O sol já brilha na bolsa nacional
rd@mediafin.pt
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A confiança está de volta à bolsa nacional. Apesar de uma crise que ainda não consegue tirar o cidadão anónimo do registo de que a “coisa está preta”. Só agora, dois anos volvidos, é que os consumidores sentem na pele a dor do discurso da “tanga” de Durão.
A confiança está de volta à bolsa nacional. Apesar de uma crise que ainda não consegue tirar o cidadão anónimo do registo de que a “coisa está preta”. Só agora, dois anos volvidos, é que os consumidores sentem na pele a dor do discurso da “tanga” de Durão.
Isto quando o primeiro-ministro já anda a pregar uma retoma para um futuro próximo que tarda em chegar. Política à parte, investidores e emitentes não olham para trás nem se entretêm em exercícios de distribuição de culpas sobre o que correu mal na euforia do anos 90.
O mercado não deixa. É demasiado rápido e voraz para lamentações. A única coisa que se pode distribuir no mercado são dividendos. Tão simples quanto isso. E esses, mesmo que atrasados, vão chegar aos bolsos dos mais pacientes.
É isso que o PSI-20 nos tem estado a dizer, ao acumular, este ano, uma subida igual à de 2003 inteiro. Valorizou 15% em menos de três meses, tornando o segmento accionista muito mais atractivo. As empresas já começaram a perceber isso.
Jerónimo Martins, ParaRede, Media Capital ou Air Luxor voltam-se agora para o mercado para se financiarem. Apesar de alguns encaixes servirem ainda para cobrir perdas, outros preparam já o crescimento.
Os investidores, por seu lado, estão receptivos: os cortes nas empresas estão feitos, os depósitos recusam-se a remunerar, as privatizações estão de volta e as fusões acenam no horizonte.
Abraçam, por isso, anúncios de aumento de capital como uma oportunidade de rentabilidade acrescida quando antes viam um bicho papão que deteriora o retorno dos investimentos. Não é por acaso que as cotações têm-se fixado acima do ajuste teórico implícito a uma maior emissão de acções por parte das empresa.
Se for verdade que o mercado accionista anda seis meses à frente da “economia real” é porque a “tempestade” chegou ao fim. O sol brilha. Mesmo ali à frente
negocios.pt