Como apoia a Banca nacional os novos projectos empresariais?
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Só mais uma achega em relação ao Capital de Risco. Recentemente foi posto em marcha o programa NEST. É um programa que visa fundamentalmente reduzir as barreiras no acesso ao crédito uma vez que o Estado assume o risco de até 80% do motante concedido.
Sendo assim há uma redução brutal do risco associado aos empréstimos o que permite o acesso aos mesmos por parte de identidades que dificilmente o conseguiriam noutras condições.
Um abraço e bons negócios,
Manuel
Sendo assim há uma redução brutal do risco associado aos empréstimos o que permite o acesso aos mesmos por parte de identidades que dificilmente o conseguiriam noutras condições.
Um abraço e bons negócios,
Manuel
O meu agradecimento sincero e sentido a todos os amigos que me responderam posteriormente à minha última intervenção.
- À amiga Patinhas e aos amigos FT, Djovarius e JCS:
O hedge-fund alavancado é o meu grande projecto do futuro. Infelizmente a nossa legislação não permite a sua existência às claras. A forma de o integrar numa empresa vocacionada para o investimento foi na óptica dos asccionistas da SGPS a tentativa de juntar o útil ao agradável.
Mas talvez tenham razão, os avaliadores de projectos da Banca talvez achem tudo isto muito utópico e uma tentativa de juntar uma rentabilidade de baixo risco com outra de alto risco.
Prefeririam talvez o negócio isolado dos dividendos da Clínica, uma visão de horizontes curtos! É a eterna história da garrafa meio cheia e meio vazia, nada a fazer...
- Ao amigo D1as:
Já respondi por MP.
A todos mais uma vez o meu grande obrigado e boa sorte também para vocês todos.
Cem
- À amiga Patinhas e aos amigos FT, Djovarius e JCS:
O hedge-fund alavancado é o meu grande projecto do futuro. Infelizmente a nossa legislação não permite a sua existência às claras. A forma de o integrar numa empresa vocacionada para o investimento foi na óptica dos asccionistas da SGPS a tentativa de juntar o útil ao agradável.
Mas talvez tenham razão, os avaliadores de projectos da Banca talvez achem tudo isto muito utópico e uma tentativa de juntar uma rentabilidade de baixo risco com outra de alto risco.
Prefeririam talvez o negócio isolado dos dividendos da Clínica, uma visão de horizontes curtos! É a eterna história da garrafa meio cheia e meio vazia, nada a fazer...
- Ao amigo D1as:
Já respondi por MP.
A todos mais uma vez o meu grande obrigado e boa sorte também para vocês todos.
Cem
- Mensagens: 715
- Registado: 18/4/2003 1:58
Não desista do sonho.
Infelizmente em alguns casos é bem verdade o "desapoio" aos projectos que por vezes em termos de lucratividade fazem inveja a muitas empresas cotadas (veja-se a PAD e outras). Bem sei os anos que tive de "penar" sozinho no duro para há umas décadas atrás conseguir comprar o meu primeiro "lotezinho" para uma moradiazita.
Sem apoio de ninguém comprei-o após uns bons anos a viver bem apertado e sem desperdiçar um unico centavo (na altura), no sonho de um dia me tornar "grande".
Hoje olho para trás e vejo que valeu bem a pena.
Aqueles anos de contenção foram dos últimos que tive (uns anos excelentes outros por vezes nem por isso) e hoje posso-me considerar uma das poucas pessoas tem o previlegio de acordar de manhã para fazer o que gosta, o que quer e o que lhe dá prazer.
Nada dá mais prazer profissionalmente que fazer crescer uma empresa própria (é quase como se fosse um filho).
Por isso te digo Cem, não esqueças o sonho e se não a conseguires cotar cá, dispersa-a em Espanha, França, Inglaterra.... (A Superfute do José Veiga é que teve juizo)
. Apresenta o projecto a outros grupos financeiros estrangeiros. É preciso é força de vontade.
