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MensagemEnviado: 16/2/2004 17:20
por D1as
Aproveito a "onda" e deixo aqui um post que deixei há uns dias no CI.

"Domínios da Inteligência Emocional

Autoconsciência:
1)Autoconsciência emocional: ser capaz de ler as suas próprias emoções e de reconhecer os seus efeitos; usar o "instinto" para orientar as decisões.
2)Auto-avaliação: conhecer as suas próprias forças e os seus próprios limites.
3)Autoconfiança: boa noção do seu próprio valor e das suas próprias capacidades.

Autogestão:
1)Autodomínio emocional: manter debaixo de controlo os impulsos e as emoções destrutivas.
2)Transparência: mostrar honestidade e integridade; ser de confiança.
3)Capacidade de adaptação: flexibilidade que permite adaptação a ambientes de mudança e a situações em que é necessário ultrapassar dificuldades.
4)Capacidade de realização: energia para melhorar o desempenho por forma a satisfazer padrões pessoais de excelência.
5)Capacidade de iniciativa: estar pronto para agir e aproveitar oportunidades.
6)Optimismo: ver o lado positivo dos acontecimentos.

Consciência Social:
1)Empatia: apreender as emoções dos outros, compreender o ponto de vista deles e estar activamente interessado nas questões que os preocupam.
2)Consciência organizacional: captar as “ondas”, as redes de decisão e as políticas que atravessam a organização.
3)Espírito de serviço: reconhecer e satisfazer as necessidades dos subordinados e dos clientes.

Gestão das relações:
1)Liderança inspiradora: utilizar visões irresistiveis para orientar e motivar as pessoas.
2)Influência: dominar um conjunto de tácticas de persuasão.
3)Capacidade para desenvolver os outros: desenvolver as capacidades dos outros dando-lhes feedback e orientação.
4)Catalisador da mudança: iniciar novas orientações e gerir e orientar pessoas nos novos caminhos.
5) Gestão de conflitos: resolver desacordos e disputas.
6)Criar laços: cultivar e manter redes de relações.
7)Espírito de equipa e colaboração: cooperação e capacidade para gerar espírito de equipa

É interessante notar que nunca encontrámos um líder, por mais destacado que fosse, com domínio em todas as competências de Inteligência Emocional.”

In Os novos líderes, Daniel Goleman

Tudo correcto...

MensagemEnviado: 16/2/2004 17:13
por Thomas Hobbes
Infelizmente a empatia é algo que não se desenvolve com facilidade, pois é parte inerente da personalidade de cada um.

É possivel mudar comportamentos inter-relacionais mas só até um certo ponto.

O importante é que na nossa sociedade não se interessa ser bom profissional, mas sim parecer ser.

Os directores em Portugal muitas vezes dão mais importância ao show off do que ao mérito.

Penso que ninguèm discorda quando no Post se diz que a empatia é muito importante na Vertente comercial ou na liderança de equipas.

Mas Infelizmente aquelas pessoas que têm uma "tendência" para criar empatia utilizam-na com arma, e muitos deles tornam-se bons malandros.

Em suma um texto para reflectir

MensagemEnviado: 16/2/2004 16:59
por D1as
Oi Tito,

era só pra dizer q adorei ler este post.

abraço

A empatia

MensagemEnviado: 16/2/2004 15:46
por TRSM
A empatia

A empatia
A empatia é um conceito que entra na gestão por meio dos psicólogos / psicoterapeutas. De uma forma simples, significa uma competência de compreensão dos sentimentos / emoções dos outros.

Algumas vezes, de uma forma errada, traduz-se este conceito pela capacidade de nos pormos na pele dos outros. Erradamente, porque isso poderia pressupor que teríamos de sentir o mesmo de que o outro, o que não é, de facto, o entendimento.

Ser empático é entender o que as pessoas deverão estar a sentir, quando estão em interacção connosco ou as observamos em relação, com outras pessoas. A empatia é uma competência que, como quase todas, tem uma parte inata e outra adquirida, em proporções que desconheço e que, por certo, variarão, de caso para caso.

Concerteza que, tal como eu, deve conhecer pessoas que parecem ter um sexto sentido no que diz respeito à avaliação de pessoas, que se revela numa intuição sobre a verdade, por detrás do papel que representam.

Muitas das pessoas que revelam possuir esta intuição, nem sequer ouviram falar do conceito de empatia, nem de técnicas de comunicação; são simplesmente hábeis a descodificar os sinais que, todos nós, de forma consciente ou inconsciente emitimos. No entanto, a componente adquirida pode sê-lo de uma forma estruturada.

Compreender o que os outros sentem, passa por aprender a reconhecer os sinais não-verbais da comunicação, como sejam a linguagem gestual, a expressão facial, o timbre e a entoação vocais e as posturas.

Ser empático pressupõe entender para lá do que é dito, até porque a generalidade das emoções tem uma forma de revelação mais corporal do que verbal. Mas valerá a pena ser empático? Claramente! A empatia é uma das componentes fundamentais do que modernamente se designa por inteligência emocional.

É a empatia que nos torna socialmente hábeis, que facilita, aos outros, o gostarem de nós (quem é que não gosta de alguém, que revela uma profunda compreensão do nosso eu) e que é responsável pelo sucesso de muitos vendedores de produtos / serviços / ideias.

Ao sermos empáticos sabemos o que devemos ou não dizer e fazer nas várias situações sociais, de acordo com as emoções que queremos provocar ou evitar. Mais, desenvolvemos a capacidade rara de saber quando nos devemos calar.

Embora a empatia seja uma competência genericamente importante, é nas funções onde a relação com os outros é dominante, que a empatia se revela fundamental.

Funções de natureza comercial, (a todos os níveis) de relação com o público e de gestão de pessoas, são funções onde é crítico que os seus ocupantes possuam ou desenvolvem uma competência elevada, nesta vertente.

É a empatia que permite ao vendedor perceber qual é o momento certo para fechar a venda ou qual é o tipo de relação que deve criar, com o cliente, para ganhar a sua estima e confiança.

É a empatia que permite adequar a linguagem e discurso ao interlocutor que se tem de atender, para que a relação corra bem.

Finalmente, é a empatia que permite ao líder perceber qual é o efeito que as suas decisões e forma de lidar com os colaboradores tem, na motivação dos mesmos.

Em suma, esta é uma competência que vale a pena desenvolver, até porque existe uma elevada correlação entre possuí-la e ter uma carreira de sucesso.

2004/02/16

BCP investimentos