Liberalizar a demagogia
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Exacto, Incognitus !
Incognitus Escreveu:Os países onde a carga fiscal diminui são os países governados por ricos.
Num país governado por pobres que aspiram enriquecer, naturalmente isso não pode acontecer.

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bboniek99
Leio este senhor e penso: que mais se pode dizer ?
Incognitus Escreveu:Zé Povinho, achas que o Estado ia aliviar o fardo para os bolsos dos portugueses?
Ora, isso nunca acontecerá. Porque o estado não é uma entidade "per se", e sim um conjunto de pessoas, um organismo tão pouco altruísta como o resto da sociedade (senão menos).
Pedir para o estado ir menos aos bolsos dos portugueses é o mesmo que pedir para eles próprios, que o constituem, receberem menos.
Pensa lá quantos grupos de pessoas é que estão dispostos a pedir para eles próprios receberem menos.
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bboniek99
até agora ainda não ouvi nem li uma coisa muito importante:
É a Petrogal que refina as gasolinas e gasóleos das outras companhias. È um monopólio.
O mercado só funciona se houver um número suficiente de compradores e vendedores que possibilite a concorrência. Isto que temos é mais areia para os olhos dos portugueses.
Quanto mais a Petrogal cobrar pelos produtos mais o Estado ganha em impostos. Além do Imposto sobre produtos petrolíferos, o IVA e o IRC dos lucros chorudos da monopolista Petrogal, com certeza que dão jeito. E dão jeito também àqueles que lá têm tachos, que se preocupam demais com o que de lá tiram e pouco com melhorar a eficiência da empresa.
Já antes o preço era livre para baixo. Tinha era um limite superior, aliás ajustado aos casos em que intervêm monopolistas.
Como está, isto só serve para o desGoverno ir aumentando os impostos e ir atirando as culpas para os outros.
É a Petrogal que refina as gasolinas e gasóleos das outras companhias. È um monopólio.
O mercado só funciona se houver um número suficiente de compradores e vendedores que possibilite a concorrência. Isto que temos é mais areia para os olhos dos portugueses.
Quanto mais a Petrogal cobrar pelos produtos mais o Estado ganha em impostos. Além do Imposto sobre produtos petrolíferos, o IVA e o IRC dos lucros chorudos da monopolista Petrogal, com certeza que dão jeito. E dão jeito também àqueles que lá têm tachos, que se preocupam demais com o que de lá tiram e pouco com melhorar a eficiência da empresa.
Já antes o preço era livre para baixo. Tinha era um limite superior, aliás ajustado aos casos em que intervêm monopolistas.
Como está, isto só serve para o desGoverno ir aumentando os impostos e ir atirando as culpas para os outros.
TerraVerde
..................................
É preciso cuidar do meio ambiente!
terraverde00@ymail.com
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- Registado: 29/11/2002 18:49
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pedir que o Estado alivie o fardo, é o mínimo que se pode fazer a um governo que fez da redução dos impostos a sua grande promessa durante a campanha eleitoral e à custa do qual captou votos de muitos portugueses.
a facilidade com que o esqueceram só pode ter como resultado que os portugueses o não esqueçam na altura própria.
Incognitus - por mais que as tuas palavras sejam certas, não o devemos esquecer até porque há países onde a carga fiscal tem diminuido.
um abraço
a facilidade com que o esqueceram só pode ter como resultado que os portugueses o não esqueçam na altura própria.
Incognitus - por mais que as tuas palavras sejam certas, não o devemos esquecer até porque há países onde a carga fiscal tem diminuido.
um abraço
Zé Povinho, achas que o Estado ia aliviar o fardo para os bolsos dos portugueses?
Ora, isso nunca acontecerá. Porque o estado não é uma entidade "per se", e sim um conjunto de pessoas, um organismo tão pouco altruísta como o resto da sociedade (senão menos).
Pedir para o estado ir menos aos bolsos dos portugueses é o mesmo que pedir para eles próprios, que o constituem, receberem menos.
