CALDEIRÃO DE BOLSA

Concordo que ao eliminar as acções o terá de fazer pelo valor nominal, subtraindo a diferença entre o valor de aquisição e o valor nominal às reservas.
Mas isso é uma operação contabilística, sem reflexos no valor real da empresa.
(Aliás a redução das reservas deve ser directa, sem passar pela conta de resultados de nenhum ano, pelo que nem dará mau aspecto nas contas...)

Nos USA há empresas que estão permanentemente a recolher ou a colocar acções próprias no mercado (a comprar ou a vender acções no mercado) por isso fala-se mais de "acções existentes (no mercado)" do que de "acções emitidas"...

Ming Escreveu:O que pode (e deve) ter impacto nas cotações é:
A pressão de compra gerada pela operação de aquisição das acções no mercado (não a posterior redução do capital social - para os accionistas é idêntico uma empresa ter acções próprias em carteira ou elimina-las).

Concordo com a primeira parte mas não me parece que o "eliminar" seja igual.
Nota que:
- a PT ao comprar acções próprias vai contabilizá-las ao valor de aquisição
- enquanto as tiver elas valerão mais ou menos isso pois poderá voltar a vendê-las em bolsa
- no dia em que as anular terá que o fazer pelo valor nominal sendo o diferencial subtraído às reservas.

Sendo assim, esta operação de anulação, só se justifica se o objectivo for ultrapassar os 10% de acções próprias.

JAS

Bom...

Lembrem-se que as reduções de capital só são feitas em dois tipo de situação:

1.
Para limpar prejuizos e ajustar o capital social à situação real da empresa.

2. (Suponho que seja o caso da PT)
Quando uma empresa dispõe de excesso de capital, e reconhece que não consegue utilizar o capital extra (o tal que vai reduzir) para produzir uma taxa de retorno razoável.

No fundo há que ver este tipo de operações (tanto reduções como aumentos de capital) como neutras em termos de valor accionista.
O que pode (e deve) ter impacto nas cotações é:
1.
A pressão de compra gerada pela operação de aquisição das acções no mercado (não a posterior redução do capital social - para os accionistas é idêntico uma empresa ter acções próprias em carteira ou elimina-las).
2.
As razões de fundo que motivam a operação (por exemplo, no caso dos aumentos de capital, é muito diferente aumentá-lo para investir com bom retorno, e aumentá-lo para ir cobrindo prejuizos...).

Jas, mas não tem essa implicação, necessáriamente. Não me parece que seja isso que está implicito. Ou seja, já estão a remunerar o investidor de forma bastante positiva por essa simples operação, não me parece que tenham dito em lado algum que contam continuar o programa de recompra posteriormente.... isso já é extrapolar (positivamente) a noticia.

Para mim o mais importante da notícia não é bem isso... Esse facto provavelmente já estará incorporado na cotação actual.

O mais importante é que essa ideia pode fazer apressar a compra de acções próprias, ou seja, em vez dos 10% serem atingidos no final do ano poderem ser atingidos mais cedo.
E isso significaria que a PTC em vez de ter que comprar 400k/sessão até ao final do ano (10% do volume médio diário) passar a comprar bastante mais todos os dias.
Se 10% do volume já´emuito significativo e, na minha opinião, tem feito subir as cotações com 20% do volume médio diário esse efeito será ampliado.

Além disso há outra vantagem. A PTC por lei está limitada a um máximo de 10% de acções próprias. Ao anular as que detiver põe o contador a zero outra vez...

JAS

o Viana está tão convencido, que respondeu 3 vezes a dizer o mesmo

mas é evidente que é bom para os accionistas, agora cada acção valerá 1,1%

se depois disto quizerem fazer um AC??? - nem a brincar e há certas coisas com que não se pode brincar.

sera que a seguir a essa reduçao de capital , nao fazem novo aumento de capital , provavelmente com as mesmas acçoes para servir-se delas como meio de pagamento na aquisiçao das suas subsidiarias?
é apenas uma duvida que eu tenho.

Sim e bom.

É bom para o accionista.

O valor da accao deve incorporar o valor da reduçäo do capital.

Entenda-se esta operacao como uma forma de remunerar o accionista sem ser pelo dividendo. Imaginem um dividendo que é pago no preço da acçáo. Ou seja, imaginem que a PT esta a 8.50 e queria dar um dividendo a de 0.50 so que em vez de pagar o dividendo incorpora esse valor nas accoes, ou seja, a accao valera 9 Euros. Evidentemente que aqui ha algo que e muito mais importante, que e o valor do mercado que e gerado por expectativas e essas sao mais complexas que qualquer remuneracao.

Aqui o importante e saber quantas e que eles vao ter na altura da reducao pois isso e que vai implicar conhecer o valor a incorporar.

Sim e bom.

É bom para o accionista.

O valor da accao deve incorporar o valor da reduçäo do capital.

Entenda-se esta operacao como uma forma de remunerar o accionista sem ser pelo dividendo. Imaginem um dividendo que é pago no preço da acçáo. Ou seja, imaginem que a PT esta a 8.50 e queria dar um dividendo a de 0.50 so que em vez de pagar o dividendo incorpora esse valor nas accoes, ou seja, a accao valera 9 Euros. Evidentemente que aqui ha algo que e muito mais importante, que e o valor do mercado que e gerado por expectativas e essas sao mais complexas que qualquer remuneracao.

Aqui o importante e saber quantas e que eles vao ter na altura da reducao pois isso e que vai implicar conhecer o valor a incorporar.

Sim e bom.

É bom para o accionista.

O valor da accao deve incorporar o valor da reduçäo do capital.

Entenda-se esta operacao como uma forma de remunerar o accionista sem ser pelo dividendo. Imaginem um dividendo que é pago no preço da acçáo. Ou seja, imaginem que a PT esta a 8.50 e queria dar um dividendo a de 0.50 so que em vez de pagar o dividendo incorpora esse valor nas accoes, ou seja, a accao valera 9 Euros. Evidentemente que aqui ha algo que e muito mais importante, que e o valor do mercado que e gerado por expectativas e essas sao mais complexas que qualquer remuneracao.

Aqui o importante e saber quantas e que eles vao ter na altura da reducao pois isso e que vai implicar conhecer o valor a incorporar.

a redução de capital é bom para valorização das acções?

Com plano de «share buyback»
PT propõe redução de capital
A Portugal Telecom vai propor em assembleia geral de accionistas a redução do seu capital social em até 125.428.500 euros, através da extinção de igual número de acções, anunciou a empresa em comunicado.

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Alexandra Machado
amachado@mediafin.pt


A Portugal Telecom vai propor em assembleia geral de accionistas a redução do seu capital social em até 125.428.500 euros, através da extinção de igual número de acções, anunciou a empresa em comunicado.

«O conselho de administração da Portugal Telecom SGPS anuncia que irá propor à assembleia geral anual de accionistas, convocada para o dia 2 de Abril de 2004, a redução do capital social da PT em até 125.428.500 euros», diz a empresa em comunicado.

Esta redução de capital está relacionada com o programa de compra de acções próprias, pelo que a redução far-se-á através da extinção de até esse número de acções, que correspondem a 10% do capital social. As acções a extinguir-se serão as que, na altura, componham a carteira de acções próprias da PT.

Até ao momento a PT já adquiriu um total de 37.860.108 acções próprias, correspondentes a 3,02% do capital social. Ou seja, neste programa a empresa já investiu cerca de 288 milhões de euros, já que as acções foram adquiridas ao preço médio de 7,62 euros.

As acções da PT fecharam nos 8,85 euros, a subir 2,67%.