Petróleo sobe mais de 1% depois de explosão numa refinaria da BP no Texas
O petróleo subia mais de 1%, em Nova Iorque, depois de uma explosão, ocorrida numa refinaria da BP no Texas, ter aumentado as preocupações com a escassez de oferta no terceiro trimestre que é geralmente quando a procura aumenta. Também a gasolina atingiu, depois da explosão, o valor máximo de 18 anos pelas mesmas razões
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Ana Filipa Rego
arego@mediafin.pt
O petróleo subia mais de 1%, em Nova Iorque, depois de uma explosão, ocorrida numa refinaria da BP no Texas, ter aumentado as preocupações com a escassez de oferta no terceiro trimestre que é geralmente quando a procura aumenta. Também a gasolina atingiu, depois da explosão, o valor máximo de 18 anos pelas mesmas razões
O contrato do crude com entrega em Maio seguia a valorizar 1,19%, em Nova Iorque, para os 36,68 dólares. Em Londres o futuro do «brent», com entrega no mesmo mês, seguia a apreciar 1,08% para os 32,80 dólares.
A BP disse que a explosão atingiu uma unidade de gasolina na sua refinaria, que produz 470 mil barris por dia. A relações públicas da BP, Annie Smith, disse que estão a trabalhar para extinguir a explosão e que não sabem o que a provocou.
«Esta refinaria é uma grande fornecedora de gasolina», disse Kurt Barrow, consultor de petróleo e gás na Purvin & Gertz, em Singapura, citado pela Bloomberg.
Esta explosão surge depois de um alerta da investigação federal que dizia que a refinaria do Texas poderia ser atacada por terroristas. No entanto, o porta-voz da BP, Scott Dean, disse que «não temos razões para acreditar que isto foi qualquer espécie de ataque terrorista».
Crude em três meses
OPEP deve anunciar hoje corte na produção
O ganho de hoje no preço do combustível junta-se ao aumento de 2,3% de ontem, depois dos seis ministros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) terem dito que o grupo deveria prosseguir com a redução da produção para prevenir uma descida nos preços no segundo trimestre.
Os ministros da Arábia Saudita, Irão, Venezuela, Líbia, Qatar e Argélia disseram que a OPEP deverá reduzir as quotas de produção em um milhão de barris por dia.
«Mais petróleo agora iria criar um excesso de oferta no mercado e empurrar os preços para o colapso, algo que nós não queremos», afirmou ontem o ministro do petróleo da Arábia Saudita, Ali al-Naimi, aos jornalistas em Viena. «Atirar mais petróleo para o mercado seria destrutivo para toda a gente», acrescentou o mesmo responsável.
O ministro do petróleo da Argélia, Chakib Khelil, também em Viena, afirmou que o seu país irá reduzir a sua oferta em 10% no próximo mês. A Líbia e a Venezuela, através dos seus dois ministros, Fathi Hamed Bem Shatwan e Rafael Ramirez, respectivamente, também aprovam a redução.
Já o ministro do Qatar, Abdullah bin Hamad al-Attiyah afirmou desconhecer alguma proposta que não seja a de reduzir a produção, e o ministro iraniano, Bijan Namdar Zanganeh, defendeu que a OPEP deve efectuar os cortes de produção previstos.
Os 11 membros da OPEP encontram-se hoje, na capital austríaca, para rever o acordo, subscrito a 10 de Fevereiro último, que visa reduzir as suas cotas mundiais em um milhão de barris, a partir de 1 de Abril, amanhã, para 23,5 milhões de barris por dia. A OPEP produz um terço do petróleo consumido mundialmente.