Pensa lá quantos grupos de pessoas é que estão dispostos a pedir para eles próprios receberem menos.
Ora, isso nunca acontecerá. Porque o estado não é uma entidade "per se", e sim um conjunto de pessoas, um organismo tão pouco altruísta como o resto da sociedade (senão menos).
Pedir para o estado ir menos aos bolsos dos portugueses é o mesmo que pedir para eles próprios, que o constituem, receberem menos.
Pensa lá quantos grupos de pessoas é que estão dispostos a pedir para eles próprios receberem menos.
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- Registado: 6/11/2002 19:27
o Estado pode e devia fazer alguma coisa na questão dos combustíveis
era baixar a carga de impostos que pagamos sempre que compramos combustíveis,
era aliviar o fardo que o Estado representa para o orçamento dos portugueses.
se este ou qualquer outro governo o conseguisse seria a melhor prenda que podia dar aos portugueses.
era baixar a carga de impostos que pagamos sempre que compramos combustíveis,
era aliviar o fardo que o Estado representa para o orçamento dos portugueses.
se este ou qualquer outro governo o conseguisse seria a melhor prenda que podia dar aos portugueses.
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sf@mediafin.pt
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Este país, às vezes, tem uma enorme piada. Andou, durante anos, a protestar contra a instrumentalização dos preços dos combustíveis. Agora fica chocado com as consequências da liberalização. Liberalizar, neste mercado, significa fixar o imposto e deixar o preço de venda ao público flutuar. Todos conhecem, mais ou menos, os factores que condicionam o custo das gasolinas: evolução do petróleo, taxa de câmbio do euro face ao dólar, cotação dos produtos refinados.
Este país, às vezes, tem uma enorme piada. Andou, durante anos, a protestar contra a instrumentalização dos preços dos combustíveis. Agora fica chocado com as consequências da liberalização.
Liberalizar, neste mercado, significa fixar o imposto e deixar o preço de venda ao público flutuar. Todos conhecem, mais ou menos, os factores que condicionam o custo das gasolinas: evolução do petróleo, taxa de câmbio do euro face ao dólar, cotação dos produtos refinados.
Ou seja, retirando a parte fiscal, que é efectivamente o maior ponderador na formação dos preços dos combustíveis em Portugal, a capacidade de manobra das autoridades nacionais tem, nesta matéria, o peso de uma insignificância.
Mas fala-se do assunto, a começar pela comunicação social, como se de um jogo de futebol se tratasse. Com ligeireza. E palpites. «Senhor primeiro-ministro, acha normal seis aumentos desde o início do ano»?
Ou, «como é possível que o gasóleo que a Galp vende em Espanha seja mais caro do que aquele que a mesma Galp vende em Portugal»? Não é desejável, nem é indiscutível. Mas sim, é normal e é possível.
É normal aumentos tão frequentes porque, ao contrário do que toda a gente pensou e escreveu, a «guerra rápida» no Iraque não provocou uma queda sustentada do crude. Pelo contrário. É possível que a Galp em Espanha pratique preços mais baixos, porque o peso do imposto também é inferior.
Aliás, Espanha tem as contas públicas equilibradas e nós não – e essa é uma forte razão para o imposto sobre os produtos petrolíferos não baixar. Mas, além da razão orçamental, há outras.
Há a ambiental – e Portugal criou este ano, finalmente, a ecotaxa. E há uma razão de princípio. A mesma que o anterior Governo e o anterior primeiro-ministro não souberam respeitar.
Acomodar, com redução de imposto, «minichoques» petrolíferos, como o que estamos a viver, significa uma transferência de rendimento dos contribuintes para as petrolíferas – mesmo que não seja sob a forma de subsídio, há sempre receita de que se abdica.
Carlos Tavares, que é bom economista, sabe que um país consumidor de petróleo fica, nestas circunstâncias, mais pobre em termos relativos. Pela simples razão, de que transfere riqueza para os países que produzem esta matéria-prima.
