CALDEIRÃO DE BOLSA

Tenho de concordar com o mod e não sou funcionario publico

Visitor:

Isso não é correcção nenhuma.
Existiriam nesse comentário muitas coisas a discutir.

Só alguns exemplos, pois não pretendo aprofundar mais o assunto:

1. Derrama?
Só em alguns concelhos.

2. 30% de IRC?
Muito discutível.

3. Preço do BMW?
Discutível se dedutível em IRC na totalidade.
(Mesmo pagando a tributação autónoma.)

4. Ganho de 33% em relação a quê?
Um particular dificilmente paga uma taxa total de IRS igual a 6% mais 33...

5. Empresas com prejuizo?
É o que mais há... Eu tenho uma (infelizmente)... E nunca comprei um BMW para ela!

6. Pagamento especial por conta?
Não deve entrar algures na comparação?

7. Custo da contabilidade organizada?
Não deve entrar algures na comparação?

Enfim, continuo a recomendar ao Jumento que não se meta nisso, e recomendaria o mesmo a tí:
A verdade é que, quando começamos a comparar alhos com bugalhos, as coisas começas facilmente a deixar de fazer sentido e, neste caso, entraria num dos lados da comparação a perseguição (muito politicamente correcta, na perspectiva católico-socialista que nos dirige) que o estado português faz a tudo o que cheire a empresas privadas...

Ming,

Das despesas relecionadas com o BMW(gasolina, seguro, manutenções,...), o que não é dedutível é o IVA.

Mas, são consideradas um custo fiscal, logo o valor total da factura (serviço + iva) é dedutível à matéria colectável.

O custo adicional, a tributação autonoma, é de 6% destas despesas, que é pago mesmo quando a empresa tem prejuízo. O ganho "adicional" é de 33%. (30% IRC + 10% Derrama)

Logo, e nestas despesas em particular, ainda sais beneficiado, a não ser que a empresa tenha sempre prejuízo, mas isso já é outra conversa...

Mod:

Esqueces que também nós, os poucos neste país que não somos do funcionalismo ou que papamos do orçamento, também ficariamos a ganhar. E como: estaria do lado de lá menos um chato de um funcionário que como grande parte dos funcionários públicos se julga dono e senhor deste mundo, com poder tão absoluto como o de Luis XIV e que encara o utente dos serviços apenas e tão só como mais um incomodativo que pretende apenas chatear o majestoso funcionário público.

António de Oliveira Salazar volta que estás perdoado.

Cumprimentos,

Isso demonstra que o Jumento sabe pouco sobre como as empresas são perseguidas pelas regras fiscais...

Não vale a pena entrar em detalhes (por exemplo, referindo como a administração tributária, a coberto de leis e regras processuais internas feitas de proposito para permitir isso, não paga o que deve a não ser depois de caríssimos processos em tribunal, mas tenta até cobrar dívidas que nunca existiram, e os respectivos juros ), pois isso seria trabalhoso e pouco útil, por isso vou referir só um facto simples e directo:
Sobre o BMW a sua empresa teria de pagar todos os impostos dos particulares e mais uma percentagem para castigar as empresas que compram carros... Os combustiveis não são dedutíveis. As manutenções, seguros, etc., tambem pagam essa percentagem (de castigo ) adicional...

Não se meta por aí, Jumento...

Mais um artigo da marca Jumento
in http://jumento.blogdrive.com/


TAMBÉM QUERO TER PREJUÍZO!

Vou fazer uma proposta à senhora ministra das Finanças:

Alterar a minha condição de funcionário público, passando à qualidade de
empresa em nome individual (como os taxistas) ou de uma firma do tipo
"Jumentos & Consultores Associados Lda"; em vez de vencimento passo a
receber contra factura, emitida no fim de cada mês. Ganha a ministra,
ganho eu e o país que se lixe! Vejamos:

Ganha a ministra das Finanças porque:
· Fica com um funcionário a menos e livra-se de um futuro pensionista.
· Poupa no que teria que pagar a uma empresa externa para avaliar o meu
desempenho profissional.
· Ganha um trabalhador mais produtivo porque a iniciativa privada é,
por definição, mais produtiva que o funcionalismo.
· Fica com menos um trabalhador que pode fazer greves e reinvidicações.
· E ainda dou uma contribuiçãozinha para a secção do PSD da minha Freguesia.

E ganho eu porque:

· Deixo de pagar um balúrdio de impostos, pois passo a considerar o
salário mínimo para efeitos fiscais e de segurança social.
· Vou comprar fraldas, shampoo, papel higiénico, fairy, skip e uma
infinidade de outros produtos à Makro que me emite uma factura com a
designação genérica de "artigos de limpeza", pelo que contam como custos
para a empresa.
· Deixo de ter subsídio de almoço, mas todas as refeições passam a ser
consideradas despesa da firma.
· Compro um BMW em leasing em nome da firma e lanço as facturas do
combustível e de manutenção na contabilidade da firma.
· Promovo a senhora das limpezas a auxiliar de limpeza da firma.
· E, se no fim ainda tiver que pagar impostos não pago, porque três
anos depois a senhora ministra adopta um perdão fiscal; nessa ocasião vou
ao banco onde tinha depositada a quantia destinada a impostos fico com os
juros e dou o resto à DGCI.
Mas ainda ganho mais:
· Em vez de pagar contribuições para a CNP faço aplicações financeiras
e obtenho benefícios fiscais se é que ainda tenho IRS para pagar.
· Se tiver filhos na universidade eles terão isenção de propinas e
direito à bolsa máxima (equivalente ao salário mínimo) e se morar longe
da universidade ainda podem beneficiar de um subsídio adicional para
alojamento; com essas quantias compro-lhes um carro que tal como o outro
será adquirido em nome da firma.

Como se pode ver, só teria a ganhar e, afinal, em Portugal ter prejuízo é
uma bênção de Deus! Assim dava gosto ser ultra liberal e eu até votava
eternamente no partido da senhora ministra...