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Bcp versus CGD - a luta continua?

MensagemEnviado: 18/2/2004 21:55
por Visitante
LISBOA, 18 Fev (Reuters) - A Caixa Geral de Depósitos (CGD) não tem quaisquer conversações para fazer uma parceria com o Banco Comercial Português (BCP) <BCPN.IN> para o polaco Millennium <BIGW.WA>, disse António de Sousa, presidente da CGD. Adiantou que tal "está fora do âmbito da parceria estabelecida em 2000" entre o BCP e a CGD que previa uma eventual participação "em novos mercados" visando sobretudo "a racionalização e poupança de custos.

"Neste momento, não há quaisquer conversações sobre parcerias desse tipo, não está pensado e não era a lógica da parceria estabelecida em 2000", afirmou durante a conferência de impresa.

António de Sousa lembrou, contudo, que em questões deste género nada é estático.

Jorge Jardim Gonçalves, presidente do BCP, referiu a 2 de Fevereiro, que o BCP está aberto a parcerias nas suas operações externas, nomeadamente no polaco Millennium, desde que implique a redução de investimentos por parte do líder da banca privada nacional.

Admitiu que "no acordo que existe com a CGD", gizado em 2002 mas que ainda não deu frutos, "existe espaço para parcerias com este perfil e existe espaço para parcerias com outro perfil". Este acordo previa a possibilidade de actuação conjunta em mercados da Europa Central e de Leste.

A CGD tem cerca de seis pct do capital do BCP e este detém directamente 44,27 pct do Millennium controlando cerca de 50 pct deste banco.

António de Sousa referiu que a CGD considera a sua posição no BCP "no conjunto das suas posições estratégicas" lembrando que ela decorre de um facto histórico que foi a venda do grupo Sotto Mayor.

"Mesmo que não existisse o factor menos-valia (dessa posição) penso que continuaria como posição estratégica e só nos desfaríamos desta posição em total consonância com o BCP", afirmou.

O presidente da CGD referiu que, após ter perdido a corrida pelo Banco Atlántico <ATL.MC> para o Sabadell <SAB.MC>, "neste momento, o crescimento por aquisições em Espanha é mais difícil" e a CGD está a diminuir "custos no Simeón, a estudar um reposicionamento da estratégia para ter um banco razoavelmente rentável".

"Racionalizámos substancialmente a operação espanhola (Simeón) e uma parte dos resultados já apareceram em 2003 e vão aparecer também em 2004", frisou António de Sousa.

"(O Simeón) não tem um problema de custos, temos claramente um problema de dimensão como acontece desde 1994", adiantou.