Publicado 19 Março 2004
Allianz diz que nova estratégia nas participadas não significa reduzir no BPI
A Allianz anunciou ontem uma estratégia de redução de posições em companhias participadas para cerca de 5%, mas isso não significa que venha a descer a posição no Banco BPI de 8,9% para 5%, disse ao Canal de Negócios fonte oficial da seguradora alemã.
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Nuno Carregueiro
nc@mediafin.pt
A Allianz anunciou ontem uma estratégia de redução de posições em companhias participadas para cerca de 5%, mas isso não significa que venha a descer a posição no Banco BPI de 8,9% para 5%, disse ao Canal de Negócios fonte oficial da seguradora alemã.
A estratégia da Allianz, maior seguradora da Europa, é de «optimizar o portfolio de participações», mas «não quer isso dizer que vamos reduzir a nossa posição em Portugal», onde controla 8,9% do BPI.
A mesma fonte oficial, recusando-se a adiantar a estratégia individualizada para cada uma das empresas participadas, explicou ao Canal de Negócios (
www.negocios.pt) que nenhuma operação está eminente e que os 5% referidos pela administração da empresa, na apresentação de resultados de ontem, são um valor indicativo.
Segundo uma fonte contactada pela Revista Prémio a posição detida no BPI não será reduzida nem reforçada, pois «a Allianz está satisfeita com a parceria e posição detida no BPI».
«Em regra geral queremos limitar as participações do nosso portfolio para posições em redor dos 5%», disse ontem Paul Achleitner, CFO da seguradora. No Banco BPI [Cot] a Allianz tinha uma participação de 8,9%, avaliada em 189 milhões de euros, de acordo com o Relatório e Contas da seguradora alemã.
A Allianz quer reduzir a sua exposição em participadas, pois o valor das suas posições em várias empresas ascendia a 26,7 mil milhões de euros no final do ano passado, menos que os 45,8 mil milhões de euros do final de 2002.
Comentando as intenções da Allianz a Espírito Santo Research diz que este anúncio pode aumentar a especulação que a empresa se prepara para vender toda a sua posição no BPI, mas alerta que «que a Allianz e o BPI são parceiros nos seguros em Portugal».
O banco de investimento do BES acredita assim que a companhia alemã poderá optar por vender 3,9% do BPI a um dos actuais accionistas da instituição liderada por Artur Santos Silva, como espanhol La Caixa, ou o brasileiro Itaú.
Cada um destes dois bancos controla cerca de 15% do capital do Banco BPI.
As acções do Banco BPI seguiam a subir 0,32% para os 3,13 euros, depois de ontem terem fechado a descer 2,19%.
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