Impresa e Média Capital
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Posso estar muito enganado, mas estou em crer que esta OPV é uma boa estratégia para "vender o buraco" em que se encontra. Os principais accionistas agarrarão no capital de todos os pequeninos, pôem-se a andar e farão investimentos de centenas de milhôes de euros noutras empresas "credíveis" e nunca ninguém voltará a ouvir falar deles (e eles com as centenas de milhões no bolso)... Depois de venderem. "eles que se desenrasquem agora..."
Pode ser que me engane... mas 3 anos consecutivos de prejuizos sem preverem que tão cedo não acabam...
JCS
Pode ser que me engane... mas 3 anos consecutivos de prejuizos sem preverem que tão cedo não acabam...

JCS
---Tudo o que for por mim escrito expressa apenas a minha opinião pessoal e não é uma recomendação de investimento de qualquer tipo---
https://twitter.com/JCSTrendTrading
"We can confidently predict yesterdays price. Everything else is unknown."
"Every trade is a test"
"Price is the aggregation of everyone's expectations"
"I don't define a good trade as a trade that makes money. I define a good trade as a trade where I did the right thing". (Trend Follower Kevin Bruce, $5000 to $100.000.000 in 25 years).
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Media Capital reforça finanças para ir à bolsa
in Diário de Notícias
2004-03-20 10:04
A Media Capital apresentava em Dezembro último capitais próprios negativos de 19,6 milhões de euros, situação considerada de falência técnica, e que levou a administração liderada por Miguel Paes do Amaral a propor e a realizar, em 19 de Fevereiro deste ano, um aumento de capital. Com esta operação os capitais próprios da Media Capital passaram automaticamente para uma situação positiva de 9,6 milhões de euros. A revelação é feita no prospecto que sustenta a Oferta Pública de Venda (OPV) combinada que arrancou esta semana na Euronext Lisboa. Com correcção, a Media Capital evita estrear-se na bolsa em situação de falência técnica.
A dispersão de cerca de 73% do capital em bolsa, e em silmultâneo um novo aumento de capital, permitirá à empresa proceder ao pagamento de dívidas e libertar meios financeiros para reforçar «actividade geral».
Após a operação, a administração diz-se «confiante de que quer as decisões já tomadas, quer aquelas que vai tomar, possibilitarão o aumento dos capitais próprios e resultados de exploração positivos, garantindo a continuidade das operações da empresa». Mas apesar do optimismo, os gestores afirmam que não podem assegurar que o grupo «não venha a registar resultados operacionais e líquidos negativos em futuros exercícios». O grupo Media Capital obteve resultados operacionais positivos em 2002 e 2003 e nos últimos três anos registou sempre prejuízos (26,4 milhões de euros em 2001, 6,0 milhões em 2002 e 43,5 milhões em 2003. A empresa nunca distribuiu dividendos e os gestores não prevêem pagar dividendos relativos ao exercício que está em curso.
Operação
A empresa vai vender ao público em geral 8,8 milhões de acções. Em simultâneo com a OPV vão decorrer mais duas operações: venda de 50 milhões de acções a investidores institucionais e um aumento de capital através da emissão de 23,3 milhões de acções [o reforço de capital resultará num encaixe financeiro líquido de 91,4 milhões de euros]. Feitas as contas, serão vendidas em bolsa 58,8 milhões de títulos, montante que poderá aumentar para 67,6 milhões de euros caso seja exercido o green-shoe. O free-float deverá situar-se entre 63,4 e 73%, dependendo do exercício do green-shoe. Cada acção será vendida a um preço mínimo de 4,25 euros e um valor máximo de 5,65 euros. Face a este intervalo, a Media Capital e os seus accionistas realizarão um encaixe bruto entre 250 e 332,2 milhões de euros (caso não seja exercido o green-shoe).