Cumprimentos
JCS
Sem apoio de ninguém comprei-o após uns bons anos a viver bem apertado e sem desperdiçar um unico centavo (na altura), no sonho de um dia me tornar "grande".
Hoje olho para trás e vejo que valeu bem a pena.
Aqueles anos de contenção foram dos últimos que tive (uns anos excelentes outros por vezes nem por isso) e hoje posso-me considerar uma das poucas pessoas tem o previlegio de acordar de manhã para fazer o que gosta, o que quer e o que lhe dá prazer.
Nada dá mais prazer profissionalmente que fazer crescer uma empresa própria (é quase como se fosse um filho).
Por isso te digo Cem, não esqueças o sonho e se não a conseguires cotar cá, dispersa-a em Espanha, França, Inglaterra.... (A Superfute do José Veiga é que teve juizo)

Cumprimentos
JCS
---Tudo o que for por mim escrito expressa apenas a minha opinião pessoal e não é uma recomendação de investimento de qualquer tipo---
https://twitter.com/JCSTrendTrading
"We can confidently predict yesterdays price. Everything else is unknown."
"Every trade is a test"
"Price is the aggregation of everyone's expectations"
"I don't define a good trade as a trade that makes money. I define a good trade as a trade where I did the right thing". (Trend Follower Kevin Bruce, $5000 to $100.000.000 in 25 years).
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Cem, compartilho essa tristeza e é absolutamente verdade.
A desilusão portuguesa é essa - não se pode sonhar, nem alto nem baixo.
Não se pode ser pobre ou rico - o sonho, o projecto, seja o que for, não vê a luz do dia.
Ainda assim concordo que esse hedge fund foi um calcanhar de Aquiles na avaliação do Projecto. Para os modelos conservadores, 25% não oferecem credibilidade ao plano de intenções. Para quem anda neste meio, sabe que tal coisa não é um absurdo. Mas quem segue regras "by the book" é quase uma heresia.
Um abraço
dj
A desilusão portuguesa é essa - não se pode sonhar, nem alto nem baixo.
Não se pode ser pobre ou rico - o sonho, o projecto, seja o que for, não vê a luz do dia.
Ainda assim concordo que esse hedge fund foi um calcanhar de Aquiles na avaliação do Projecto. Para os modelos conservadores, 25% não oferecem credibilidade ao plano de intenções. Para quem anda neste meio, sabe que tal coisa não é um absurdo. Mas quem segue regras "by the book" é quase uma heresia.
Um abraço
dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Cem, conheço de forma genérica a refeferência que fazes ao Estado da Califórnia. Não só os EUA são normalmente apontados como um "caso à parte" como, dentro destes, a Califórnia é usualmente tida como o "supra sumo". Não admira portanto que saiamos muito mal na comparação...
Mas a verdade é que, quando participo em seminários internacionais sobre o tema do financiamento do empreendedorismo, os diagnósticos e as queixas apresentadas do lado de lá do Atlântico são afinal incrivelmente paracidas com aquelas a que estamos habituados deste lado...
A maioria das vezes as decisões de estudar ou não um projecto e, depois, de considerar ou não seriamente a hipótese de no mesmo investir são tomadas com base em "primeiras impressões". Os aspectos relacionais e comunicacionais são assim absolutamente determinantes na abordagem ao problema, muito mais ou, pelo menos, muito antes de os fundamentais do projecto poderem vir a fazer valer os seus argumentos.
Esta questão da abordagem à obtenção de parceiros (financeiros ou outros) tem muito que se lhe diga e seria, por si só, um bom objecto para um fórum...
Um abraço e... não desistas nunca daquilo em que acreditas!
FT
Mas a verdade é que, quando participo em seminários internacionais sobre o tema do financiamento do empreendedorismo, os diagnósticos e as queixas apresentadas do lado de lá do Atlântico são afinal incrivelmente paracidas com aquelas a que estamos habituados deste lado...
