Uma coisa são as convições políticas de cada um, outra é a obra literária do mesmo.
O autor deste artigo, julga e tece a sentença a Saramago, baseado no único livro que leu

,e depois por o dito sr. se apelidar de "comuna" pronto tudo o que escreve é basico. Tal como neste forum, é necessário apresentar argumentos para sustentar as nossas afirmações.
Ao ler também o artigo, fico contente por saber que Portugal tem uma força capaz de influenciar o comité do premio Nobel, de forma a que nos seja atribuidos prémios, ainda mais a Saramago.
Uma coisa é certa, apelar ao voto em branco não me parece correcto, porque esta acção corresponde à não participação no acto eleitoral, o que está errado.
No entanto, e a meu ver da forma errada (através do ensaio sobre a lucidez), Saramago vem por o dedo numa ferida da sociedade moderna.
A velha discussão entre a democracia formal e a democracia substancial.
Infelizmente, e convições políticas à parte, a sociedade em geral, e principalmente a portuguesa têm-se recusado discutir reformas no nosso sistema democrático, para além de outros assuntos.
Os resultados desta acção são obvios, um cada vez maior afastamento dos cidadãos dos centros de decisão, e um maior sentimento de que o nosso voto não conta para nada, e que no fundo todos os políticos são uns "malandros".
Como se pode calcular, este é daqueles temas que dariam para escrever rios de bytes

, mas vamos deixar essa discussão para outra altura.