Corretores de mercado afirmaram ao DN que a empresa é «interessante», mas está muito dependente dos resultados da TVI e da evolução do mercado publicitário. «Parte substância da receita operacional do grupo depende das vendas de publicidade. Em 2003 essa fatia foi de 75%», referiu um operador. Quanto ao preço, a opinião geral dos corretores contactados é que a operação deverá ser colocada próximo do valor mínimo, porque comparativamente às congéneres internacionais está cara.
in Diário de Notícias
2004-03-20 10:04
A Media Capital apresentava em Dezembro último capitais próprios negativos de 19,6 milhões de euros, situação considerada de falência técnica, e que levou a administração liderada por Miguel Paes do Amaral a propor e a realizar, em 19 de Fevereiro deste ano, um aumento de capital. Com esta operação os capitais próprios da Media Capital passaram automaticamente para uma situação positiva de 9,6 milhões de euros. A revelação é feita no prospecto que sustenta a Oferta Pública de Venda (OPV) combinada que arrancou esta semana na Euronext Lisboa. Com correcção, a Media Capital evita estrear-se na bolsa em situação de falência técnica.
A dispersão de cerca de 73% do capital em bolsa, e em silmultâneo um novo aumento de capital, permitirá à empresa proceder ao pagamento de dívidas e libertar meios financeiros para reforçar «actividade geral».
Após a operação, a administração diz-se «confiante de que quer as decisões já tomadas, quer aquelas que vai tomar, possibilitarão o aumento dos capitais próprios e resultados de exploração positivos, garantindo a continuidade das operações da empresa». Mas apesar do optimismo, os gestores afirmam que não podem assegurar que o grupo «não venha a registar resultados operacionais e líquidos negativos em futuros exercícios». O grupo Media Capital obteve resultados operacionais positivos em 2002 e 2003 e nos últimos três anos registou sempre prejuízos (26,4 milhões de euros em 2001, 6,0 milhões em 2002 e 43,5 milhões em 2003. A empresa nunca distribuiu dividendos e os gestores não prevêem pagar dividendos relativos ao exercício que está em curso.
Operação
A empresa vai vender ao público em geral 8,8 milhões de acções. Em simultâneo com a OPV vão decorrer mais duas operações: venda de 50 milhões de acções a investidores institucionais e um aumento de capital através da emissão de 23,3 milhões de acções [o reforço de capital resultará num encaixe financeiro líquido de 91,4 milhões de euros]. Feitas as contas, serão vendidas em bolsa 58,8 milhões de títulos, montante que poderá aumentar para 67,6 milhões de euros caso seja exercido o green-shoe. O free-float deverá situar-se entre 63,4 e 73%, dependendo do exercício do green-shoe. Cada acção será vendida a um preço mínimo de 4,25 euros e um valor máximo de 5,65 euros. Face a este intervalo, a Media Capital e os seus accionistas realizarão um encaixe bruto entre 250 e 332,2 milhões de euros (caso não seja exercido o green-shoe).
Corretores de mercado afirmaram ao DN que a empresa é «interessante», mas está muito dependente dos resultados da TVI e da evolução do mercado publicitário. «Parte substância da receita operacional do grupo depende das vendas de publicidade. Em 2003 essa fatia foi de 75%», referiu um operador. Quanto ao preço, a opinião geral dos corretores contactados é que a operação deverá ser colocada próximo do valor mínimo, porque comparativamente às congéneres internacionais está cara.
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Basta abrir o iol.pt
um abraço
mcarvalho
mcarvalho
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Já estou a ouvir uma publicidade muito "luminosa" na rádio, e talvez brevemente na TV (TVI digamos)
Publicidade À Oferta Pública, blá blá, com uns palavreados enganatórios mas muito bonitos para incentiver o público a comprar acções (muitas) da Média Capital..
O PSI-20 tem dois meses de grandes subidas e as "grandes" empresas querem logo ir tirar dinheiro do bolso dos pequenos investidores..
Apenas digo que acho isto fantástico, é o que é...
Publicidade À Oferta Pública, blá blá, com uns palavreados enganatórios mas muito bonitos para incentiver o público a comprar acções (muitas) da Média Capital..
O PSI-20 tem dois meses de grandes subidas e as "grandes" empresas querem logo ir tirar dinheiro do bolso dos pequenos investidores..
Apenas digo que acho isto fantástico, é o que é...

Impresa e Média Capital
in Público
2004-03-22 07:55
A perda do controlo pelos actuais accionistas, com a dispersão em bolsa de até 73% do capital, torna a «dona» da TVI um alvo fácil de OPA e é interpretada com um sinal de falta de confiança no futuro da empresa.