A maioria das vezes as decisões de estudar ou não um projecto e, depois, de considerar ou não seriamente a hipótese de no mesmo investir são tomadas com base em "primeiras impressões". Os aspectos relacionais e comunicacionais são assim absolutamente determinantes na abordagem ao problema, muito mais ou, pelo menos, muito antes de os fundamentais do projecto poderem vir a fazer valer os seus argumentos.
Esta questão da abordagem à obtenção de parceiros (financeiros ou outros) tem muito que se lhe diga e seria, por si só, um bom objecto para um fórum...
Um abraço e... não desistas nunca daquilo em que acreditas!
FT
"Existo, logo penso" - António Damásio, "O Erro de Descartes"
Cem, sendo eu uma total ignorante nessas coisas, pergunto-me e pergunto-te a ti se da perspectiva do banco o projecto não teria mais aceitação e não fosse mais facilmente aceite se fosse apresentado como um projecto de criação de um hedge fund, com o aval e apoio de uma clinica... Não foi uma hipotese que tivesses considerado?
Tendo a concordar com o Flying e contigo que terá sido a parte de uma clinica a fazer hedge funds que terá deixado os bancos pouco confortáveis. Em portugal um hedge fund já é uma coisa fora do comum, quanto mais uma clinica a criar um hedge fund.
Tendo a concordar com o Flying e contigo que terá sido a parte de uma clinica a fazer hedge funds que terá deixado os bancos pouco confortáveis. Em portugal um hedge fund já é uma coisa fora do comum, quanto mais uma clinica a criar um hedge fund.
Caro Zé Povinho:
Obrigado pela mensagem, de facto somos muito pequeninos, agora começo a perceber a história dos aumentos de capital permanentes dos Bancos em geral, e do BCP em particular. Tomara eles arranjar dinheiro para cumprir os seus rácios de solvabilidade e solidez financeira, quando vêm pedir a massa de reforço ao público sempre com falinhas mansas, quanto mais emprestar o que não têm às empresas!
Um abraço,
Cem
Obrigado pela mensagem, de facto somos muito pequeninos, agora começo a perceber a história dos aumentos de capital permanentes dos Bancos em geral, e do BCP em particular. Tomara eles arranjar dinheiro para cumprir os seus rácios de solvabilidade e solidez financeira, quando vêm pedir a massa de reforço ao público sempre com falinhas mansas, quanto mais emprestar o que não têm às empresas!
Um abraço,
Cem
- Mensagens: 715
- Registado: 18/4/2003 1:58
Agradecido ao Manuel e FT pelas respostas.
Depois de escrever o que escrevi confesso que depois me arrependi, afinal isto é um forum público e eu não tinha nada que vir para aqui contar factos concretos de carácter pessoal. Mas o que querem, aquilo saiu tipo desabafo e já não pude voltar atrás!
- Ao Manuel:
Obrigado pela sugestão, os fundos de garantia pública apoiam de facto pequenas e médias empresas embora numa perspectiva que não se enquadra numa óptica de capital de risco assumido numa fase inicial e transitória. Também andámos a ver a hipótese de consulta de sociedades de Capital de Risco mas a conclusão a que chegámos é que estavam todas controladas pela Banca; tomara eles ter retorno dos investimentos feitos até ao presente dentro dos parâmetros iniciais estabelecidos, quanto mais disponibilizar capitais frescos que não existem...
De qualquer maneira fico-lhe muito grato pela sugestão.
- Ao FT:
Sobre a comparação de abertura de oportunidades de apoio da Banca a novos projectos conheço um case-study interessante que é o caso do Estado da Califórnia. Ali existe uma competição feroz entre mais de 3000(!) Bancos e Fundos de Capital de Risco, grandes e pequenos, que se guerreiam de forma surda e super-competitiva para oferecer as condições mais aliciantes possíveis aos novos empresários que desejem lançar os seus projectos, falo de business plans sérios e bem fundamentados como é evidente. Pois a estatística no Estado da California aponta para a criação semanal de mais de 800 novas empresas e para a entrada para a Bolsa de uma média semanal de 6 empresas, mais de metade delas para o Nasdaq!
