização dos titulos da EDP...cujo valor actual está muito abaixo desse valor médio.
De facto ainda não sabemos a real natureza do MIBEL....e isto talvez sejam só suposições.


cumps.

[JAOR]

artista , o MIBEL é um protocolo .

Fica aqui o endereço , onde pode ter acesso ao mesmo :

http://www.erse.pt/files/RegP138.pdf


Como anexo,a data de implementação


Um abraço e

Cmpts

[MarcoAntonio]

Exemplificando (um exemplo muito grosseiro mas que creio que servirá, até porque como os fundamentais não me dizem nada em termos de investimento nem sei ao certo em que consiste o MIBEL)...

Imagine que duas empresas formam um grupo/parcería numa determinada área de acção do mercado e que a empresa A detém 70% do mercado e a empresa B 30%.

Imaginemos ainda que o negócio global é avaliado em 1 milhão de euros. Imaginemos ainda que a empresa A conta com 1 milhão de acções cotadas em bolsa representativas de 100% do seu capital e a empresa B conta com 100 mil acções no mercado.

Assim sendo,

as acções da Empresa A «deveríam» cotar a 0.7 x 1.000.000€ / 1.000.000 acções = 0.70€

as acções da Empresa B «deveríam» cotar a 0.3 x 1.000.000€ / 100.000 acções = 3.00€

Como se vê, a Empresa B é «mais pequena» e está cotada em Bolsa a um preço aparentemente mais elevado. Tendo em conta os dados que apresentei as empresas estaría cotadas como mais caras ou mais baratas (em termos relativos entre si) conforme os desvios para aqueles valores.

Por exemplo, se A cotasse a 0.60€ e B a 1.80€, então, tendo em vista a harmonização a Empresa B devería valorizar-se bem mais do que a empresa A (a qual já estaría bem perto do «preço justo»). Neste caso a harmonização implicaría que as cotações se afastassem uma da outra!

Enfim, é um exemplo muito grosseiro. Na realidade as coisas são bem mais complexas. Mas para exemplificar creio que serve...

[jotabil]

E coloco esta questão.....por pensar que alguma coisa acontecerá ao valor do título da EDP...que tenderá a evoluir em função de um mercado igualizador que se apresentará comum às empresas integrantes.....e como tal...ele prório agente dessa igualização.....

cumps.

[MarcoAntonio]

Jotabil, essa é uma questão de fundamentais e como é sabido, fundamentais não discuto.

A minha observação dizia respeito apenas à comparação das cotações em si e ao exercício de calcular as cotações médias tendo em vista uma harmonização das mesmas. Essa comparação e esse exercício, per si, não têm qq validade. Para compararmos cotações temos de avaliar os respectivos fundamentais e ter em linha de conta a quantidade de acções emitidas e não a cotação em si (valor absoluto de cada acção no mercado).

[jotabil]

Caro Marco e Artista

Entendo as vossa explicações sobre a natureza e caracteristicas de uma acção e a evolução do seu valor no mercado.
Mas...se me premitem.....sabemos todos que uma acção é uma fracção de uma empresa....que nos pertence comprando a um valor determinado pelo mercado.
Com o MIBEL, pretende-se o quê?....Unificar o mercado da energia eléctrica no âmbito Ibérico....integrando diversas empresas interessadas na produção desse bem.
A questão que quero equacionar , sem desde já afirmar nada, é esta :- Que consequências advirão para o valor dos titulos da EDP da integração desta empresa num mercado, necessáriamente, mais vasto e actuando de forma integrada com empresas cujos títulos têm um valor sete ou oito vezes mais elevado?
Parece-me haver neste quadro, matéria para reflexão e é sobre ele que eu gostaria de conhecer opiniões.
cumps.

[artista_]

Desculpa a sinceridade mas estás é a querer misturar alhos com melancias!!

Nem sem bem em que consiste o MIBEL mas penso que a harminização tem mais a ver com o produto (energia elétrica) do que com a cotação das empresas que não poderá ser comparada...

O MIBEL é mais um acordo/sistema ibérico de energia que outra coisa... penso eu?!

De qualquer forma essa tua comparação entre as cotações das empresas não faz qualquer sentido, mesmo que houvesse uma fusão entre as referidas empresas! neste caso até podia ser mais benéfico comprar acções da Iberdrola a 17 euros que EDP a 2,4... tudo dependia dos factores de conversão acordados entre as empresas!

