"TAP não sobrevive se se mantiver pública", garante Pinto Luz

[Thomas Hobbes]

O Governo precisa de tempo para analisar o relatório do júri da privatização da Portucel, mas escolherá o futuro parceiro da empresa de pasta e papel nas próximas sessões do Conselho de Ministros, disse Carlos Tavares, acrescentando que dentro de poucos meses será escolhido um parceiro para a Galp.

Sobre o processo de escolha de um novo parceiro para a Galp Energia, Carlos Tavares referiu que «as propostas vão ser recebidas até ao final mês», assinalando que o facto de terem já surgido vários candidatos mostra «o interesse» na Galp, que «continua a ser uma empresa viável e forte».

O ministro da economia reforçou que o «objectivo é dar liderança privada e escolher o melhor parceiro estratégico» para a Galp Energia, explicando que neste processo existem prazos que o Governo não controla, como a tomada de posição da Autoridade da Concorrência e redefinição da estrutura accionista da empresa.

Para o Executivo o desafio é encontrar um parceiro estratégico para a Galp «dentro de poucos meses», assinalou a mesma fonte, durante a tomada de posse de vários dirigentes do Ministério da Economia.

O Grupo José de Mello anunciou ontem que quer participar no concurso para a compra de 33,34% a 45% da Galp Energia, já centrada nos negócios do petróleo. A Carlyle, a CVC Partner e a Viacer, dos accionistas portugueses da Unicer, deverão apresentar proposta até 26 de Abril, pelo que são já conhecidos quatro candidatos a ser o novo parceiro da empresa liderada por António Mexia .

Portucel vai a Conselho de Ministros nas próximas semanas

Acerca da Portucel o ministro da economia afirmou que o Governo já recebeu o relatório do júri da privatização, mas «precisa agora de tempo para analisar»

Sem adiantar datas Carlos Tavares adiantou que uma decisão vai ser tomada numa das próximas sessões do Conselho de Ministros, destacando a importância de escolher um parceiro estratégico para a empresa de pasta e papel.

O relatório do júri recomendou a escolha da Semapa para comprar a posição de 30% que o Estado vai alienar na Portucel, mas uma decisão final caberá ao Governo

O ministro da Economia falou ainda sobre outros temas, como a fábrica da Bombardier da Amadora, que vai ser encerrada, e a possibilidade de o nosso país receber um mega-investimento proveniente do Japão.

Sobre a ex-Sorefame Carlos Tavares afirmou que existem «muitos contactos com empresas e fornecedores», mas que os resultados «não têm de transpirar para praça pública».

Já acerca do investimento que Portugal pode receber ministro garanti nada saber, mas revelou que, coincidência ou não, «um administrador da API está hoje no Japão para contactos comerciais».

Segundo noticiou o «Correio da Manhã», o Governo está a tentar captar para Portugal um mega-investimento do sector automóvel e tudo aponta para que seja um grupo japonês. Trata-se de um projecto que poderá criar cerca de 3500 postos de trabalho e ocupar cerca de 40 hectares de terreno.

Carlos Tavares comentou ainda a entrada em bolsa da Media Capital, sem especificar o caso da empresa de media. «Temos um mercado de capitais muito pequeno e fechado» e as empresas deviam «apostar em capital de risco como alternativa».

em canal de negocios.pt