E falamos de um simples Estado que embora tenha estado em crise, devido à gestão ruoinosa do Govrnador que antecedeu o Schwarznegger, por si só possui um PIB de cerca de 30 vezes superior a Portugal. Mesmo que divida tudo por 30 não sei onde vou obter em Portugal a entrada para a Bolsa de 1 empresa por mês!
Enfim, se calhar também fui procurar um exemplo comparativo que não se aplica ao terceiro mundo...
Olha, eu já estou conformado e agora só tenho de olhar para a frente noutra perspectiva, mais realista, claro, vou ter de lá chegar pelos meus próprios meios e sem a ajuda de ninguém. Pode demorar é uns bons anos, mas isso é outra história!
Um abraço amigo e obrigado pela atenção demonstrada,
Cem
Depois de escrever o que escrevi confesso que depois me arrependi, afinal isto é um forum público e eu não tinha nada que vir para aqui contar factos concretos de carácter pessoal. Mas o que querem, aquilo saiu tipo desabafo e já não pude voltar atrás!
- Ao Manuel:
Obrigado pela sugestão, os fundos de garantia pública apoiam de facto pequenas e médias empresas embora numa perspectiva que não se enquadra numa óptica de capital de risco assumido numa fase inicial e transitória. Também andámos a ver a hipótese de consulta de sociedades de Capital de Risco mas a conclusão a que chegámos é que estavam todas controladas pela Banca; tomara eles ter retorno dos investimentos feitos até ao presente dentro dos parâmetros iniciais estabelecidos, quanto mais disponibilizar capitais frescos que não existem...
De qualquer maneira fico-lhe muito grato pela sugestão.
- Ao FT:
Sobre a comparação de abertura de oportunidades de apoio da Banca a novos projectos conheço um case-study interessante que é o caso do Estado da Califórnia. Ali existe uma competição feroz entre mais de 3000(!) Bancos e Fundos de Capital de Risco, grandes e pequenos, que se guerreiam de forma surda e super-competitiva para oferecer as condições mais aliciantes possíveis aos novos empresários que desejem lançar os seus projectos, falo de business plans sérios e bem fundamentados como é evidente. Pois a estatística no Estado da California aponta para a criação semanal de mais de 800 novas empresas e para a entrada para a Bolsa de uma média semanal de 6 empresas, mais de metade delas para o Nasdaq!
E falamos de um simples Estado que embora tenha estado em crise, devido à gestão ruoinosa do Govrnador que antecedeu o Schwarznegger, por si só possui um PIB de cerca de 30 vezes superior a Portugal. Mesmo que divida tudo por 30 não sei onde vou obter em Portugal a entrada para a Bolsa de 1 empresa por mês!
Enfim, se calhar também fui procurar um exemplo comparativo que não se aplica ao terceiro mundo...
Olha, eu já estou conformado e agora só tenho de olhar para a frente noutra perspectiva, mais realista, claro, vou ter de lá chegar pelos meus próprios meios e sem a ajuda de ninguém. Pode demorar é uns bons anos, mas isso é outra história!
Um abraço amigo e obrigado pela atenção demonstrada,
Cem
- Mensagens: 715
- Registado: 18/4/2003 1:58
tive há uns 3 anos um caso parecido, no meu caso não tinha aver com entrada em bolsa, era simplesmente um projecto de crescimento para o qual era necessário algum capital extra, e que a empresa não tinha.
foi mostrado tudo o que nos foi pedido, e devo adiantar que a empresa tinha na altura 22 anos e em todos os exercícios obteve lucros.
ainda hoje estamos à espera da resposta do banco contactado, que foi aquele com que a empresa mais trabalhava.
é à portuga.
foi mostrado tudo o que nos foi pedido, e devo adiantar que a empresa tinha na altura 22 anos e em todos os exercícios obteve lucros.
ainda hoje estamos à espera da resposta do banco contactado, que foi aquele com que a empresa mais trabalhava.