Carlos Tavares, que é um ministro suficiente, deu ontem um contributo importante para reabilitar a imagem dos políticos. Afirmou que não vai cair na tentação, na emenda fácil, em que corta no imposto para evitar jornalistas com perguntas cretinas ou outros protestos de cariz populista.
Significa, então, que o Estado nada deve fazer. É o mercado a funcionar, e pronto! Errado. Até o mercado precisa que o Estado o proteja.
E num sector que é representado por um ex-deputado do calibre do senhor Saleiro, é urgente ver se não há práticas concertadas entre as petrolíferas. Mas isso não é trabalho de ministro. É do regulador da concorrência. Faça favor, professor Abel Mateus...
negocios.pt
sf@mediafin.pt
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Este país, às vezes, tem uma enorme piada. Andou, durante anos, a protestar contra a instrumentalização dos preços dos combustíveis. Agora fica chocado com as consequências da liberalização. Liberalizar, neste mercado, significa fixar o imposto e deixar o preço de venda ao público flutuar. Todos conhecem, mais ou menos, os factores que condicionam o custo das gasolinas: evolução do petróleo, taxa de câmbio do euro face ao dólar, cotação dos produtos refinados.
Este país, às vezes, tem uma enorme piada. Andou, durante anos, a protestar contra a instrumentalização dos preços dos combustíveis. Agora fica chocado com as consequências da liberalização.
Liberalizar, neste mercado, significa fixar o imposto e deixar o preço de venda ao público flutuar. Todos conhecem, mais ou menos, os factores que condicionam o custo das gasolinas: evolução do petróleo, taxa de câmbio do euro face ao dólar, cotação dos produtos refinados.
Ou seja, retirando a parte fiscal, que é efectivamente o maior ponderador na formação dos preços dos combustíveis em Portugal, a capacidade de manobra das autoridades nacionais tem, nesta matéria, o peso de uma insignificância.
Mas fala-se do assunto, a começar pela comunicação social, como se de um jogo de futebol se tratasse. Com ligeireza. E palpites. «Senhor primeiro-ministro, acha normal seis aumentos desde o início do ano»?
Ou, «como é possível que o gasóleo que a Galp vende em Espanha seja mais caro do que aquele que a mesma Galp vende em Portugal»? Não é desejável, nem é indiscutível. Mas sim, é normal e é possível.
É normal aumentos tão frequentes porque, ao contrário do que toda a gente pensou e escreveu, a «guerra rápida» no Iraque não provocou uma queda sustentada do crude. Pelo contrário. É possível que a Galp em Espanha pratique preços mais baixos, porque o peso do imposto também é inferior.
Aliás, Espanha tem as contas públicas equilibradas e nós não – e essa é uma forte razão para o imposto sobre os produtos petrolíferos não baixar. Mas, além da razão orçamental, há outras.
Há a ambiental – e Portugal criou este ano, finalmente, a ecotaxa. E há uma razão de princípio. A mesma que o anterior Governo e o anterior primeiro-ministro não souberam respeitar.
Acomodar, com redução de imposto, «minichoques» petrolíferos, como o que estamos a viver, significa uma transferência de rendimento dos contribuintes para as petrolíferas – mesmo que não seja sob a forma de subsídio, há sempre receita de que se abdica.
Carlos Tavares, que é bom economista, sabe que um país consumidor de petróleo fica, nestas circunstâncias, mais pobre em termos relativos. Pela simples razão, de que transfere riqueza para os países que produzem esta matéria-prima.
Carlos Tavares, que é um ministro suficiente, deu ontem um contributo importante para reabilitar a imagem dos políticos. Afirmou que não vai cair na tentação, na emenda fácil, em que corta no imposto para evitar jornalistas com perguntas cretinas ou outros protestos de cariz populista.
Significa, então, que o Estado nada deve fazer. É o mercado a funcionar, e pronto! Errado. Até o mercado precisa que o Estado o proteja.
E num sector que é representado por um ex-deputado do calibre do senhor Saleiro, é urgente ver se não há práticas concertadas entre as petrolíferas. Mas isso não é trabalho de ministro. É do regulador da concorrência. Faça favor, professor Abel Mateus...
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