A estreia da Media Capital em bolsa, já no próximo dia 30 de Março, com uma dispersão de até quase 75% do capital, é uma operação inédita no mercado português e torna a empresa liderada por Miguel Paes do Amaral num alvo fácil para uma oferta pública de aquisição (OPA).
Tem provocado alguma estranheza no mercado o facto dos accionistas da Media Capital não só terem decidido colocar em bolsa entre 63,49 e 73,02% do capital (mais do que é habitual), como aparentemente não estarem disponíveis para acompanhar o aumento de capital - de 5.737.500 para 7.505.095 euros - e dois deles se prepararem mesmo para sair da empresa. Decisões que correm o risco de ser interpretadas como um sinal de que os actuais accionistas da Media Capital não acreditam no futuro do grupo e aproveitam a entrada em bolsa, numa altura de recuperação dos mercados, para sair da empresa, admitem alguns analistas, lembrando que habitualmente as empresas dispersam nas ofertas públicas iniciais entre 20 e 40% do seu capital.
Ao abdicar do controlo da empresa, afirmam os mesmos analistas, os accionistas deixam a Media Capital muito vulnerável a uma OPA. E poderá haver potenciais interessados na empresa, nomeadamente os espanhóis da Antena 3, a Tele 5 ou até alguma instituição portuguesa, como a Portugal Telecom (PT), acrescentam. Mas os analistas lembram também que a elevada dispersão de capital e o facto da empresa poder ser um alvo interessante de OPA a torna mais atractiva para os investidores, especialmente do ponto de vista especulativo.
De acordo com o prospecto da operação, os accionistas HMTF Madeira Cayman e Valores Bavaria, actualmente com 55,3% do capital, poderão deter no final da oferta (caso seja exercida a opção de greenshoe, para a qual está reservado 10% do capital) apenas 1,45% do capital. É já certo que a Valores Bavaria, do grupo colombiano Santo Domingo, vai sair completamente da empresa em ambos os cenários: com ou sem greenshoe. Miguel Paes Amaral, accionista de referência da Media Capital, também verá a sua participação reduzida substancialmente: de 23,24 para 13,97%.
Toda a TVI
O intervalo de preços apontado para oferta pública de venda (OPV) e a oferta institucional entre os 4,25 e 5,65 euros - que permitirá um encaixe máximo próximo dos 330 milhões de euros (caso seja colocada toda a oferta no intervalo de preços superior) - tem sido considerado elevado pelo mercado, designadamente porque a empresa deu prejuízo, pelo menos, nos últimos três anos, e deverá manter-se nesta situação em 2004, apesar de haver perspectivas de recuperação do mercado publicitário. A merecer o reparo negativo de observadores do negócio está ainda o facto de não ter sido apresentado no prospecto de dispersão do capital pelos accionistas da Media Capital um projecto sustentado de crescimento futuro que justifique claramente o recurso ao financiamento em bolsa.
A entrada em bolsa da Media Capital pode ser interpretada, admitem, como processo de reestruturação do passivo da empresa, já que antes da estreia no mercado será feito um aumento de capital, onde os accionistas Vértix (Paes do Amaral e Nicolas Berggruen) e Hércules Enterprises (grupo Valores Bavaria) transformarão créditos - no montante de máximo de 329,7 mil euros - em capital. O restante aumento de capital, na ordem dos 2,117 milhões de euros, será subscrito pelo Credit Suisse First Boston (CSFB) e o Banco Espírito Santo (BES), que posteriormente o irão colocar no mercado.
A grande vantagem da Media Capital face ao concorrente em mercado de capitais, a Impresa, afirmam os analistas, é que a sociedade de Paes do Amaral controla 100% da TVI, e a de Pinto Balsemão detém apenas 51% da SIC. Isto apesar da SIC - com presença forte no cabo - estar avaliada em mais de 400 milhões de euros, sensivelmente o valor global de todo o Grupo Media Capital. Em termos de facturação as duas empresas estão equiparadas.