é à portuga.
Olá Cem
A percepção do risco é uma coisa muito complicada e, pelo pouco que naturalmente aqui contas, tendo a compreender a posição dos Bancos Portugueses que, creio poder dizê-lo, não são melhores nem piores do que os restantes na análise de investimentos.
Estou mesmo em crer que o principal problema na análise de investimento para os Bancos foi precisamente o hedge fund. Para eles isso é um investimento puramente especulativo, não gerador de riqueza, e como tal não enquadrável na sua perspectiva de investimento ou de alocação de fundos. Dificilmente um Director pode justificar esse tipo de investimento perante um Conselho de Administração, e muito menos este perante uma Assembleia de Accionistas.
Quem sabe a abordagem não terá sido a ideal e/ou os interlocutores os mais adequados?
Posso ainda afirmar que em Portugal, como no resto da Europa e do Mundo, apenas uma pequena minoria de projectos empresariais consegue captar investimento externo numa fase inicial. Mesmo aparentemente bons projectos muitas vezes não atingem tal objectivo também. Há muita coisa mal em Portugal neste domínio, mas o panorama externo não é assim tão diferente...
Eu não sou investidor nem estou ligado a qualquer Banco ou Investidor. Mas se quiseres podemos conversar sobre esse assunto, talvez possa ajudar-te a analisar a situação mais desapaixonadamente. Se quiseres manda-me uma mp.
Um abraço
FT
A percepção do risco é uma coisa muito complicada e, pelo pouco que naturalmente aqui contas, tendo a compreender a posição dos Bancos Portugueses que, creio poder dizê-lo, não são melhores nem piores do que os restantes na análise de investimentos.
Estou mesmo em crer que o principal problema na análise de investimento para os Bancos foi precisamente o hedge fund. Para eles isso é um investimento puramente especulativo, não gerador de riqueza, e como tal não enquadrável na sua perspectiva de investimento ou de alocação de fundos. Dificilmente um Director pode justificar esse tipo de investimento perante um Conselho de Administração, e muito menos este perante uma Assembleia de Accionistas.
Quem sabe a abordagem não terá sido a ideal e/ou os interlocutores os mais adequados?
Posso ainda afirmar que em Portugal, como no resto da Europa e do Mundo, apenas uma pequena minoria de projectos empresariais consegue captar investimento externo numa fase inicial. Mesmo aparentemente bons projectos muitas vezes não atingem tal objectivo também. Há muita coisa mal em Portugal neste domínio, mas o panorama externo não é assim tão diferente...
Eu não sou investidor nem estou ligado a qualquer Banco ou Investidor. Mas se quiseres podemos conversar sobre esse assunto, talvez possa ajudar-te a analisar a situação mais desapaixonadamente. Se quiseres manda-me uma mp.
Um abraço
FT
"Existo, logo penso" - António Damásio, "O Erro de Descartes"
Caro Cem,
Será que uma empresa de garantia mutua pode ajudar a facilitar o acesso?
www.lisgarante.pt
www.garantiamutua.com
Um abraço,
Manuel
Será que uma empresa de garantia mutua pode ajudar a facilitar o acesso?
www.lisgarante.pt
www.garantiamutua.com
Um abraço,
Manuel
Como apoia a Banca nacional os novos projectos empresariais?
Este tópico é de certo modo um desabafo amargurado mas ao mesmo tempo conformado, afinal somos o País que somos e resta-me reconhecer que para se conseguir algo de positivo e sonhador jamais poderemos utilizar argumentos de inovação e competência, a realidade nua e crua rapidamente nos faz compreender que os compadrios e determinados "interesses" falam mais alto...
Conto em poucas palavras uma pequena história real que se passou recentemente comigo:
1) Juntamente com um grupo de quase 20 médicos especialistas que trabalham numa Clínica privada na linha do Estoril comprámos, uns com mais e outros com menos, as acções dos anteriores Accionistas maioritários, um casal de suecos que decidiu deixar Portugal.
