Almecu escreveu:
Confirma-se, mais uma vez, e em todas as áreas da sociedade portuguesa, que somos um país de treinadores de bancada, todos temos opinião mesmo sem a formação miníma sobre a matéria.
Essa é a maravilha de se viver numa democracia, por isso existem foruns como este onde pessoas com e sem formação exprimem as suas ideias sobre os mercados financeiros.
Quanto à formação para entender a Lei:A LEI substantiva não pode ser tão complexa que o comum dos cidadãos não a entenda, caso contrário como se pode esperar que ele a cumpra?
Sim, quanto à lei processual naturalmente que será necessário alguma formação ou experiência para tentar perceber os trâmites de um processo crime como este.
Mas mesmo com toda a experiência e formação, só quem tem acesso a todo o processo poderá fazer um juízo de valor mais correcto sobre o que de facto se passa!
Uma vez que também se permitiu tecer a sua opinião sobre o caso concreto ( ao rir das opiniões alheias)qual é o seu caso? Faz parte do comum dos mortais que vai seguindo de uma forma atenta tudo aquilo que lhes passam pela comunicação Social, ou faz parte daquele grupo restrito que tem acesso ao processo e sabe mais do que todo nós? É que as opiniões aqui emitidas, foram proferidas por quem não está obrigado ao segredo de justiça...
Porém isso não invalida que depois de todo o espectáculo que todas as partes envolvidas montaram, a população não tenha uma opinião sobre o andamento da justiça- isso só demonstra que somos um país de pessoas atentas e não um monte de pessoas que ocupam um pequeno espaço no canto da Europa!
Não sei se o Arguido Ritto é ou não culpado, mas incomoda-me pensar na forma como se altera uma medida de coacção como a prisão preventiva (a qual é só a medida mais grave do nosso sistema) para duas medidas tão simples como : apresentação periodica e TIR !!! Aliás o TIR nem sequer devia ser mencionado já que é a medida minima aplicada a todo e qualquer arguido que é acusado.
Parece que não há meio termo... e contudo estamos a falar de crimes que nenhuma sociedade aceita ou tolera.
Por outro lado, no final de tudo isto, caso o Estado tenha cometido um erro, o arguido pode sempre valer-se disso, para apresentar pedido contra o Estado.
Repito, não sei quem são os culpados, acredito que a Justiça poderá funcionar em Portugal, mas percebo a desconfiança de todos perante um caso tão grave. E confesso, nenhuma das opiniões me diverte!!
beijinhos
didi