2004-03-22 07:55
A perda do controlo pelos actuais accionistas, com a dispersão em bolsa de até 73% do capital, torna a «dona» da TVI um alvo fácil de OPA e é interpretada com um sinal de falta de confiança no futuro da empresa.
A estreia da Media Capital em bolsa, já no próximo dia 30 de Março, com uma dispersão de até quase 75% do capital, é uma operação inédita no mercado português e torna a empresa liderada por Miguel Paes do Amaral num alvo fácil para uma oferta pública de aquisição (OPA).
Tem provocado alguma estranheza no mercado o facto dos accionistas da Media Capital não só terem decidido colocar em bolsa entre 63,49 e 73,02% do capital (mais do que é habitual), como aparentemente não estarem disponíveis para acompanhar o aumento de capital - de 5.737.500 para 7.505.095 euros - e dois deles se prepararem mesmo para sair da empresa. Decisões que correm o risco de ser interpretadas como um sinal de que os actuais accionistas da Media Capital não acreditam no futuro do grupo e aproveitam a entrada em bolsa, numa altura de recuperação dos mercados, para sair da empresa, admitem alguns analistas, lembrando que habitualmente as empresas dispersam nas ofertas públicas iniciais entre 20 e 40% do seu capital.
Ao abdicar do controlo da empresa, afirmam os mesmos analistas, os accionistas deixam a Media Capital muito vulnerável a uma OPA. E poderá haver potenciais interessados na empresa, nomeadamente os espanhóis da Antena 3, a Tele 5 ou até alguma instituição portuguesa, como a Portugal Telecom (PT), acrescentam. Mas os analistas lembram também que a elevada dispersão de capital e o facto da empresa poder ser um alvo interessante de OPA a torna mais atractiva para os investidores, especialmente do ponto de vista especulativo.
De acordo com o prospecto da operação, os accionistas HMTF Madeira Cayman e Valores Bavaria, actualmente com 55,3% do capital, poderão deter no final da oferta (caso seja exercida a opção de greenshoe, para a qual está reservado 10% do capital) apenas 1,45% do capital. É já certo que a Valores Bavaria, do grupo colombiano Santo Domingo, vai sair completamente da empresa em ambos os cenários: com ou sem greenshoe. Miguel Paes Amaral, accionista de referência da Media Capital, também verá a sua participação reduzida substancialmente: de 23,24 para 13,97%.
Toda a TVI
O intervalo de preços apontado para oferta pública de venda (OPV) e a oferta institucional entre os 4,25 e 5,65 euros - que permitirá um encaixe máximo próximo dos 330 milhões de euros (caso seja colocada toda a oferta no intervalo de preços superior) - tem sido considerado elevado pelo mercado, designadamente porque a empresa deu prejuízo, pelo menos, nos últimos três anos, e deverá manter-se nesta situação em 2004, apesar de haver perspectivas de recuperação do mercado publicitário. A merecer o reparo negativo de observadores do negócio está ainda o facto de não ter sido apresentado no prospecto de dispersão do capital pelos accionistas da Media Capital um projecto sustentado de crescimento futuro que justifique claramente o recurso ao financiamento em bolsa.
A entrada em bolsa da Media Capital pode ser interpretada, admitem, como processo de reestruturação do passivo da empresa, já que antes da estreia no mercado será feito um aumento de capital, onde os accionistas Vértix (Paes do Amaral e Nicolas Berggruen) e Hércules Enterprises (grupo Valores Bavaria) transformarão créditos - no montante de máximo de 329,7 mil euros - em capital. O restante aumento de capital, na ordem dos 2,117 milhões de euros, será subscrito pelo Credit Suisse First Boston (CSFB) e o Banco Espírito Santo (BES), que posteriormente o irão colocar no mercado.
A grande vantagem da Media Capital face ao concorrente em mercado de capitais, a Impresa, afirmam os analistas, é que a sociedade de Paes do Amaral controla 100% da TVI, e a de Pinto Balsemão detém apenas 51% da SIC. Isto apesar da SIC - com presença forte no cabo - estar avaliada em mais de 400 milhões de euros, sensivelmente o valor global de todo o Grupo Media Capital. Em termos de facturação as duas empresas estão equiparadas.
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