2) Para o efeito montou-se uma Sociedade SGPS cujos activos eram constituídos pelas acções da Clínica que foram compradas, cujo valor de compra excedeu a quantia de 1 milhão de Euros e que constitui ao mesmo tempo o valor do capital social registado para a nova empresa de participações sociais.
3) O sector da saúde é deveras prometedor e de risco limitado, felizmente ou infelizmente, depende da perspectiva, há e haverá sempre pacientes / clientes. No ano terminado em 2003 ainda não havia nenhuma empresa do sector da Saúde cotada em Bolsa e a Clínica privada garantiu com resultados auditados por ROC um lucro com uma rentabilidade muito interessante ( revertendo grande parte desses lucros para a SGPS através da distribuição de dividendos), pelo que o grupo dos Accionistas da SGPS que controlava a Clínica resolveu que seria uma boa ideia criar um núcleo embrionário de um novo grupo destinado a investir no sector da Saúde. Como estratégia decorrente desse objectivo procurou cotar a Sociedade criada em Bolsa, tendo decidido que para tal iria condicionar essa entrada no Mercado não regulamentado PEX, numa primeira fase, a uma operação de aumento de capital de perto de 5 milhões de Euros que seriam assegurados por tomada firme da Banca, a qual poderia posteriormente dispersar o free-float assim criado pelo público em geral, visto que nenhum dos Accionistas actuais estava disposto a alienar as suas acções originais, pretendendo continuar a controlar através de um acordo parassocial a maioria das acções da SGPS.
4) A estratégia passava pela obtenção de capital adicional para criar um fundo de reserva para investir no sector, uma parte, restando a liquidez remanescente para catapultar um hedge-fund que os outros Accionistas me pediram para gerir, tendo sido geradas simulações de risco limitado que apontavam para retornos conservadores de capitais próprios na casa dos 25% ao ano, com proveitos provenientes dos dividendos e da rentabilidade potencial do hedge-fund autónomo.
5) Para o efeito foram contactados vários Bancos nacionais no sector da Banca de investimento, foram elaborados vários relatórios e efectuadas análises de sensibilidade que garantiam estarmos na presença de um negócio de potencial futuro muito elevado.
6) Passados vários meses de silêncios significativos e desculpas esfarrapadas tivemos, os Accionistas da SGPS, de nos vergar à evidência: em Portugal não houve um único Banco capaz de assegurar a tomada firme da operação de aumento de capital, antes da sua alienação a outros institucionais ou mesmo o público em geral, alegando simplesmente que as condições presentes do mercado não são propícias a aventuras de entradas para a Bolsa, independentemente dos bons resultados presentes da empresa e das interessantes perspectivas futuras ( cá para mim devem ter sorrido de descrédito absoluto no estudo sobre o tal hedge-fund, mas quem era aquele idiota a prometer 25% ao ano?!), o paleio diplomático para pedir muita desculpa...
Conclusão) No entanto continuamos a assistir ao lançamento de operações de subscrição de tomada firme garantida à partida para empresas com prejuízos de milhões, novos aumentos de capital acompanhadas de "harmónios" para empresas quase falidas ou que para lá caminham, etc, etc e tudo na casa das várias dezenas de milhões...
As teias de interesses formadas e adquiridas no passado entre as empresas existentes e a Banca não deixam infelizmente espaço para permitir que alguém com um projecto saudável consiga deitar uma pedrada no charco de desafio concorrencial ao tecido empresarial dominante e estabelecido.
Estes "jogos" de resultado combinado nos bastidores levaram-me a concluir que neste País é tempo perdido sonhar em entrar para a Bolsa com o apoio da Banca nacional.
Onde estão as oportunidades e apoio a novos projectos empresariais? Infelizmente o Estado Português só está interessado em ver como sacar mais impostos do que incentivar ou acarinhar novos projectos privados exclusivamente de capitais nacionais. De discursos de palavras bonitas estamos todos cheios e infelizmente não sou estrangeiro em Portugal para conseguir benesses de isenções fiscais para grupos estrangeiros que depois abandonam as empresas na primeira contrariedade conjuntural, aí começo a dar razão ao eng. Belmiro Azevedo que lá fora teremos muito mais hipóteses de fazer bons negócios.
