CALDEIRÃO DE BOLSA

o que se está a passar no BPI é os espanhóis de La Caixa estão a largar a sua posição num banco alemão e estão a reforçar no BPI

é a explicação para a grande subida de hoje

Touro, não é bem assim pois há dados que o Analista tem de levar em linha de conta pois deturpam claramente a informação que está no gráfico.

Um exemplo disso são as passagens, mas há mais: AC's, Stock Splits, distribuição de dividendos (sejam ajustados ou não).

Por exemplo, ainda no outro dia estava eu com uma troca de impressões com o TRSM e ele falava-me de um gap na EDP e eu logo disse que aquele gap era um gap por distribuição de dividendos. Ou seja, embora eu não faça o ajuste no gráfico tendo saber a que se devem determinados fenómenos em particular pois têm um significado completamente diferente.

Ora, as passagens entram nessa categoria dado que o significado de um tremendo volume feito no mercado (seja devido ao que for, notícia ou rumor) ou uma passagem que se calhar foi feita por investidor entre duas carteiras suas e apenas para maquilar contas e resultados ou se foi feita entre dois investidores foi previamente combinada e não teve qualquer impacto - pressão - no mercado, são situações completamente diferentes e que merecem análises diferentes.

Já agora, devo dizer que eu não ignoro totalmente a informação das passagens: se bem que por vezes não têm qualquer significado ou impacto futuro também acontece muitas vezes marcarem o início iminente de movimentos importantes.

No entanto há uma ressalva muito importante: ainda assim, a análise não é a mesma e em caso algum tento assentar uma análise do tipo acumulação/distribuição, ou seja uma típica análise de volumes, com base em valores distorcidos por passagens, pois uma análise dessas não faz sentido.

Ou seja, isto não quer dizer que os volumes das passsagens devam ser totalmente ignorados, significa é que não devemos ignorar que foram passagens e portanto, ao ignorar, fazer uma analise convencional de volumes como se não tratassem de passagens.

Convém saber que são passagens como convém saber que determinada queda/gap se deveu a distribuição de dividendos pois tais eventos têm significados e implicações diferentes...

Essa história das passagens abala um dos pilares da AT, que é o de considerar apenas a análise dos gráficos(preços e volumes)ignorando a restante informação.
Dito de outro modo, o analista não tem obrigação de saber a que se deveu os volumes, apenas tem de olhar para os valores que tem no gráfico e analisar.

Já aqui foi discutida esta questão a propósito dos baixos volumes na época do Natal, mas o purista da AT, e se a memória não me falha o Marco António defendeu esta tese, olha apenas para o gráfico e limita-se a interpretar o que observa.

Já agora, hoje o BPI já fez mais de 1 milhão e quatrocentas mil com uma subida de 2,3%, será mais uma passagem? Será o efeito do meu post? Para o analista isso não tem importância, o que importa é que está a subir com elevadíssimo volume e é isso que o analista no final do dia vai analisar.

Sim, esses volumes dizem respeito a passagens. Eu costumo usar um artifício (já que não corrijo os valores de volume dado que não tenho os valores exactos das passagens) que é o de truncar o gráfico dos volumes por forma a que eu possa ver praticamente só o volume que realmente interessa e ignore os valores que dizem respeito a sessões com passagens.

Bom dia caro Touro, se não me falha a memória

Note-se que o último swing de alta deu-se com uma divergência bearish no volume, o que resultou nas quedas do último mês

Salvaguardando opinião mais fundamentada, por aquilo que me lembro os spikes no volume devem-se a passagens e/ou acertos de carteiras, como tal esses grandes volumes devem ser ignorados.

O BPI desenvolveu um padrão durante o último mês que seria muito bullish caso os volumes o confirmassem.

De facto, os volumes andam a atraiçoar o BPI há já algum tempo. Note-se que o último swing de alta deu-se com uma divergência bearish no volume, o que resultou nas quedas do último mês.

Agora, a quebra em alta do canal descendente de curto prazo, mais uma vez deu-se sem volume mostrando fraqueza do título. Compare-se os volumes na quebra de um padrão semelhante no início de Dezembro.

Perante esta ausência de força compradora no título, julgo que é de excluir fortes subidas no curto-prazo, admitindo até que possamos estar a entrar numa lateralização.

Convém no entanto notar que no médio- e longo-prazo o BPI está bem. Mantem-se acima das LTAs. É interessante notar que a LTA de médio-prazo é coincidente com a média-móvel de 50 dias.