[MarcoAntonio]

Jotabil, nunca é demais dizer que o valor da acção, o valor em si (em termos absolutos), não serve de forma alguma de comparativo ou de critério de avaliação de como o mercado está a avaliar os produtos ou serviços prestados pela empresa, enfim, o negócio em si.

Isto é, uma acção de uma determinada empresa cotar a 5€ e uma acção de uma empresa semelhante/concorrente estar cotada a 20€ não nos diz absolutamente nada. A primeira pode estar tremendamente cara e a segunda estupidamente barata. O valor em si não nos diz absolutamente nada. Se esperamos que as duas empresas convirjam em termos de valor tal pode significar que a de 5€ terá de baixar e a de 20€ terá de subir, pois tal depende do número de acções distribuidas no mercado.

Ora, se por qq razão as empresas pretenderem apresentar-se no mercado com valores semelhantes tudo o que a EDP tem de fazer é um reverse-split (juntando por exemplo 5 acções para formar uma nova acção). Assim, de um dia para o outro e sem que a cotação suba ou desça, a EDP passará a estar cotada em Bolsa a 12€...

E se por qq razão a EDP pretender ver as suas acções cotadas em Bolsa a menos de 1€, o que tem de fazer é um split de 1 para 3 e assim, de um dia para o outro, a cotação aparecería nos 0.80€.

É este o valor relativo da cotação, que em si não nos diz absolutamente nada em termos de harmonização (na realidade o melhor método de harmonizar são os splits e reverse-splits, mas que não representa perda ou ganho de valor para os accionistas, são meros exercícios de cosmética).

Nunca se deve comparar o preço de acções de empresas diferentes. Por exemplo comparar os 2.0€ do BCP com os 3.3€ do BPI. Isso só por si não nos diz absolutamente nada (até podía estar uma a 1€ e a outra a 20€ que a informação que obtinhamos com tal comparação era a mesma).

[jotabil]

Devo estar a misturar "alhos" com "bugalhos" com esta questão......as minhas desculpas...

[jotabil]

Sim...entendo isso.....mas a integração da EDP....numa determinada realidade vai acontecer.....e o que pergunto é ...quais a eventualidades que poderão suceder nessa integração...que tenderá a exigir uma homogeneização dos bens produzidos e ..consequentemente das acções com que se pretendem financiar para o exercício da sua produção.
Não se poderá conceber um sistema produtivo de um bem, neste caso energia eléctrica,...sem a necessária integração e consequente harmonização dos elementos que o compôem.
A EDP......tenderá a executar uma operação inversa ao split para tentar conseguir a igualdade no preço das suas acções?
Vamos supor que o MIBEL necessita de uma aumento de capital recorrendo à bolsa.....como procederia, não havendo a referida homegeneização dos preços dos titulos das empresas integrantes?
Presumo que sucederão eventualidades significativas nessa junção e gostava de saber qual o sentido que tenderão ter e como isso poderá afectar a valor dos actuais títulos da EDP.


cumps

[Batista]

Essas comparações não podem ser feitas. A EDP já andou por esses valores mas fez o split e dividiu por 5 cada acção.Sem isso a cotação seria 12 que foi o preço de venda aproximado da primeira privatização e depois chegou aos 25(5 contos). O número de acções no mercado é que decide o preço com os fundamentais que vão existindo ou a especulação exercida

[jotabil]

Para quem quiser alegar sobre esta questão.
Sabendo que, proximamente, a EDP vai integrar o designado MIBEL...que integrará, penso, fundamentalmente, as empresas espanholas da Endesa e da Iberdrola.
Constatando nós....que as cotações dos títulos destas referidas empresas espanholas no actual mercado da bolsa de Madrid (IBEX), são respectivamente de 15,25 e 17 Euros, como poderemos visualisar a integração da nossa EDP com a cotação actual de 2,41 Euros por título?
Como irá processar-se a integração?.....Poderemos pensar que a cotação dos títulos sofrerá uma acção de homogeneização tendendo a um valor médio que, no caso vertente será (15,25+17+2,41)/3=11,55 Euros?
Podemos considerar este valor ...ou as empresas são realidades muito diversas?
Qualquer esclarecimento é bem vindo.....sou ainda um tropeço nestas coisas.

cumps