Infelizmente não nasci milionário nem herdei nenhum grande grupo económico, resignei-me a ter de penar no anonimato do esforço diário para ir tentando amealhar como qualquer investidor anónimo, mas podem ter a certeza, não irei investir nem mais um tostão ou cêntimo em Portugal, a decisão inabalável de não comprar nem mais uma acção de empresas Portuguesas está tomada.
Agora os investimentos são todos produtos derivados e integralmente estrangeiros!
Ah, é verdade, já quase me esquecia que tenho também uma participação accionista na tal SGPS que domina e controla uma Clínica privada situada em plena Avenida Marginal junto ao Tejo, esse investimento não o vendo, ficará como símbolo nostálgico de um sonho desfeito de um dia ter ousado entrar para a Bolsa por uma porta que nunca se abriu...
É triste mas é este o nosso Portugal, onde apenas uns poucos compadres e "iluminados" conseguem singrar com o apoio de capitais alheios cujos critérios de atribuição ninguém consegue explicar!
Desculpem o meu desabafo, com uma Banca destas garanto que nunca iremos longe como País que quer ser competitivo e apanhar o pelotão da frente da União Europeia.
Respondam-me só a uma pequena mas simples pergunta: quem se lembra de quantas empresas novas entraram para a nossa Bolsa neste século XXI ? Aí temos na resposta, que nem me atrevo a dar, um voto de grande confiança no futuro da renovação do nosso brilhante e decrépito tecido empresarial!
Triste sina esta a de termos nascido no país do fado, dos coitadinhos, do deixa andar e das cunhas!
Cem
Conto em poucas palavras uma pequena história real que se passou recentemente comigo:
1) Juntamente com um grupo de quase 20 médicos especialistas que trabalham numa Clínica privada na linha do Estoril comprámos, uns com mais e outros com menos, as acções dos anteriores Accionistas maioritários, um casal de suecos que decidiu deixar Portugal.
2) Para o efeito montou-se uma Sociedade SGPS cujos activos eram constituídos pelas acções da Clínica que foram compradas, cujo valor de compra excedeu a quantia de 1 milhão de Euros e que constitui ao mesmo tempo o valor do capital social registado para a nova empresa de participações sociais.
3) O sector da saúde é deveras prometedor e de risco limitado, felizmente ou infelizmente, depende da perspectiva, há e haverá sempre pacientes / clientes. No ano terminado em 2003 ainda não havia nenhuma empresa do sector da Saúde cotada em Bolsa e a Clínica privada garantiu com resultados auditados por ROC um lucro com uma rentabilidade muito interessante ( revertendo grande parte desses lucros para a SGPS através da distribuição de dividendos), pelo que o grupo dos Accionistas da SGPS que controlava a Clínica resolveu que seria uma boa ideia criar um núcleo embrionário de um novo grupo destinado a investir no sector da Saúde. Como estratégia decorrente desse objectivo procurou cotar a Sociedade criada em Bolsa, tendo decidido que para tal iria condicionar essa entrada no Mercado não regulamentado PEX, numa primeira fase, a uma operação de aumento de capital de perto de 5 milhões de Euros que seriam assegurados por tomada firme da Banca, a qual poderia posteriormente dispersar o free-float assim criado pelo público em geral, visto que nenhum dos Accionistas actuais estava disposto a alienar as suas acções originais, pretendendo continuar a controlar através de um acordo parassocial a maioria das acções da SGPS.
4) A estratégia passava pela obtenção de capital adicional para criar um fundo de reserva para investir no sector, uma parte, restando a liquidez remanescente para catapultar um hedge-fund que os outros Accionistas me pediram para gerir, tendo sido geradas simulações de risco limitado que apontavam para retornos conservadores de capitais próprios na casa dos 25% ao ano, com proveitos provenientes dos dividendos e da rentabilidade potencial do hedge-fund autónomo.
5) Para o efeito foram contactados vários Bancos nacionais no sector da Banca de investimento, foram elaborados vários relatórios e efectuadas análises de sensibilidade que garantiam estarmos na presença de um negócio de potencial futuro muito elevado.
6) Passados vários meses de silêncios significativos e desculpas esfarrapadas tivemos, os Accionistas da SGPS, de nos vergar à evidência: em Portugal não houve um único Banco capaz de assegurar a tomada firme da operação de aumento de capital, antes da sua alienação a outros institucionais ou mesmo o público em geral, alegando simplesmente que as condições presentes do mercado não são propícias a aventuras de entradas para a Bolsa, independentemente dos bons resultados presentes da empresa e das interessantes perspectivas futuras ( cá para mim devem ter sorrido de descrédito absoluto no estudo sobre o tal hedge-fund, mas quem era aquele idiota a prometer 25% ao ano?!), o paleio diplomático para pedir muita desculpa...
Conclusão) No entanto continuamos a assistir ao lançamento de operações de subscrição de tomada firme garantida à partida para empresas com prejuízos de milhões, novos aumentos de capital acompanhadas de "harmónios" para empresas quase falidas ou que para lá caminham, etc, etc e tudo na casa das várias dezenas de milhões...
As teias de interesses formadas e adquiridas no passado entre as empresas existentes e a Banca não deixam infelizmente espaço para permitir que alguém com um projecto saudável consiga deitar uma pedrada no charco de desafio concorrencial ao tecido empresarial dominante e estabelecido.
Estes "jogos" de resultado combinado nos bastidores levaram-me a concluir que neste País é tempo perdido sonhar em entrar para a Bolsa com o apoio da Banca nacional.
Onde estão as oportunidades e apoio a novos projectos empresariais? Infelizmente o Estado Português só está interessado em ver como sacar mais impostos do que incentivar ou acarinhar novos projectos privados exclusivamente de capitais nacionais. De discursos de palavras bonitas estamos todos cheios e infelizmente não sou estrangeiro em Portugal para conseguir benesses de isenções fiscais para grupos estrangeiros que depois abandonam as empresas na primeira contrariedade conjuntural, aí começo a dar razão ao eng. Belmiro Azevedo que lá fora teremos muito mais hipóteses de fazer bons negócios.
Infelizmente não nasci milionário nem herdei nenhum grande grupo económico, resignei-me a ter de penar no anonimato do esforço diário para ir tentando amealhar como qualquer investidor anónimo, mas podem ter a certeza, não irei investir nem mais um tostão ou cêntimo em Portugal, a decisão inabalável de não comprar nem mais uma acção de empresas Portuguesas está tomada.
Agora os investimentos são todos produtos derivados e integralmente estrangeiros!
Ah, é verdade, já quase me esquecia que tenho também uma participação accionista na tal SGPS que domina e controla uma Clínica privada situada em plena Avenida Marginal junto ao Tejo, esse investimento não o vendo, ficará como símbolo nostálgico de um sonho desfeito de um dia ter ousado entrar para a Bolsa por uma porta que nunca se abriu...
É triste mas é este o nosso Portugal, onde apenas uns poucos compadres e "iluminados" conseguem singrar com o apoio de capitais alheios cujos critérios de atribuição ninguém consegue explicar!
Desculpem o meu desabafo, com uma Banca destas garanto que nunca iremos longe como País que quer ser competitivo e apanhar o pelotão da frente da União Europeia.
Respondam-me só a uma pequena mas simples pergunta: quem se lembra de quantas empresas novas entraram para a nossa Bolsa neste século XXI ? Aí temos na resposta, que nem me atrevo a dar, um voto de grande confiança no futuro da renovação do nosso brilhante e decrépito tecido empresarial!
Triste sina esta a de termos nascido no país do fado, dos coitadinhos, do deixa andar e das cunhas!
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